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Você Sabia?

Eficácia do tratamento fisioterapêutico na dismenorreia primária: uma revisão sistemática e meta-análise.
Remedios López-Liria, Lucia Torres-Álamo, [...] e Patricia Rocamora-Pérez.

A dismenorreia primária (DP) é definida pela dor menstrual associada a ciclos ovulatórios normais, com ausência de patologia pélvica e com uma etiologia fisiológica clara. Há muitas abordagens para o tratamento da DP, porém os tratamentos fisioterapêuticos baseados em dados de ensaios clínicos, podem ser uma ótima alternativa para mulheres com DP, em especial as que não são elegíveis para terapia farmacológica, uma vez que a Fisioterapia não possui efeitos colaterais.

O objetivo do estudo foi descrever a eficácia de diferentes técnicas de Fisioterapia para o tratamento de DP através de uma revisão sistemática e metanálise. Realizada em fevereiro de 2021, a revisão sistemática foi elaborada de acordo com os padrões de itens de relatório preferidos para revisões sistemáticas e meta-análises (PRISMA) e cinco bases de dados foram utilizadas: Scopus, PubMed, PEDro, Web of Science e Medline. As principais técnicas avaliadas foram massoterapia, ioga, eletroterapia, manipulação do tecido conjuntivo, alongamento, kinesio tape, exercícios de relaxamento progressivo, dança aeróbica e exercícios isométricos.

Em um estudo, os efeitos da termoterapia e da TENS foram comparados. A fita kinesio tape foi aplicada usando uma técnica do ligamento nas regiões sacral e suprapúbica em um grupo experimental em comparação com um grupo controle e um grupo com fita sham. A escala visual analógica, que avalia a intensidade da dor do paciente, foi predominante no estudo.

Em outro estudo, foi feita a comparação de exercícios de alongamento com dança aeróbica para aliviar a dor devido a DP. A qualidade metodológica dos ensaios clínicos incluídos foi avaliada utilizando a escala PEDro. Metanálise dos nove ensaios com total de 692 participantes, demonstrou que a Fisioterapia foi melhor na dismenorreia da dor do grupo controle em comparação com o grupo placebo. A evidência atual demonstra que a Fisioterapia pode fornecer uma diminuição clínica na intensidade da dor menstrual.

Como foi descrito por Garcia et al., Kannan e Claydon ou Corral-Moreno et al., a Fisioterapia pode ser um tratamento bem eficiente para DP, proporcionando várias alternativas, além da vantagem de poder ser feita de forma autônoma pelo paciente. Machado et al. sugeriram que a termoterapia e a TENS podem ser boas alternativas de tratamento, destacando em seu artigo o valor da termoterapia para diminuição dos sintomas. De acordo com Thabet et al., a DP pode ser tratada com terapia a laser de alta intensidade e campo eletromagnético pulsado, sendo o laser o método mais eficiente na diminuição do quadro álgico e dos níveis de PG no sangue. Autores como Ansima et al. optaram por propor a massagem aromática como método de tratamento, concordando com o estudo feito por Apay et al. Para Özgül et al., uma manipulação do tecido conjuntivo é um método eficiente que pode ser adotado para o alívio da dor em curto prazo.

Diversos estudos incluídos nessa revisão propuseram intervenções com exercícios guiados ou exercícios de relaxamento progressivo que podem ser feitos de maneira autônoma pelos pacientes. Portanto, conclui-se que as intervenções conservadoras, assim como determinadas técnicas fisioterapêuticas, podem fornecer uma diminuição dos sintomas clinicamente expressos, tendo como vantagem a ausência de efeitos colaterais.

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Efeitos positivos de um programa de educação em dor em pacientes com dor crônica: estudo observacional.
José Carlos Baldocchi Pontin, Karina Cristine Simões Di Gioia, Aluane Silva Dias, Carolina Torres Teramatsu et al. 

A dor é caracterizada como uma sensação desagradável que pode limitar a capacidade de uma pessoa de seguir com suas atividades diárias. A dor crônica (DC) está relacionada aos sintomas que persistem por mais de 12 semanas e que acarretam a diminuição da mobilidade, a alteração na flexibilidade e força muscular, gerando ao paciente a necessidade de uma adaptação na marcha, postura e funcionalidade geral.

O artigo analisado tem por característica ser do tipo observacional, retrospectivo; com os seguintes critérios para inclusão: adultos do sexo feminino e masculino, presença de dor crônica por mais de 3 meses, relato de dor que ultrapassasse o tempo previsto de 6 meses nos protocolos de reabilitação institucional, e diagnóstico médico para alguma das patologias: lombalgia, cervicalgia, escoliose, osteoartrose de quadril e joelho e tendinopatia do manguito rotador. Foram excluídos os indivíduos que não obtiveram participação integral do programa.

Os dados foram coletados através do prontuário eletrônico Tasy e analisados pelo critérios de dor, cinesiofobia, catastrofização, qualidade de vida (QV), sensibilização central (SC) e percepção da doença. O programa de educação em dor (PED) foi aplicado em sessões presenciais composto por grupos de 2 a 5 pessoas, uma vez por semana com duração de 1h, antes ou após a sessão de fisioterapia. Os temas no PED incluíram aceitação, dor como alarme, sono, relaxamento, pensamentos negativos, retorno às atividades, relacionamentos e a prática de exercícios físicos.

 

Foi associada ao PED a fisioterapia atual que incluíam exercícios de alongamento, fortalecimento muscular, propriocepção, conscientização corporal e respiração. Para avaliar a cinesiofobia foi utilizado o questionário Tampa Scale for Kinesiophobia (TSK) autoaplicável composto por 17 questões que tem por característica a abordagem da dor e a intensidade dos sintomas; para avaliar a QV relacionada ao bem-estar-físico, mental, psicológico, emocional e social foi utilizado o questionário Short-Form Health Survey (SF-36); para avaliar os sintomas de saúde atual e se o paciente já teve diagnóstico de alguma doença incluída na síndrome da sensibilidade central foi utilizado o questionário de Sensibilização Central (BP-CSI); para avaliar a relação da percepção das doenças foi utilizado o instrumento Illness Perception Questionnaire (Brief-IPQ) e para avaliar o nível de pensamento catastrófico foi utilizado o Pain Catastrophizing Scale (BP-PCS) ao qual o paciente assinala a opção que descreve o seu pensamento ou sentimento em relação à dor.  

 

Foram analisados de forma descritiva através do teste t de Student pareado, onde obtiveram mudanças significativas na representação da doença mensurada. A cinesiofobia avaliada pela TSK obteve maior pontuação no período pré-intervenção comparado ao pós-intervenção, mostrando uma discreta diminuição da cinesiofobia. Na percepção da doença os pacientes tiveram uma melhora após a intervenção. A SC e o pensamento catastrófico obtiveram diminuição significativa pós-intervenção. Os aspetos físicos e a QV evoluíram com resultados significativos após a educação em dor.

O estudo conclui que a educação em dor é uma ferramenta de aplicação de fácil acesso e de boa aceitação por parte do paciente. A necessidade da abordagem voltada à atenção biopsicossocial no tratamento da dor crônica não envolve apenas alterações biomecânicas ou musculoesqueléticas e sim um conjunto de características que causam e mantém a dor. Portanto a aplicação da educação em dor em pacientes com dor crônica associada à fisioterapia apresentou efeito positivo em relação aos temas estudados.

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Efeitos do exercício com banda elástica na aptidão funcional e na resposta da pressão arterial em idosos saudáveis.
Hyun-Min ChoiChansol HurrSukwon Kim. 

À medida que envelhecemos, mudanças fisiológicas relacionadas à idade resultam em queda simultânea nas atividades da vida diária. Isso faz com que o risco de doenças crônicas, como doenças cardíacas, artrite, dor nas costas, neuralgia, hipertensão, diabetes e doenças gastrointestinais aumentem. A atividade física insuficiente e a falta de exercícios são as principais causas de problemas de saúde nos idosos. Com isto, é fundamental desenvolver um plano preventivo que incorpore os movimentos físicos à vida diária.

O American College of Sports Medicine (ACSM) recomenda exercícios aeróbicos e de resistência para indivíduos mais velhos. O exercício aeróbico diminui a gordura corporal, a frequência cardíaca em repouso e a pressão arterial, enquanto o exercício de resistência é mais eficaz na melhora da taxa metabólica basal (TMB), densidade óssea e prevenção da sarcopenia, além de melhorarem também a força muscular, o equilíbrio e a velocidade de caminhada em idosos. O exercício resistido, entretanto, conta com máquinas de grande porte, de forma que os exercícios só estão disponíveis em locais específicos. Com isso, as faixas elásticas podem ser ferramentas eficazes, convenientes e econômicas para o treinamento de exercícios de resistência para idosos.

Os programas convencionais de exercícios com banda elástica (EBE) para idosos são planejados para melhorar a força muscular por meio de exercícios de resistência. Os benefícios potenciais do exercício aeróbio em um programa EBE convencional têm atraído relativamente menos atenção.

O estudo analisado trata-se de um ensaio clínico randomizado, composto por 27 adultos mais velhos (13 homens, 14 mulheres) recrutados no Centro de Bem-Estar Sênior, na Coreia. O objetivo foi investigar os efeitos do treinamento de exercício em circuito incremental usando uma faixa elástica e desenvolver um programa de treinamento de exercícios que visa tanto a força física quanto a aptidão cardiovascular em idosos.

Os 27 participantes foram escolhidos entre 180 que referiram não ter o hábito de praticar exercício físico e não ter problemas psiquiátricos. Foram excluídos do estudo se indicassem quaisquer problemas físicos (ou seja, problemas nas articulações do quadril, joelho, tornozelo). 153 adultos da amostra de 180 foram excluídos pelos seguintes motivos: (1) hipertensão (n = 38); (2) doença cardíaca (n = 18); outros problemas médicos (n = 65); (3) recusa em participar (n = 29); (4) desistência (n= 3). O Questionário de História da Saúde (TriHealth, Cincinnati, OH, EUA) foi traduzido para o coreano por três tradutores; o questionário e uma entrevista verbal foram usados ​​como ferramenta de triagem inicial. Por fim, 27 idosos saudáveis ​​foram aleatoriamente designados para um grupo de exercícios (n = 15, idade: 75,1 ± 1,4 anos) e um grupo controle (n = 12, idade: 72,3 ± 1,4 anos). 

Os participantes realizaram exercícios com banda elástica (EBE) por 60 min, três vezes por semana, ao longo de três meses. O EBE consistia em exercícios aeróbicos e resistência incrementais projetados para melhorar o condicionamento físico de todo o corpo. A aptidão funcional e os parâmetros cardiovasculares em repouso foram avaliados antes e depois do programa de treinamento físico. Um exercício de 60 min consistia em 15 min de aquecimento, 30 min de exercício principal e 15 min de resfriamento. Para determinar os níveis iniciais de EBE para os participantes, a avaliação do esforço percebido foi medido de cada participante durante a realização de exercícios com banda elástica.

 O estudo mostrou que a força de preensão, sentar e alcançar e a postura unipodal melhoraram significativamente no grupo de exercícios, enquanto nenhuma melhora significativa foi encontrada em se levantar da cadeira. Os parâmetros cardiovasculares, incluindo pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, pressão arterial média e pressão de pulso diminuíram significativamente no grupo de exercício em relação ao grupo controle (p <0,05). O estudo sugere ainda que, o programa EBE é seguro, barato e acessível. Além disto, componentes de treinamento em circuito desempenham um papel significativo na melhoria da aptidão corporal superior e inferior em idosos, bem como sua aptidão cardiovascular.

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Tratamento fisioterapêutico nas desordens temporomandibulares
Marcelo Pelicioli, Rafaela Simon Myra, Vivian Carla Florianovicz, Juliana Secchi Batista 

A articulação temporomandibular é considerada a mais complexa do corpo humano. A disfunção temporomandibular (DTM) pode ser definida como um conjunto de disfunções que acometem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular e estruturas associadas. Para diminuir os efeitos causados pela DTM, a fisioterapia se torna essencial e parte integrante no tratamento dos pacientes acometidos. O artigo analisado é uma revisão de literatura que tem por objetivo organizar as evidências científicas sobre técnicas de tratamento fisioterapêutico para tais disfunções. 

A busca foi realizada a partir da consulta às bases de dados Medline, LILACS, Scielo, e também da ferramenta de busca Pubmed, dos artigos publicados nos últimos 10 anos. O levantamento foi realizado com os seguintes descritores: “articulação temporomandibular” e “fisioterapia”, “transtornos da articulação temporomandibular” e “fisioterapia”, “temporomandibular joint” and “physiotherapy techniques”, “temporomandibular joint disorders” and “physiotherapy techniques”. A busca obteve um total de 32 estudos; foram selecionados 11 artigos. A dor foi aliviada em todos e os artigos realizaram a mesma quantidade de sessões.

Esse estudo demonstrou resultados eficazes em relação aos tratamentos fisioterapêuticos utilizados para DTM. Analisando os resultados obtidos pela estratégia de busca, foi observado maior concentração de estudos no ano de 2015 e somente uma publicação em 2010. Dos 11 artigos utilizados no estudo, 7 usaram o Questionário de Critérios Diagnósticos em Pesquisa para Desordens Temporomandibulares como forma de avaliação. Um dos aspectos mais importantes para o tratamento das DTM é a frequência e a duração das sessões de fisioterapia. As DTM podem possuir relação com a postura e estarem associadas a dor muscular e/ou articular, diminuição da amplitude bucal, cefaleia, distúrbios nos movimentos mandibulares e estalos articulares. O tratamento fisioterapêutico tem por objetivo o alívio dos sintomas, buscando restabelecer a função normal do aparelho mastigatório do paciente, e diversas técnicas podem ser utilizadas. Tosato, Biazotto-Gonzalez e Caria utilizaram a eletromiografia para avaliar a ativação elétrica dos músculos masseter e a porção anterior do músculo temporal e a escala analógica visual para mensurar a dor. Basso, Corrêa e Silva mostram que a postura em indivíduos com DTM é prejudicada. O tratamento também pode ser focado sobre as estruturas do sistema craniocervicomandibular, como apontam os estudos realizados por Priebe, Antunes e Corrêa e Freire et al. A aplicação de agulhas de acupuntura também pode trazer benefícios para o manuseio da DTM, que tem como finalidade o controle da dor, especialmente quando de origem muscular. El Hage et al. Investigaram o efeito imediato da aplicação de massagem facial no equilíbrio estático em indivíduos com DTM. Em outro estudo realizado por Amaral et al., foi utilizado o mesmo protocolo para avaliar os efeitos da mobilização mandibular inespecífica. Técnicas mais atuais para o tratamento da DTM foram um dos achados dessa revisão. 

A fisioterapia pode beneficiar pacientes com DTM reduzindo a dor e aumentando a mobilidade, além de reequilibrar a ATM e melhorar a função física desses indivíduos. Diversos recursos como o ultrassom, laser, corrente catódica, ou ainda, terapias manuais como alongamento muscular e mobilização articular trazem benefícios na dor da disfunção temporomandibular. Porém, estudos com maior qualidade metodológica com follow-up são necessários. 

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Distribuição do peso corporal entre os membros, força muscular e propriocepção em amputados transtibiais traumáticos: um estudo transversal
Carlos Henrique da Silva Fontes, Filho, Conrado Torres Laett, Ubiratã Faleiro Gavilã, José Carlos de Campos, Jr et al.

A amputação de um membro pode ser definida como a remoção cirúrgica total ou parcial de algum segmento corporal devido à vasculopatia, diabetes ou em decorrência de eventos traumáticos que vão influenciar no biopsicossocial e na locomoção básica do indivíduo. A amputação transtibial quando realizada no terço distal da perna leva a perda de estruturas que são importantes para a locomoção e o funcionamento de receptores sensoriais. Quando esses receptores ficam ausentes por algum evento traumático podem comprometer a propriocepção e força. Portanto, uma melhor compreensão das alterações neuromusculares devido à amputação transtibial traumático é de total importância para o desenvolvimento de intervenções que podem trazer uma melhor qualidade de vida depois da adaptação à prótese e reabilitação.

O estudo teve por objetivo avaliar como a amputação transtibial pode afetar a disposição do peso corporal, o sentido voluntário das articulações do joelho, e a força do quadríceps e isquiotibiais em pacientes com prótese. O artigo analisado é de caráter transversal analítico controlado, realizado com dois grupos: grupo de deficientes físicos pareado por idade, convocado pela equipe de reabilitação do hospital (grupo controle) e o grupo com amputação transtibial em uso de prótese por mais de um ano, na faixa etária entre 18 e 50 anos, submetidos à amputação unilateral de forma traumática, fazendo o uso da mesma prótese endoesquelética de membro inferior com um pé dinâmico.

Foram classificados através da pontuação de Tagner para medir o nível de trabalho, atividade física e envolvimento em atividades esportivas em ambos os grupos; foi realizado o teste de distribuição corporal através de uma plataforma para quantificar a disposição do peso corporal entre os membros; através de comandos verbais foram realizados métodos proprioceptivos para avaliar em que posição articular o joelho se encontrava; foi utilizado um dinamômetro com auxilio de uma cinta inelástica para avaliar a força muscular dos quadríceps e isquiotibiais.

Na análise estatística a distribuição de dados foi verificada e classificada como normal (p >0,05) no teste de Shapiro-Wilk; foram utilizados para comparação os membros dominantes e não dominantes do grupo controle através do teste de t de Student; para comparar amostras independentes dos membros amputados foi utilizado o teste de ANOVA unilateral; e, quando necessário, para verificar desigualdade entre os pares de membros, foi utilizado o teste de post-hoc de Bonfererroni.

Os resultados do estudo demonstraram que através da avaliação do peso corporal os amputados obtiveram maior suporte do peso no membro sadio; já na avaliação da propriocepção, o membro amputado obteve o mesmo desempenho do membro não amputado e não houve diferença do grupo controle; obtiveram fraqueza considerável de quadríceps e isquiotibiais no membro amputado comparado ao membro sadio e grupo controle.

O artigo concluiu que o peso corporal do membro amputado e não amputado foi distribuído de forma assimétrica, contudo, foi observado que os níveis de força de quadríceps e isquiotibiais ainda eram baixos no membro amputado mesmo em pacientes que já utilizavam a prótese por um longo tempo, o que poderia caracterizar algum tipo de restrição ao se planejar um programa de reabilitação.

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Aproximadamente 5% dos pacientes que contraem COVID-19 evoluem para um estado crítico. Grande parte deles requer internação em unidade de terapia intensiva (UTI), onde é muito provável que seja necessária a utilização de ventilação mecânica prolongada (VM). Os cuidados com a traqueostomia e a decanulação são de extrema importância.

A traqueostomia é uma terapia estabelecida com benefício reconhecido quando realizada precocemente (dentro de 7 dias após a VM). Isso inclui uma menor incidência de pneumonia adquirida por ventilador, mortalidade reduzida, duração da VM, permanência na UTI, sedação e estenose laringotraqueal em sobreviventes. O processo de decanulação é complexo e depende da coordenação da sensação faringolaríngea, proteção das vias aéreas e força, entre outros fatores

O artigo analisado trata de um estudo de coorte observacional de pacientes de um centro de alto fluxo de pessoas na região mais afetada do Reino Unido, incluindo todos os pacientes que foram submetidos a traqueostomia para desmame ventilatório de pneumonite por COVID-19 de 1º de março de 2020 a 10 de maio de 2020. O desfecho primário foi o tempo da inserção à decanulação. O estudo teve como objetivo compreender melhor os fatores que influenciam a trajetória de cuidados de traqueostomia nesta população para facilitar o planejamento da capacidade e melhorar os resultados.

O tratamento padrão foi utilizar um tubo de traqueostomia não fenestrado com cuff Tracoe Twist Plus com uma porta de sucção subglótica. Os pacientes foram desmamados da traqueostomia de uma forma não orientada por protocolo (isto é, individualizada). Para iniciar o desmame, os pacientes precisavam ser autoventilados. Ensaios de cuff down foram iniciados e a permeabilidade das vias aéreas foi avaliada com oclusão digital. Se apropriado, uma válvula unidirecional foi então testada. Para prosseguir com a decanulação, os pacientes tiveram que tolerar 24 horas com o manguito desinflado e 12 horas com uma válvula unidirecional. Os marcadores específicos de COVID-19 de doença grave foram o uso de metilprednisolona em 35 (50,7%) pacientes por uma mediana de 13 (IQR 9,5–16,0) dias e posicionamento prono de 33 (47,8%) pacientes por uma mediana de 4 (IQR 2 –5) dias.

Os dados foram coletados e tornados anônimos a partir de registros eletrônicos como parte de uma auditoria registrada em nossa instituição. O desfecho primário foi o tempo entre a traqueostomia e a decanulação. O seguinte foi registrado: dados demográficos (idade, índice de massa corporal [IMC], gênero e etnia); fatores médicos (comorbidades muito graves, pontuação Acute Physiology And Chronic Health Evaluation II [APACHE II]); parâmetros ventilatórios na traqueostomia (pressão expiratória final positiva [PEEP], pressão arterial de oxigênio [PaO2], fração de oxigênio inspirado [FiO2] [também coletado na decanulação] e PaO2 : FiO2 Razão); e intervenções médicas (uso de metilprednisolona, uso de vasopressor, terapia de substituição renal, medicamentos antimuscarínicos, oxigenação por membrana extracorpórea [ECMO] e pronação).

Foram definidos dois grupos, grupo I (precoce): a decanulação foi alcançada <17 dias após a traqueostomia e grupo II (tardio): a decanulação foi alcançada ≥ 17 dias após a traqueostomia incluindo pacientes ainda não decanulados além de 17 dias no momento do relatório.

A análise multivariada por regressão de Cox iniciou com a variável mais significativa na análise univariada, a razão de probabilidade logarítmica regressiva gradual foi usada para determinar se a inclusão de uma nova variável melhorou o ajuste do modelo múltiplo de regressão de Cox. Hazard ratios (HRs) foram calculados a partir do modelo de regressão. Os resultados foram considerados estatisticamente significativos quando p <0,05. Todos os cálculos foram feitos com software comercial padrão (SPSS v 20.0, IBM Cord., Armonk, NY, EUA).

Na análise, uma mediana de 21 dias (IQR 15-28) pós-traqueostomia e 39 dias (IQR 32-45) pós-intubação, 35/69 (57,4%) dos pacientes foram decanulados em uma mediana de 17 dias (IQR 12-20,5) pós-inserção. A idade média geral foi de 55 (IQR 48–61) com uma proporção de homens para mulheres de 2: 1. Na análise de regressão de Cox, a FiO2 na traqueostomia ≥ 0,4 (HR 1,80; IC 95% 0,89–3,60; p = 0,048) e o último pico de fluxo de tosse pré-traqueostomia (HR 2,27; IC 95% 1,78–4,45; p = 0,001) foram variáveis independentes associadas ao tempo prolongado de decanulação.

Notou-se que o uso de metilprednisolona foi mais comum no Grupo II (tardio). Este tratamento foi administrado para imunomodulação de COVID-19 hiperinflamatório (grave) de acordo com os protocolos locais, embora as indicações e o efeito do tratamento com esteroides neste contexto ainda devam ser comprovados. Tentando identificar mais fatores relacionados à traqueostomia que podem estar associados à decanulação prolongada, seu uso foi controlado em na análise multivariada.

De acordo com a diretriz local é indicado uma FiO2 de 0,4 com PEEP de 8 cm H2O antes da traqueostomia e mantemos boa aderência a esses parâmetros. O estudo identificou PEEP, FiO2, relação PaO2: FiO2 na traqueostomia e a queda na FiO2 da traqueostomia para a decanulação foi considerado pior nos pacientes do Grupo II. Isso informou o modelo de regressão de Cox a partir do qual uma FiO2 mais alta na traqueostomia surgiu como uma variável independente associada à duração prolongada da traqueostomia. Dos fatores restantes alimentados para a regressão multivariada, o último PCF (uma medida da força da tosse) antes da formação da traqueostomia foi um fator significativo associado à decanulação retardada. Pacientes com mais de 7 dias de intubação orotraqueal (68/69, 98,6% na coorte) apresentam risco aumentado de complicações laringotraqueais e há especulação de que COVID-19 está associado a edema laríngeo.

O estudo conclui que a FiO2 mais alta na traqueostomia e pico de fluxo de tosse pré-traqueostomia mais alto estão associados a um maior atraso na decanulação do paciente com traqueostomia decorrente da COVID-19. Esses achados constituem o relatório mais abrangente de decanulação de traqueostomia COVID-19 até o momento e auxiliarão nos planejamentos futuros dessa pandemia.

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Estado funcional de pacientes com compressão metastática da medula espinhal. 
Danielle Zacaron Santos, Isabel Cristina Gonçalves Leite e Maximiliano Ribeiro Guerra.

A compressão metastática da medula espinhal é uma emergência oncológica que ocorre devido a disseminação hematogênica ou pela propagação direta do tumor e acomete aproximadamente 10% dos pacientes oncológicos. Os principais sintomas são dor, perda sensorial, fraqueza muscular, podendo evoluir para paraplegia ou tetraplegia. O artigo analisado é do tipo prospectivo e tem por objetivo avaliar o estado funcional e as características clínicas de pacientes internados com compressão medular metastática e explorar os possíveis fatores relacionados e sua relação com déficits neurológicos.

Os casos foram identificados por uma busca ativa nas unidades hospitalares do Instituto Nacional do Câncer. Foram coletadas características clínicas e demográficas de 47 pacientes. O estado funcional foi mensurado pela Medida de Independência Funcional (MIF). E o escore de Tokuhashi modificado foi utilizado para prever o tempo de sobrevida. Os déficits neurológicos foram mensurados pela American Spinal Injury Association Impairment Scale e o estado geral foi avaliado pela Escala de Status de Desempenho de Karnofsky. A correlação entre o estado funcional e o nível de déficits neurológicos foi calculada pelo teste de correlação de Spearman. Foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis para avaliar a diferença no escore de independência funcional de acordo com o estado neurológico.

A MIF dos pacientes avaliados apresentou pontuação média de 77,9 e nenhum paciente atingiu a pontuação máxima, ou seja, nenhum atingiu a independência, de acordo com os critérios da MIF. O total de MIF e suas subpontuações não apresentaram um importante efeito de piso (limite mínimo da variação da MIF): 2,12% para MIF total e MIF motor e 4,2% para MIF cognitivo. O desempenho funcional foi melhor em indivíduos sem paralisia sensório-motora, tanto em relação a MIF total (p= 0,04) quanto a MIF motora (p= 0,01) e o estado de desempenho de Karnofsky, nível de déficits neurológicos, capacidade de andar, tempo de sobrevida e cor da pele foram associados ao grau de estado funcional. Foi encontrada dependência funcional severa em 6,3% dos casos. A correlação da MIF com o nível de déficits neurológicos e com o Status de Desempenho de Karnofsky foi moderada e houve diferença no estado funcional e no domínio motor de acordo com o nível dos déficits neurológicos.

O artigo conclui que a MIF foi adequada para avaliar o estado funcional de pacientes com compressão medular metastática, pois além de seus itens de avaliação expressarem as atividades diárias que são afetadas pela síndrome, suas subpontuações apresentaram uma avaliação satisfatória e correspondem ao nível de paralisia sensorial-motora no estudo. A reabilitação de pacientes com compressão metastática da medula espinhal precisa ser feita baseando-se nas necessidades funcionais individuais e no prognóstico de sobrevida. O Escore de Tokuhashi, que é uma opção eficiente para orientar o planejamento da reabilitação dos pacientes internados, auxilia os profissionais de saúde a definir de forma mais clara os seus objetivos terapêuticos, sempre correlacionando com as necessidades e expectativas do paciente, de forma objetiva e viável.

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Qual o melhor método de mobilização para ombro congelado: Alongamento manual da cápsula posterior ou mobilização escapular?
Irem Duzgun, Elif TurgutLeyla Eraslan, Bulent Elbasan, Deran Oskay et al.

O ombro congelado é caracterizado por rigidez articular com diminuição do arco de movimento e pela falta de cadência do ritmo escapular. Essas restrições de movimentos ativos em geral se relacionam diretamente com a dor, enquanto em movimentos passivos afetam tecidos moles adjacentes à cápsula articular.

No planejamento da abordagem fisioterapêutica é muito importante que sejam incluídas técnicas para o aumento dos movimentos escapulares e para diminuir o encurtamento da cápsula posterior e, como resultado, ganhar maior amplitude de movimento da articulação.

O estudo teve por objetivo comparar a mobilização escapular, o alongamento manual da cápsula articular e a junção das duas técnicas no tratamento de indivíduos com ombro congelado.

O artigo analisado é de caráter randomizado, cego na pré e na pós-avaliação, feito com 54 indivíduos entre 40 e 65 anos com diagnóstico clínico de ombro congelado em estágio 2 ou 3. Os pacientes foram divididos em dois grupos: o grupo 1 recebeu mobilização escapular e o grupo 2 recebeu alongamento manual da cápsula posterior; as avaliações foram feitas antes e após a intervenção mediada por um avaliador cego. Após o primeiro tratamento as intervenções foram reaplicadas de forma cruzada onde o alongamento manual da capsular posterior foi aplicado no grupo que recebeu a mobilização escapular e a mobilização escapular foi aplicada no grupo que recebeu o alongamento da cápsula posterior durante a mesma sessão; ao final das intervenções os grupos foram reunidos e um terceiro grupo foi montado para uma reavaliação.

A avaliação foi feita por informações sociodemográficas; Escala Visual Analógica (EVA); movimentos de flexão, abdução e rotação interna e externa de modo passivo e ativo; a escápula e elevação total de braço foram avaliadas com goniômetro. Na análise estatística a pré-pós avaliação foi dado pelo teste de amostras pareadas, a intensidade da dor pelo teste de Kolmogrow Smirnow e o nível de significância estatística foi estabelecido em p<0,05.

Os resultados do estudo demonstraram que os movimentos articulares aumentaram em todos os grupos após a mobilização escapular, alongamento manual da cápsula posterior e aplicação das técnicas de forma combinada, porém não obtiveram diferença entre os grupos na amplitude de movimento. A mobilização contribuiu para a melhora na execução dos movimentos articulares de flexão, abdução, rotação interna e externa e elevação total ativa do ombro em todos os grupos e a flexibilidade da cápsula posterior teve um aumento significativo.

O estudo conclui que a mobilização escapular e as demais intervenções manuais de alongamento da cápsula posterior são técnicas promissoras para o tratamento do ombro congelado, pois aumentaram a amplitude de movimento e, mesmo não havendo diferença entre as técnicas apresentadas, registraram importantes avanços em uma única sessão de fisioterapia.   

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Uma comparação dos efeitos da terapia do espelho e exercícios fantasmas na dor do membro fantasma
Bahar ANAFOROĞLU KÜLÜNKOĞLU, Fatih ERBAHÇECİ, e Afra ALKAN

A dor do membro fantasma é definida por uma sensação dolorosa muito frequente percebida na parte ausente da extremidade amputada. É um fenômeno angustiante que pode se tornar crônico e afetar a qualidade de vida do paciente. A fisiopatologia e a etiologia ainda não foram totalmente estabelecidas.

 

Como forma de tratamento geralmente são utilizados os seguintes métodos: medicamentoso, cirúrgico e anestésico, controle cognitivo-comportamental da dor e abordagens fisiológicas. Eletromiografia, bio-feedback térmico, estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), acupuntura, ultrassom e implantação protética imediata também têm sido utilizados no tratamento como abordagens fisioterapêuticas. Contudo, faltam ensaios clínicos de alta qualidade para apoiar a eficácia desses tratamentos.

 

Esse estudo trata-se de um ensaio clínico prospectivo randomizado cujo objetivo foi avaliar e comparar os efeitos da terapia do espelho (TE) e exercícios fantasmas (EF) na gravidade da dor do membro fantasma crônica e na qualidade de vida e estado psicológico em amputados de membros inferiores.

Neste estudo participaram 23 homens e 17 mulheres com idade entre 18 e 45 anos, pós-traumáticos e amputados transtibiais unilaterais, totalizando 40 indivíduos. Foram excluídos os amputados com doença sistêmica, deficiência mental ou cognitiva, qualquer outra dor neuropática exceto a dor do membro fantasma, dor no coto ou utilizando qualquer auxílio para caminhar ou tratamento medicamentoso e com histórico de cirurgia devido à dor. Os pacientes não tomaram nenhum medicamento para alívio da dor durante o estudo.

 

Os participantes foram divididos usando a técnica de randomização por envelope fechado. Havia 2 grupos, cada grupo composto por 20 indivíduos. A terapia do espelho foi administrada ao 'grupo TE' e exercícios fantasmas ao 'grupo EF' durante 4 semanas. Na TE o paciente colocava o membro amputado dentro de uma caixa de espelho para que não pudesse ser visto. A superfície reflexiva de um espelho retangular de 120×40 cm na caixa foi disposta de frente para o membro intacto. No grupo EF foi utilizada uma técnica de movimentos ativos do membro sadio e movimentos imaginários da extremidade fantasma, os exercícios foram realizados com 15 repetições. Se a dor desaparecesse após menos de 15 repetições, o exercício era encerrado. Foi solicitado aos pacientes que realizassem o EF diariamente ou em caso de recorrência da dor do membro fantasma.

A intensidade da dor foi medida usando a escala visual analógica de dor (EVA), na qual os pacientes podiam classificar sua dor ao longo de uma linha de 100 mm de “0” (nenhuma dor) a “100” (a dor mais intensa). Os participantes marcaram o grau mais severo de dor na EVA a cada dia durante o período de tratamento de 4 semanas. As medidas eram realizadas antes (t0) e após os procedimentos (t1), e foram repetidas no 3º (t2) e 6º (t3) mês do período de acompanhamento no setor de tratamento. Os pacientes receberam um diário impresso da dor. Além desse diário da dor, a intensidade foi medida nos controles t2 e t3.

 

A qualidade de vida (QV) foi analisada por meio do questionário Short-Form 36 (SF-36). Esse questionário consiste em avaliar o funcionamento físico (FF), o funcionamento social (FS), a limitação de papel devido a problemas físicos (PF), a limitação de papel devido a problemas emocionais (PE), a saúde mental (SM), a vitalidade (V), a dor e os domínios de percepção geral de saúde (GS). Os escores possíveis variam entre 0 e 100. Escores mais altos indicam melhor QV relacionada à saúde. Para avaliar o estado psicológico foi utilizado o inventário de depressão de Beck (BDI).

 

SPSS para Windows 21.0 e os pacotes “nparLD” e “nlme” em R foram usados para análise estatística. A distribuição das variáveis contínuas foi examinada com o teste de Shapiro-Wilk e gráficos de normalidade. As variáveis contínuas com distribuição normal foram expressas como média ± desvio padrão (média ± DP), enquanto as variáveis com distribuição não normal e variáveis categóricas foram dadas por mediana (intervalo) e (%), respectivamente. As características demográficas contínuas dos grupos foram comparadas com o teste t de amostras independentes e o teste U de Mann-Whitney em relação à distribuição da variável. O teste do qui-quadrado foi usado na comparação das características categóricas. As estatísticas de teste relacionadas e os valores P foram apresentados.

As mudanças nas medidas de dor, qualidade de vida e depressão ao longo do tempo de avaliação foram comparadas pelo design F1-LD-F1. Estatísticas do tipo ANOVA e seu valor P foram fornecidos como resultado. O teste de Friedman foi usado para comparação dentro dos grupos, e o teste U de Mann-Whitney foi usado para análise entre os grupos para as medidas acima mencionadas. Valores P corrigidos de Bonferroni foram dados.

 

Inicialmente, o estudo aponta que nenhuma diferença significativa entre os grupos foi observada em termos de escores VAS, SF-36 ou BDI (P> 0,05). Contudo, ao longo do estudo os parâmetros melhoraram significativamente em ambos os grupos (P <0,05). Quando comparados, os dois grupos revelaram uma diferença significativa nas mudanças para VAS e BDI em todas as medições, e nas pontuações pré e pós-tratamento para todos os parâmetros do SF-36 (exceto para Role-Emocional) em favor do grupo TE (P <0,05).

 

O estudo conclui que os resultados mostram que a intensidade da dor diminuiu em ambos os grupos, mas o nível de diminuição foi maior no grupo TE. Isso foi atribuído ao efeito de estímulos visuais em pacientes durante a realização de exercícios durante a TE. A QV também melhorou em ambos os grupos, embora o nível de melhora tenha sido significativamente maior no grupo TE. As condições psicológicas gerais em ambos os grupos foram afetadas positivamente em comparação com a linha de base. No entanto, uma diferença significativa entre os dois grupos em favor do grupo TE foi observada em todas as avaliações t1, t2 e t3.

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Fatores de risco para falha da ventilação não invasiva em pacientes com câncer na unidade de terapia intensiva: um estudo de coorte retrospectivo
Juliana Carvalho Ferreira MD, PhD; Pedro, Caruso, MD, PhD; Pedro Medeiros Jr. MD, PhD; Francine Mambrini Rego MD

A ventilação não invasiva (VNI) reduz taxas de intubação e mortalidade em populações específicas e é cada vez mais utilizada no tratamento de insuficiência respiratória aguda (IRA) que pode ter diversas causas. O objetivo principal do estudo foi identificar os fatores de risco causadores de falha da VNI em pacientes com câncer com IRA. O objetivo secundário foi estimar as taxas de mortalidade hospitalar e na unidade de terapia intensiva (UTI) entre os pacientes que desenvolveram IRA e foram inicialmente tratados com VNI.

 

Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo de pacientes adultos internados na UTI que realizaram VNI para tratamento de IRA. Todos os prontuários eletrônicos foram revisados. Para registrar os dados demográficos foi utilizado um formulário de coleta estruturado com os seguintes dados: local do câncer primário, presença de metástase, status de desempenho anterior usando a escala do Eastern Cooperative Oncology Group, motivo de admissão na UTI, causa primária de IRA, gravidade da doença aguda utilizando o Simplificado Acute Physiology Score (SAPS) 3 na admissão à UTI, duração do suporte VNI, uso de suporte ventilatório invasivo, status de alta da UTI e decisão de paralisar ou suspender o tratamento. Foi utilizada uma revisão do gráfico para estimar a taxa de falha da VNI e regressão logística para identificar os fatores de risco.

Dos 2.258 pacientes que deram entrada na UTI em 2010, 114 realizaram VNI para IRA. A VNI teve êxito em 67 desses pacientes e falhou em 47. Nos pacientes em que houve falha da VNI, 36 foram intubados e 11 foram sedados para tratamento paliativo. Os fatores que foram associados a falha da VNI são: ser do sexo masculino (OR, 2,58; IC 95%, 1,20-5,56; P = 0,015), escores SAPS 3 mais altos na admissão (OR, 1,04; IC de 95%, 1,01-1,07; P = 0,006) e infecção respiratória como a causa primária de IRA (odds ratio [OR], 4,90; intervalo de confiança de 95% [CI], 1,78-13,45; P = 0,002). A falha da VNI foi o único preditorindependente de mortalidade na UTI (OR, 16,6; IC 95%, 6,5-41,5; P < 0,001). A mortalidade na UTI foi de 40%, e os fatores de risco associados à mortalidade são: a causa primária de insuficiência respiratória, escore SAPS 3, ser do sexo masculino e falha da VNI. A mortalidade hospitalar geral foi de 56% para a população inicial. A duração média do suporte não invasivo foi de 2 dias, e a média de permanência na UTI foi de 6 dias. Entretanto, apesar de todos os potenciais benefícios no tratamento da IRA, a falha da VNI foi associada ao aumento da mortalidade, e as taxas de falha e os fatores de risco para falha da VNI em pacientes com câncer receberam atenção de forma limitada.

O estudo conclui que a VNI pode evitar a IRA para a maioria dos pacientes com câncer admitidos na UTI, principalmente quando a causa é o edema cardiogênico. A descoberta de que a infecção pulmonar é um fator de risco independente para a falha da VNI em pacientes com câncer teve implicações clínicas bem importantes. A identificação destes fatores de risco para a falha da VNI utilizando uma abordagem diagnóstica abrangente e o monitoramento da VNI são de suma importância para melhorar seus respectivos resultados. Os achados também sugerem que a identificação precoce dos fatores de risco para falha da VNI em pacientes com câncer, utilizando abordagem diagnostica abrangente e monitoramento de perto da VNI, é essencial para orientar o início da VNI, evitando assim a falha e a necessidade de ventilação mecânica invasiva

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O treinamento muscular inspiratório pode melhorar a tolerância ao exercício e a função dos membros inferiores após o infarto do miocárdio?
Monika Kurzaj, Wioletta Dziubek, Małgorzata Porębska, Krystyna Rożek-Piechura.

O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das causas mais comuns de morte por doenças cardiovasculares. Além do tratamento farmacológico é importante salientar a reabilitação cardíaca precoce com o intuito de melhorar a capacidade física e devolver a qualidade de vida do paciente. A reabilitação, além de restaurar a capacidade do indivíduo, também vai atuar na prevenção secundária de possíveis riscos futuros.
A cinesioterapia respiratória é parte do processo de reabilitação do tratamento de pacientes cardíacos, auxiliando no melhor prognóstico e reduzindo possíveis complicações respiratórias e musculoesqueléticas.

O estudo teve por objetivo avaliar o resultado do treinamento muscular inspiratório (TMI) na reabilitação cardíaca de segundo estágio sobre a tolerância ao desempenho do exercício e a função dos músculos inspiratórios e expiratórios, parâmetros de velocidade e força dos músculos de membros inferiores (MMII) dos indivíduos após infarto do miocárdio (IM).

A amostra inicial foi de 90 pacientes pós-IM, participando do segundo estágio de um ciclo de reabilitação cardíaca (RC) com durabilidade de 8 semanas, na faixa etária entre 50 e 75 anos e estado cardiovascular estável. Foram divididos em 3 grupos: Grupo I submetido a uma RC e TMI, grupo II somente RC e o grupo III apenas TMI. Foram avaliados antes e após o programa de reabilitação valores de força muscular inspiratória e expiratória máxima (PImáx e PEmáx) através do espirômetro; força muscular dos flexores e extensores do joelho através do isocinético. No teste de tolerância ao exercício foram analisados valores de frequência cardíaca (FC) máxima através de esteira ergométrica.

Os resultados do estudo foram obtidos por meio de média aritmética, desvio padrão e a distribuição dos parâmetros por meio do Shapiro-Wilk; para demonstrar as relações dos parâmetros foram utilizados os coeficientes de correlação de Spearman e nos testes estatísticos foi utilizado p<0,05. 

Nos grupos I e II foram observados o aumento do parâmetro de PImáx e nos parâmetros de tolerância ao exercício. O grupo I obteve aumento do parâmetro de PEmáx e no grupo III foram observadas as mesmas modificações de valores nos parâmetros da função dos músculos respiratórios que denotam a função dos músculos respiratórios. Nos três grupos, todos os parâmetros de força dos músculos extensores e flexores de joelho demonstraram significativa melhora, contudo, obteve-se maior diferença no grupo I.

O artigo conclui que a TMI em um programa de reabilitação cardíaca é um fator importante para a melhora do funcionamento da musculatura esquelética com pouca demanda fisiológica para o organismo, promovendo a redução da FC e fadiga, a melhora do fluxo sanguíneo para os músculos de MMII e, assim, contribuindo para a resistência para que os pacientes possam realizar exercícios em velocidades mais altas por mais tempo.  

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Efeitos do treinamento muscular inspiratório na dispneia em pacientes com DPOC grave durante a reabilitação pulmonar: ensaio randomizado controlado.
Marc Beaumont, Philippe Mialon, Catherine Le Ber, Patricia Le Mevel, Loïc Péran, Olivier Meurisse, Capucine Morelot-Panzini, Angelina Dion, Francis Couturaud.

A reabilitação pulmonar é uma ação importante no manejo da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que é caracterizada por sintomas respiratórios que limitam o fluxo de ar para os pulmões, por ser irreversível e por ser provocada por uma resposta inflamatória, geralmente devido a exposição inalatória por um longo período a material particulado ou gases irritantes. O tabagismo é sua principal causa.

O artigo analisado é um ensaio clínico randomizado e teve como objetivo principal demonstrar se o treinamento muscular inspiratório (TMI) feito durante a reabilitação pulmonar estava associado a uma melhora no componente sensorial da dispneia ao final do teste de caminhada de 6 minutos (TC6). Os objetivos secundários foram avaliar o efeito do TMI na dispneia de acordo com os grupos predefinidos (P Imax) e nos desfechos secundários: qualidade de vida usando o questionário respiratório de St. George (SGRQ), P Imax, índices de hiperinsuflação em repouso, como capacidade inspiratória, e ao final do TC6min.

Foram considerados elegíveis para o estudo os pacientes com DPOC grave ou muito grave diagnosticada de acordo com a American Thoracic Society (ATS) / critérios do consenso da European Respiratory Society (ERS) na admissão (volume expiratório forçado em 1 s (FEV 1) <50% do previsto).

Foram randomizados apenas os pacientes DPOC grave ou muito grave para seguir um programa de reabilitação pulmonar padronizado (PR) predefinido associado a TMI (PR + TMI; n = 74) versus o mesmo programa de reabilitação pulmonar padronizado sem TMI, grupo controle (PR; n = 75), totalizando 149 indivíduos por um período de 4 semanas e com frequência de 5 dias por semana. O programa incluiu exercícios aeróbicos em cicloergômetro e esteira (cada um por 30 min por dia), fortalecimento de partes inferiores e grupos musculares de membros superiores, programa educacional terapêutico, ginástica aeróbica em grupo, programa de cessação do tabagismo e orientação sociopsicológica e dietética. No grupo TMI, todos os sujeitos treinaram seus músculos inspiratórios diariamente durante duas sessões de 15 min cada, supervisionadas por um fisioterapeuta.

A randomização do bloco foi realizada por grupo (de acordo com P Imax ≤60 cm H2O ou> 60 cm H2O) com tamanhos de bloco variáveis. Os tamanhos dos blocos foram estabelecidos aleatoriamente pelo estatístico. Os dados foram coletados por uma enfermeira pesquisadora cega quanto à alocação do tratamento. As variáveis ​​contínuas foram expressas como média ± dp se a distribuição fosse normal; caso contrário, os resultados foram apresentados como mediana (intervalo interquartil). O efeito do TMI na dispneia e nos parâmetros funcionais foi analisado usando testes t ou teste de Wilcoxon (em caso de distribuição não normal) para comparações dentro do grupo e entre os grupos, respectivamente. As correlações foram analisadas usando o coeficiente de correlação de Spearman. Para comparação, um valor de p <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Todos os testes estatísticos foram realizados com o software SAS (versão 9.4; SAS Institute, Cary, NC, USA).

De acordo com o estudo, a dispneia medida através do questionário de perfil de dispneia multidimensional (MDP) mostrou uma diminuição significativa no grupo PR + TMI de 14,6 ± 11,5 para 9,9 ± 9,7; p <0,001 e nos grupos PR de 14,1 ± 11,7 para 10,2 ± 8,6; p = 0,04, no entanto, a diminuição da dispneia não foi estatisticamente diferente entre os dois grupos. Ao medir a dispneia utilizando a escala de Borg ou a escala mMRC, houve redução significativa no PR + TMI (Borg 5,4 ± 2,2 a 4,0 ± 2,1, p <0,001; mMRC 2,3 ± 1,1 a 1,4 ± 1,2, p <0,001) e os grupos PR (Borg 5,2 ± 2,0 a 4,2 ± 1,8, p <0,001; mMRC 2,2 ± 1,0 a 1,5 ± 1,1, p <0,001); no entanto, a diminuição da dispneia medida usando ambas as escalas não foi estatisticamente diferente entre os dois grupos. Ao final da intervenção, P Imax aumentou mais no grupo TMI + PR do que no grupo PR.

O estudo conclui que a dispneia melhorou nos dois grupos, e a mudança foi similar entre os dois grupos, mesmo no subgrupo de pacientes com fraqueza muscular inspiratória (P Imax ≤60 cm H2O). A melhora da qualidade de vida e da DTC6 não foi estatisticamente diferente entre os dois grupos. No entanto, foi observado uma melhora significativa da P Imax no grupo de IMT associado à reabilitação pulmonar em comparação ao grupo que realizou apenas reabilitação pulmonar.

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A eficácia da fisioterapia de rotina com e sem neuromobilização em pacientes com síndrome do impacto do ombro.
Muhammad Akhtar; Hossein Karim; Syed Amir Gilani; Asfaq Ahmad; Asim Raza.

A dor no ombro é um problema comum nos pacientes que buscam atendimento médico. O diagnóstico e a terapia adequados podem ser difíceis decorrente da variabilidade dos distúrbios existentes. As considerações de diagnóstico diferencial da dor no ombro englobam radioculopatia cervical, rupturas do manguito rotador, tenossinovite bicipital e síndrome do impacto do ombro (SIS). A síndrome do impacto do ombro ocorre quando o espaço entre o acrômio e o manguito rotador com a bursa fica mais estreito, causando irritação e inflamação destas estruturas. O sequenciamento de nerumobilização (NM) é a execução de um conjunto de movimentos do corpo de componentes específicos para produzir eventos mecânicos específicos no sistema nervoso. NM é uma técnica de movimento suave usada por um fisioterapeuta para mover os nervos e é baseada na neurodinâmica.

Foi realizado um ensaio clínico randomizado controlado com desenho paralelo. Uma amostra de 80 participantes foi selecionada, que foram alocados em 2 grupos distintos, um grupo controle (n=40) e um grupo experimental (n=40). A partir de uma alocação aleatória, o grupo controle realizou fisioterapia de rotina e o grupo experimental realizou fisioterapia de rotina e neuromobilização. Os dois tratamentos foram feitos 3 vezes por semana, foram 15 sessões ao longo de 5 semanas. Os participantes permaneceram cientes enquanto o avaliador estava cego durante todo o estudo. O perfil demográfico demonstrou que a maioria dos pacientes que possuem SIS são do sexo feminino, sendo 32 no grupo experimental e 26 no grupo controle. A escala visual analógica (EVA) foi utilizada para avaliar a intensidade da dor. Foram feitas avaliações na 5ª semana (última de tratamento) e na 11ª semana (semanas após o fim do tratamento), para verificar a evolução do paciente.

Os resultados do estudo apresentaram diferenças estatisticamente significativas nos escores de dor e flexão ativa entre os dois grupos de pacientes com SIS na 5ª semana e no 1º acompanhamento. O grupo experimental em comparação com o grupo controle na 11ª semana teve menor pontuação média de dor 2,15 ± 1,54 vs 4,90 ± 1,58, respectivamente, e maior amplitude de movimento para flexão ativa, com médias de 147;13 vs 123,45, respectivamente. Sugere-se que reconhecendo a relação estreita entre as capacidades físicas e o estilo de vida, provavelmente a implementação de um tratamento eficiente para NM como parte padrão para SIS diminuiria a dor no ombro e melhoraria a dor e flexão ativa, já que os resultados demonstram que há diferença no grupo de NM (grupo experimental) comparando com o grupo que recebeu somente fisioterapia de rotina (grupo controle). Concluindo, no ambiente experimental, a entrega de NM levou a resultados significativamente distintos nos participantes do grupo experimental do que no grupo de controle.

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Comparação do efeito do treinamento proprioceptivo no tornozelo de não atletas e jogadores de voleibol.
Emanuele Lazzari Cristofoli, Mariana Michalski Peres, Lisiane Cecchini, Ivan Pacheco, Adriana Moré Pacheco.

A articulação do tornozelo é uma das mais importantes do corpo humano e é essencial para a realização de um bom padrão de movimento e auxilia na estabilidade das demais articulações.

A propriocepção é um mecanismo de percepção corporal com a capacidade sensorial de captar sinais gerados pelo corpo através de receptores internos no organismo, as alterações nesse mecanismo geram grande risco de instabilidade articular diminuindo o controle motor e desempenho funcional de localização espacial. O menor risco de lesão está associado à estabilidade do tornozelo que está ligado diretamente a propriocepção.

O artigo analisado é de caráter quantitativo do tipo semi-experimental e tem o objetivo de avaliar o efeito de um treinamento proprioceptivo para o tornozelo, comparando os resultados de estudantes sedentárias com os de atletas de voleibol por meio do teste Star Excursion Balance Test (SEBT), esse teste identifica se há déficit nos membros inferiores através da exigência de controle postural e propriocepção.

Foram selecionados onze estudantes do sexo feminino, entre 17 e 22 anos, não atletas, que não realizem treinamento muscular para membros inferiores, nem participem de treinos proprioceptivos para o tornozelo e não possuam histórico de lesões. A análise foi composta por questionários e avaliação com o SEBT, e medição das distâncias do pé nas direções: anterior, anterolateral, lateral, posterolateral, posterior, posteromedial, medial e anteromedial. Durante quatro semanas as estudantes sedentárias participaram de um treinamento proprioceptivo e ao final foram reavaliadas com o SEBT para contrapor com o pré-teste. Foi utilizado o test t pareado para análise estatística por média e desvio padrão para comparar com o pré-teste e pós-intervenção, com a finalidade de confrontar o desempenho das estudantes sedentárias em relação às atletas de voleibol.

Os resultados do SEBT pré e pós-intervenção das estudantes sedentárias obtiveram diferença significante em três direções (posterolateral, posteromedial e anteromedial) do tornozelo direito e em quatro direções para tornozelo esquerdo (posteromedial, posterolateral, lateral e anteromedial).

Após as médias de pré e pós-teste das estudantes sedentárias, foi realizada uma comparação por meio de um banco de estudo de metodologia igual, porém em atletas de voleibol e obtiveram os seguintes resultados: houve diferenças na direção anterior e posterior para o tornozelo direito e medial, posteromedial e lateral para o tornozelo esquerdo.

O estudo concluiu que tanto sedentárias quanto atletas podem se beneficiar dos exercícios proprioceptivos para a prevenção de lesões no tornozelo e na reabilitação musculoesquelética. Treinamentos proprioceptivos que mesclam força, equilíbrio estático e dinâmico são de grande efetividade para a estabilidade articular e apresentam grandes resultados em seu desempenho funcional.  

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Fisioterapia assistida por vibração precoce em crianças com paralisia cerebral – um ensaio piloto randomizado controlado.

C. Stark, P. Herkenrath, H. Hollmann, S. Waltz,I. Becker, L. Hoebing, O. Semler , H. Hoyer-Kuhn, I. Duran,B. Hero, M . Hadders-Algra, e E. Schoenau.

A paralisia cerebral (PC) é caracterizada pelo prejuízo do desenvolvimento do controle motor causando limitação para diversas atividades. Crianças com PC geralmente recorrem à fisioterapia para atingir o potencial motor máximo e prevenir doenças secundárias.

O estudo possui um desenho prospectivo, cego para avaliador, monocêntrico, controle de espera randomizado com acompanhamento. Os participantes foram avaliados três vezes: linha de base (T0), 14 semanas (T1) e 28 semanas (T2). O objetivo principal foi investigar a segurança e a viabilidade de 14 semanas de treinamento com vibração de corpo inteiro alternado lateral (sWBV) domiciliar em crianças com PC entre 12 e 24 meses de idade.

Um objetivo secundário foi explorar a eficácia com a Medida da Função Motora Grossa (GMFM-66) como mudança da semana 0 a 14. A hipótese era de que 14 semanas de fisioterapia regular com treinamento SWBV domiciliar adicional resultaria em uma mudança maior no GMFM-66 do que 14 semanas de fisioterapia regular sem sWBV; os parâmetros secundários foram o desempenho de tarefas funcionais e o desenvolvimento cognitivo.

Crianças com diagnóstico de PC ou com alta suspeita de PC eram elegíveis. Vinte e quatro participantes foram recrutados através do Hospital Infantil da Universidade de Colônia, na Alemanha, ou por meio de centros de cooperação em uma área de 80 km. Todos os participantes atenderam aos seguintes critérios de inclusão: (1) idade corrigida entre 12 e 24 meses e (2) Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) nível II-IV (de acordo com a definição para crianças <2 anos).

O grupo A recebeu sWBV primeiro (T0 a T1), com um acompanhamento livre de sWBV (T1 a T2). Já o grupo B recebeu sWBV entre T1 e T2. Ao longo do período de estudo, os participantes receberam atendimento padrão paralelo à intervenção da vibração de corpo inteiro (WBV).

Os participantes foram randomizados (usando envelopes fechados) em dois grupos com números iguais. A randomização de blocos (blocos de 2 e 4) foi realizada pelo SAS 9.1. Devido à natureza da intervenção, os participantes não podiam ser cegados para o tratamento, mas o fisioterapeuta que completou as avaliações estava cego para a intervenção.

A intervenção foi um treinamento sWBV domiciliar de 14 semanas com um sistema Galileo® combinado com uma mesa inclinada (Novotec Medical GmbH, Pforzheim, Alemanha). A plataforma sWBV consiste em uma placa motorizada que produz vibrações sinusoidais, alternadamente no lado direito e esquerdo. A mesa permitia inclinar de 0 (supino) a 90 (totalmente vertical) graus. A frequência de vibração foi de 12 Hz ou 22 Hz.

O treinamento SWBV consistia em dez sessões de sWBV de 9 minutos por semana. Cada sessão de sWBV envolvia três exercícios, cada um com duração de três minutos: (A) ficar parado ou alternadamente agachado e em pé - dependendo das capacidades da criança, (B) sentado na plataforma e (C) “posição de quatro pontos” (mãos no plataforma). Para aumentar a variação dos estímulos fornecidos, as frequências de vibração de 12 Hz e 22 Hz alternaram entre os exercícios.

Os pais receberam o manual de treinamento do estudo, um registro de treinamento e três sessões introdutórias (nas primeiras duas semanas, 45 minutos cada), incluindo informações sobre o dispositivo, exercícios e informações gerais. O treinamento em casa se iniciou após a primeira sessão introdutória e foi monitorado durante as duas sessões introdutórias seguintes. Uma visita domiciliar adicional para vigilância ocorreu após oito semanas. Cada visita do estudo incluiu um exame físico por um neurologista pediátrico e avaliação por um fisioterapeuta pediátrico experiente.

A viabilidade de sWBV foi analisada para todos os 24 pacientes. A população com intenção de tratar (ITT) incluiu todos os pacientes randomizados com GMFM-66 medido em T0 e T1. O conjunto por protocolo (PP) foi definido como tendo concluído pelo menos 70% das sessões de treinamento possíveis e não tendo pulado mais de duas semanas sucessivas. Todos os resultados referem-se à população ITT, se não for declarado de outra forma, uma vez que a análise PP confirmou principalmente os resultados ITT. Os valores de PEDI <10 e os valores de Bayley-II <50 foram substituídos por “9” e “49”, respectivamente, para análise. Para a análise de subgrupo, a frequência de treinamento foi categorizada como <100 / 100-119 / ≥120 sessões concluídas.

As análises estatísticas foram realizadas usando SAS 9.3 (SAS Institute Inc., Cary, NC, EUA). A mudança de T0 para T1 foi comparada entre os grupos de estudo e ambos os períodos de tratamento foram comparados (início precoce vs. posterior do treinamento). As variáveis métricas foram avaliadas pelo teste t ou Mann-Whitney-U, dependendo da distribuição, as frequências pelo teste exato de Fisher. ANOVA e ANCOVA foram usados para análises de subgrupos, incluindo tratamento. Valores de p bilateral <0,05 foram considerados estatisticamente significativos.

Entre as avaliações iniciais em T0 e a primeira avaliação em T1, ambos os grupos melhoraram nas pontuações do GMFM-66. A diferença entre T1 e T0 foi de 2,4 (DP ± 2,1) pontos para o grupo A e 3,3 (DP ± 2,9) pontos para o grupo B sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p = 0,412). Também a comparação entre o início precoce e tardio da sWBV não revelou diferenças estatisticamente significativas (p = 0,767).

O escore de mudança de mobilidade do PEDI-G (T0 a T1) no grupo A foi de 8,4 (DP ± 6,6), e no grupo B de 3,5 (DP ± 9,2). Entre os grupos não houve diferença significativa (p = 0,148). Da mesma forma, o escore de mudança no domínio autocuidado foi de 4,3 pontos (DP ± 3,1) no grupo A e 2,5 (DP ± 3,6) no grupo B (p = 0,208). No segundo período, as melhorias nas pontuações PEDI-G em ambos os grupos também foram semelhantes. A melhora do grupo sWBV inicial não diferiu daquela do grupo sWBV tardio. Os escores de Bayley-II não mudaram significativamente em ambos os grupos em ambos os períodos.

O artigo conclui que o treinamento sWBV domiciliar de 14 semanas foi viável em crianças com PC com idade entre 12 e 24 meses. Em geral, o sWBV foi bem tolerado e a adesão ao tratamento foi alta. SWBV não foi associado a efeitos de curto prazo na função motora grossa e função na vida diária, conforme medido com GMFM-66 e PEDI.

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Manejo de adultos com ombro congelado primário na atenção secundária (UK FROST): um ensaio clínico multicêntrico, pragmático, de três braços e superioridade, randomizado.

Prof Amar Rangan, FRCS; Stephen D Brealey, PhD; Ada Keding, Mac; Belen Corbacho, Msc, Matthew Northgraves, PhD; Lucksy Kottam, PhD; et al. 

O diagnóstico de ombro congelado é definido por um conjunto de características clínicas que começam com uma dor profunda no ombro e no braço com aumento da rigidez e achados clínicos de rotação externa ativa e passiva limitada na ausência de crepitação. O ombro congelado pode se resolver de forma espontânea, porém a recuperação pode ser lenta ou não ser completa. O estudo denominado Frozen Shoulder Trial (UK FROST) foi elaborado para avaliar a eficiência e o custo-benefício de 3 vias de atendimento para tratar adultos com ombro congelado. São elas: Duas intervenções cirúrgicas geralmente usadas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido e a via de fisioterapia não cirúrgica projetada de forma específica.

O estudo analisado é multicêntrico, pragmático e randomizado e comparou 3 grupos de forma paralela para pacientes que foram encaminhados para cuidados secundários no tratamento de ombro congelado primário. 35 hospitais no Reino Unido participaram do estudo. O tamanho da amostra foi baseado no desfecho primário 12 meses após randomização e foi calculado utilizando uma diferença clinicamente importante mínima de 5 pontos no OSS, comparando a fisioterapia estruturada precoce com o tratamento cirúrgico, ou uma diferença de 4 pontos ao comparar os dois procedimentos cirúrgicos. Foram analisados 914 pacientes, sendo 503 atribuídos de forma aleatória. Após 12 meses, os dados OSS (Oxford Shoulder Score) estavam disponíveis para 189 de 201 participantes submetidos a manipulação, 191 de 203 participantes que realizaram liberação capsular e 93 de 99 participantes designados para fisioterapia. Os pacientes que foram encaminhamos aos hospitais participantes do NHS eram elegíveis se tivessem idade igual ou superior a 18 anos e apresentassem diagnóstico clínico de ombro congelado unilateral, caracterizado por restrição da rotação externa passiva no ombro afetado a menos de 50% do ombro oposto, para o qual existiam evidências de boa concordância entre os avaliadores. Os participantes foram submetidos a programas padronizados de fisioterapia nos 3 grupos e receberam infiltrações associadas.

O estudo conclui que no desfecho primário de 12 meses, muitos participantes tinham evoluído para a recuperação quase completa do ombro, com um OSS geral mediano de 43 pontos, comparando-se com um OSS geral mediano inicial de 20 pontos. Os participantes que realizaram liberação capsular artroscópica tiveram pontuações OSS significativamente maiores do que aqueles que foram designados para manipulação sob anestesia ou fisioterapia estruturada precoce. O grupo de manipulação teve escores médios mais altos do que o grupo de fisioterapia. As diferenças de magnitude foram incluídas nos ICs de 95% para os benefícios da manipulação e fisioterapia em relação a liberação capsular em 3 meses, e para o benefício da liberação capsular em comparação com a fisioterapia em 12 meses. Já nos resultados secundários, QuickDASH e dor no ombro obtiveram um padrão parecido ao do OSS com resultados não tão efetivos para o grupo de liberação capsular em 3 meses, e melhores resultados em 12 meses após a randomização em relação a manipulação ou fisioterapia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resultado primário: Oxford Shoulder Score

 

 


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A duração e a frequência da prática de atividade física interferem no indicativo de sarcopenia em idosos?
Daniel Vicentini de Oliveira et al. 

A sarcopenia é definida como o processo natural da perda de massa muscular. Está associada ao envelhecimento, porém fatores como a inatividade física, alterações hormonais, nutricionais, metabólicas e imunológicas também podem influenciar a perda de massa muscular e a diminuição da força gerando a incapacidade e perda da independência funcional.

O estudo apresentado no artigo é analítico, observacional, transversal e teve por objetivo verificar a relação entre a duração e a frequência da prática de atividade física em indivíduos com indicativo de sarcopenia. A amostra foi do tipo intencional e por conveniência, composta por 551 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, ambos os sexos e com histórico de prática de atividade física nas academias da terceira idade (ATI).

Foi utilizado questionário composto por questões sociodemográficas, o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) para avaliar a frequência e duração da prática de atividade física e o SARC-F que é uma ferramenta para identificar a perda de massa muscular com base em perguntas específicas sobre força, deambulação, equilíbrio, subir escadas e quedas.

A análise de dados foi realizada por meio do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, correlação de Spearman, análise de equações estruturais, e path analysis que são modelos para verificar a relevância das relações do comportamento sedentário e da prática de atividade física nos indicativos de sarcopenia.

Os modelos de path analysis foram conduzidos para associação com as variáveis: dias de caminhadas por semana, minutos de caminhada por semana e minutos de atividade moderada por dia e por semana e indicativo de sarcopenia dos idosos.

Das variáveis analisadas no Modelo 1 (M1), apenas “dias de caminhada por semana, minutos de caminhada por semana e minutos de atividade moderada por dia e por semana apresentaram associação significativa (p<0,05) com a sarcopenia”.

No Modelo 2 (M2), variáveis de intensidade do treinamento (de leve a moderada) demonstraram uma associação negativa na qual, idosos que praticam atividades físicas leves a moderadas tendem a apresentar um menor indicativo de sarcopenia.

O estudo conclui que a prática de atividades físicas de modo leve a moderado é um fator que interfere na progressão da sarcopenia em idosos. A prática de atividades como caminhada, corrida leve e exercícios resistidos pode evitar a perda de massa e força muscular durante o processo de envelhecimento. Portanto, para que o idoso mantenha um maior nível de independência funcional é indispensável a prática de atividades físicas regulares juntamente com um programa de treinamento com intensidade adequada.

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Reabilitação do assoalho pélvico no tratamento de mulheres com dispareunia: um ensaio clínico randomizado controlado.

Fariba Ghaderi, Parvin Bastani, Sakineh Hajebrahimi, Mohammad Asghari Jafarabadi E Bary Berghmans

Dispareunia é definida por dor ou desconforto persistente ou habitualmente associado à tentativa ou ao ato completo de penetração vaginal. O texto do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-VT), diz que a dispareunia é subclassificada em distúrbios de penetração/dor genito-pélvicos nos quais uma mulher experimenta dor genital recorrente antes, durante ou após a penetração vaginal.

Foi realizado um ensaio clínico randomizado controlado (RCT) visando avaliar os efeitos da reabilitação do assoalho pélvico em mulheres adultas com dispareunia. O presente estudo envolveu 64 mulheres com dispareunia que atenderam os critérios de inclusão: dor na área genital antes, durante ou após a relação sexual vaginal, e a dor era maior que 8 em uma escala visual analógica (VAS) de 10 cm. 

Além do exame vaginal funcional padronizado e estruturado por palpação digital, escala de Oxford modificada para avaliar força e a resistência dos músculos do assoalho pélvico (MAPs) e VAS para avaliar os pontos-gatilhos dos MAPs, foi utilizado também uma versão persa padronizada do Índice de Função Sexual Feminina (FSFI), que é um questionário dividido em seis partes que avaliam o desejo (pontuação de 2 a 10), excitação (pontuação de 0 a 20), lubrificação (pontuação de 0 a 20), orgasmo (pontuação de 0 a 15), satisfação (0 a 15) e relação sexual sem dor (pontuação de 0-15) e a pontuação total varia de 2 a 95.

As participantes foram randomizadas utilizando o software de alocação aleatória (RAS) em dois grupo. O grupo experimental recebeu tratamentos de fisioterapia uma vez por semana durante três meses e fizeram exercícios progressivos para os músculos do assoalho pélvico em casa todos os dias, enquanto o grupo controle foi colocado em uma lista de espera e não recebeu nenhum tratamento.

Em cada sessão foram realizadas técnicas manuais para liberar pontos de gatilho no assoalho pélvico usando liberação de tecido mole intravaginal miofascial e massagem intravaginal profunda por 15–20 min, e 20–25 min de TENS de alta frequência usando eletrodos intravaginais (a 110 Hz para um 80- duração do pulso de ms e intensidade máxima tolerável para aliviar a dor).

A análise estatística foi realizada com o software SPSS (versão 17; SPSS, Chicago, IL, EUA). Foi verificada e confirmada a normalidade das variáveis ​​numéricas com o teste de Kolmogorov-Smirnov. Os dados foram apresentados por meio da média ± DP e mediana (mín – máx) para as variáveis não categóricas, e frequência (porcentagem) para as variáveis ​​categóricas. As comparações entre os grupos das medidas basais e variáveis ​​demográficas foram realizadas usando o teste t de Student independente e / ou teste do qui-quadrado, quando apropriado. Para comparações dentro do grupo antes e depois da intervenção, ANOVA de medidas repetidas foi usada. Para avaliar o efeito da intervenção, a análise de covariância (ANCOVA) foi usada para controlar as medidas de linha de base e fatores de confusão. Em todas as análises, p valores <0,05 foram considerados estatisticamente significativos.

Foi observado que no início do estudo, ambos os grupos possuíam características basais semelhantes, com exceção da intensidade da dor e da força e resistência dos MAPs. Com base nos resultados, as mudanças entre os grupos mostraram melhora significativa no grupo experimental em comparação com o grupo controle. A diferença média na força do MAP (de acordo com a escala de Oxford 0-5) entre os grupos foi de 2,01 e a diferença média de resistência foi de 6,26s. Além disso, a diferença média na pontuação do FSFI foi de 51,05. Todas as alterações foram estatisticamente significativas (p <0,05). Houve também alterações na VAS que diminuíram abruptamente no grupo experimental durante o estudo, e a diferença média na pontuação VAS antes e depois do tratamento foi de 7,32. 

Após 3 meses de reabilitação do assoalho pélvico, houve melhora significativa na força e resistência dos MAP. O estudo conclui que, de acordo com a complexidade do diagnóstico e tratamento, é necessária uma equipe multidisciplinar dedicada para compartilhar seus achados, com o objetivo de compreender as causas da dispareunia. A fisioterapia pode contribuir muito para o tratamento dos sinais e sintomas da dispareunia. Após uma avaliação abrangente, o tratamento multimodal, incluindo biofeedback, técnicas manuais, eletroterapia e PFMEs podem ser ferramentas úteis nas mãos dos fisioterapeutas para controlar a dor e os sintomas da dispareunia. 

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Reabilitação da síndrome da banda iliotibial em corredoras: um estudo piloto randomizado

Janine McKay, Nicola Maffulli e Jack Taunton

A síndrome da banda iliotibial (ITBS) é uma das lesões mais frequentes em corredores. Possui duas teorias anatômicas diferentes, são elas compressão e entesopatia versus fricção e impacto. Os fatores de risco para essa síndrome incluem histórico de lesões anteriores, idade superior a 34 anos, faixa fascial lateral apertada, treinamento intervalado, calçado impróprio, superfície de corrida, alta quilometragem semanal, falta de recuperação, corrida em declive, diferença no comprimento das pernas, aumento do ângulo de flexão do joelho no golpe do calcanhar e fraqueza muscular dos extensores e flexores do joelho e abdutores do quadril. O tratamento pode ser realizado através de métodos conservadores ou cirúrgicos, sendo os cirúrgicos indicados em casos refratários.

 

Esse estudo randomizado foi conduzido no Avita Health and Massage Center por um tempo de 8 semanas. Foram incluídas corredoras de longa distância com idade entre 19 e 45 anos, autoclassificadas como corredoras recreativas que possuam ITBS de forma unilateral por pelo menos um período de 3 meses. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia de 3 regimes de exercícios diferentes em corredores do sexo feminino com ITBS, são eles: alongamento ITB (Grupo A), exercício convencional (Grupo B) e exercício experimental de fortalecimento do quadril (Grupo C). Além disso, teve por objetivo avaliar a relação entre o fortalecimento do quadril e dor associada a ITBS, resultado funcional YBT (Ybalance test), SLMS (mini agachamento de um membro) como um resultado funcional e LEFS (Escala funcional da extremidade inferior), um questionário autorreferido.

 

Vinte e quatro corredoras foram distribuídas em 3 grupos e a significância estatística do grupo C foi observada para YTB e DN (dinamômetro) compostos para a perna ferida e a não ferida, YBT, LEFS, NPRS e SLMS. No grupo A, em que foi realizado o alongamento, foi observada uma diferença significativa para o YBT lesionado lateral posterior, SLMS lesionado joelho-pé, SLMS lesionado joelho-pé medial, SMLS lesionado joelho-pé e SLMS não lesionado joelho-pépé. No grupo B, no qual realizaram exercícios convencionais, diferenças estatisticamente significativas foram observadas para os 3 parâmetros do YBT, que são lesão anterior, lesão posterior medial e lesão lateral posterior.

 

Para 3 sessões de reabilitação por semana durante 8 semanas, a média e mediana para o número de sessões de reabilitação concluídas a cada semana foi de 2,75 e 3 para o grupo de alongamento, 2,63 e 3 para o grupo de exercícios convencionais, 2,50 e 2,5 para o grupo experimental. Desse modo, surgiu a hipótese de que ao adicionar uma complexidade crescente de exercícios básicos ao longo de 8 semanas, os participantes sentiram menos dor e tiveram uma melhora na função igual ou maior do que os grupos de controle.

 

Constatou-se que o regime de exercícios de “modelo progressivo de três fases” é um programa eficaz na reabilitação de membros inferiores. A fase 1 é composta por exercícios de fortalecimento do quadril sentado, seguidos pela fase 2 que inclui a continuação dos exercícios da fase 1, mas com intensidade crescentes nos exercícios de equilíbrio e a fase 3 envolveu a interrupção dos exercícios e também o retorno gradual do paciente para as atividades esportivas normais. No entanto, ainda faltam evidências sobre como as lesões nas extremidades inferiores afetam de forma específica as mulheres e sua biomecânica relacionada

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Influência do arco longitudinal medial na distribuição plantar e na flexibilidade posterior.

Jessica Caroliny de Jesus Neves, Fabíola Unbehaun Cibinello, Paola Janeiro Valenciano e Dirce Shizuko Fujisawa.

A estabilidade do corpo começa a partir do contato dos pés com o solo e do controle da distribuição da pressão plantar. O pé é constituído por três arcos: arco longitudinal medial (ALM), arco longitudinal lateral (ALL) e arco transverso anterior (ATA). O calcanhar, a base do hálux e do quinto dedo formam um tripé fundamental para a ativação do arco plantar e, assim, evitam uma possível instabilidade do tornozelo. Os arcos longitudinais são responsáveis pela estrutura do tipo de pé (cavo, plano ou normal).

O estudo realizado foi de característica transversal e contou com uma amostra de 40 crianças na faixa etária entre 8 e 12 anos: 6 (15%) meninos e 34 (85%) meninas; excluídas crianças com algum déficit ortopédico, neurológico ou processos cirúrgicos recentes.

A coleta de dados foi feita através de avaliação antropométrica (massa corporal, estatura e comprimento dos pés), mensuração da flexibilidade, análise da impressão plantar e distribuição da pressão plantar.

Foi utilizado o banco de Wells para determinar as medidas da flexibilidade do quadril, da região dorsal e dos isquiotibiais. Os pés (plano, cavo e normal) foram categorizados pelo método Viladot. A análise da pressão plantar foi alcançada por meio da baropodometria computadorizada e pelo teste Shapiro-Wilk foi utilizado para a distribuição dos dados paramétricos e plantigrafia.

A observação da flexibilidade relacionada com o tipo de pé foi obtida através da plantigrafia, foram consideradas 17 crianças (42,5%) com pé normal, 16 crianças (40%) com pé cavo e 7 crianças (17,5%) com pé plano, considerando o membro direito. Em relação ao pé esquerdo, 23 crianças (57,5%) foram classificadas como pé normal, 12 crianças (30%) como pé cavo e 5 crianças (12,5%) como pé plano.

A pressão plantar difere conforme o tipo de pé e quanto à distribuição da massa anterior e posterior. Em crianças com os pés cavos foi encontrada maior pressão na região posterior e uma diminuição na pressão da região anterior de ambos os pés em comparação às crianças com o arco plantar normal.

Assim, o estudo conclui que crianças com pés cavos possuem maior flexibilidade para os músculos isquiotibiais e maior descarga de peso em calcâneo comparadas às crianças com o arco plantar normal.

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Fisioterapia aquática: uma opção de reabilitação vestibular.

Carolina Maria Maia Pereira, Jalene de Sarah Pinheiro do Vale, Wellington Pinheiro de Oliveira, Denise da Silva Pinto, Renato Valeiro Rodrigues Cal, Yaná Jinkings de Azevedo, Fayez Bahmad Jr.

Equilíbrio corporal é o resultado das habilidades motoras vivenciadas desde a infância, quando se iniciam ações como rolar, engatinhar, ficar em pé e, então, andar. Para que este processo ocorra de forma harmônica se faz necessária a integração de três sistemas: o sistema visual, para manter a estabilização da oscilação corporal coordenada pelo cerebelo; o sistema proprioceptivo mantido pelos fusos musculares; e o sistema vestibular, unicamente exproprioceptivo, formado por um conjunto de órgãos localizados na orelha interna, capazes de detectar os movimentos do corpo e, deste modo, manter o equilíbrio.

Foi realizado um estudo de caso de intervenção com amostra intencional pareada de quatro sujeitos, selecionados por conveniência, com idade entre 54 e 75 anos, com diagnóstico de Déficit Vestibular Periférico apresentando queixa de tontura e alteração do equilíbrio estático e dinâmico e que possuíam segurança e independência para atividades na água. Todos os indivíduos com diagnóstico de vestibulopatia periférica foram submetidos a 12 sessões de fisioterapia aquática durante 4 semanas, sendo três sessões semanais de 50 minutos para reabilitação vestibular (RV). A RV é um recurso fundamental para o controle dos sintomas vestibulares, e sua atuação no meio aquático é considerada segura para as atividades físicas de idosos, pois atuam simultaneamente nos distúrbios musculoesqueléticos e na melhora do equilíbrio.

Os indivíduos selecionados foram avaliados para tontura em três momentos: inicial, após 6 sessões e ao final das 12 sessões. Foram aplicados os testes de apoio unipodal, o teste do degrau de Fukuda, e o protocolo de inventário de handicap para tontura.

O protocolo foi adaptado com base na união dos seguintes protocolos: Fisioterapia Aquática para Reabilitação Vestibular, baseada nos efeitos físicos da água no corpo imerso, exercícios de Halliwick e Bad Ragaz, em conjunto com o método Associazone Otologi Ospedalieri Italiani para reabilitação vestibular no chão; os exercícios de adaptação e melhoria do equilíbrio hídrico; e os exercícios de Cawthorne-Cooksey, que descrevem os protocolos de RV desenvolvidos no solo.

A análise estatística descritiva gerou um banco de dados, bem como tabelas e gráficos. Para analisar a significância dos resultados alcançados, foi realizada a comparação inicial, intermediária e final dos efeitos da intervenção do estudo por meio do teste de Friedman para o suporte unipodal; o teste ANOVA para o teste de Fukuda e o teste t de Student para o inquérito à deficiência de tontura (DHI), considerando um nível α = 0,05. Essas análises foram realizadas com o software BioEstat 5.0.

Na análise dos resultados de equilíbrio estático, foram obtidos os seguintes valores de média e desvio padrão (DP) inicial (3,7 ± 1,5), intermediário (5,2 ± 0,9) e final (6 ± 0) nas avaliações. Desta maneira, foi observado que inicialmente os indivíduos encontravam-se nas dimensões adaptativa e anormal (valores <6), e ao final todos atingiram a normalidade (valor = 6), confirmada por um DP = 0. O valor de p encontrado nessa análise foi de 0,1054, não apresentando diferença estatisticamente significante no teste de Friedman, considerando um α ≤ 0,05 (5%).

O equilíbrio dinâmico foi medido através do teste do degrau de Fukuda por meio da dimensão do desvio angular, obtendo-se os seguintes valores nas avaliações inicial, intermediária e final: 82,5 ± 28,7; 37,5 ± 37,7 e 60 ± 81,2. Na dimensão distância do ponto de partida, foram obtidos os seguintes valores nas avaliações inicial, intermediária e final, respectivamente: 1,2 ± 0,3, 1 ± 0,7 e 0,7 ± 0,3. Os graus identificados no desvio angular foram formados pelo deslocamento rotacional do ponto de partida ao ponto de parada, sempre desviando para o lado afetado pela patologia, tendendo a 75% para a esquerda e 25% para a direita.

Na avaliação do comprometimento por tontura (DHI), foram obtidos os seguintes valores respectivamente para a dimensão física nas avaliações inicial e final: 22 ± 5,9 e 4 ± 8; com p = 0,0171. Na dimensão funcional, foram obtidos os seguintes valores respectivamente nas avaliações inicial e final: 21,5 ± 12,4 e 4,5 ± 9; com p = 0,0467, ambos com diferença estatisticamente significativa. Na dimensão emocional, foram obtidos os seguintes valores nas avaliações inicial e final: 23 ± 17,4 e 4,5 ± 9; com p = 0,0914, sem diferença estatisticamente significativa. Somando todas as dimensões, foram obtidos os seguintes valores nas avaliações inicial e final: 66,5 ± 35,3 e 13 ± 26; com p = 0,0414, mostrando diferença estatisticamente significante, com valor de α = 0,05 (5%) para todas as dimensões.

O estudo mostra que o protocolo de fisioterapia aquática para RV em pacientes com vestibulopatias periféricas mostrou-se eficaz e de fácil aplicação.

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Terapia cognitiva funcional em comparação com exercícios em grupo e intervenção educacional para dor lombar crônica: um ensaio clínico randomizado multicêntrico (RCT).

Mary O’keeffe; Peter O’Sullivan; Helen Purtill; Norma Bargary; Kieran O’Sullivan.

A dor lombar (LBP) é a principal geradora de incapacidade e afastamento laboral na humanidade e está relacionada a um significativo impacto pessoal, social e econômico. Diretrizes clínicas internacionais incentivam tratamentos não farmacológicos como terapias físicas e psicológicas, ou uma integração destas terapias, para o tratamento da dor lombar.

O estudo realizado através de um ensaio clínico randomizado pragmático no qual dois grupos de indivíduos com dor lombar crônica (CLBP) foram convocados de 3 locais distintos na Irlanda entre maio de 2014 e fevereiro de 2016. Houve acompanhamento durante a pós-intervenção, 6 meses pós-randomização e 12 meses pós-randomização. Um grupo recebeu terapia cognitiva funcional (CFT) e o outro recebeu exercícios e orientações coletivas sobre educação em dor. Foi utilizada randomização do tipo simples e as intervenções foram detalhadas no protocolo publicado, além dos procedimentos de treinamento e fidelidade ao tratamento.

Todos os participantes randomizados para CFT foram submetidos a uma entrevista individual abrangente e exame físico por seu respectivo fisioterapeuta, para identificar possíveis fatores multidimensionais considerados causadores de sua dor e deficiência. Já a intervenção realizada em grupo não incluiu nenhuma entrevista individual, exame físico ou consideração detalhada da história da dor do paciente. Os fisioterapeutas que trataram os pacientes obtiveram as determinadas medidas de desfecho primárias no início do estudo, antes da randomização, como parte da determinação da elegibilidade. As estatísticas descritivas resumiram as características dos participantes usando a média, mediana ou número, conforme apropriado.

Em relação à incapacidade, o grupo submetido a CFT apresentou maiores índices de redução comparado a intervenção em grupo de 6 e 12 meses. Não houve diferença entre os grupos na intensidade da dor em 6 ou 12 meses. A autoeficácia na dor, risco de cronicidade e enfrentamento diferiu entre as intervenções em 6 e 12 meses de acompanhamento, com melhor desempenho para o grupo CFT. Nenhuma diferença foi encontrada para medo de atividade física, estresse, ansiedade, depressão, sono, número de locais de dor ou satisfação pós-intervenção. As reduções na deficiência apresentadas na intervenção CFT produziram efeitos melhores do que em estudos semelhantes nesta área de pesquisa.

O estudo conclui que para pessoas com dor lombar crônica uma intervenção multidimensional individualizada resulta em reduções maiores na deficiência a longo prazo comparada à intervenção com exercícios e educação em dor em grupo, tanto em 6 meses quanto em 12 meses. Portanto, uma avaliação multidimensional individualizada e uma abordagem de tratamento que engloba educação em dor, exposição ao movimento de forma gradual e treinamento do estilo de vida, como é o caso da terapia cognitiva funcional, pode ser uma intervenção muito importante para diminuir a incapacidade associada à CLBP.

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Avaliação funcional do movimento: incidência do valgo
dinâmico do joelho em mulheres praticantes de musculação e
sedentárias.

Racklayne Ramos et al.

Avaliar o movimento é muito importante para a identificação de causas e possíveis riscos para lesões. Dentre as articulações do corpo humano, o joelho
pode apresentar alta incidência para lesões devido a sua pouca estabilidade intrínseca, suas estruturas ligamentares e musculares. As mulheres apresentam características anatômicas diferentes dos homens. Essa diferença para as mulheres leva a diminuição da ativação da musculatura medial do joelho e redução da rigidez articular, aumentando assim a possibilidade de ocorrer o valgo dinâmico.


O artigo trata de um estudo descritivo, comparativo e transversal, com o objetivo de analisar e comparar a incidência do valgo dinâmico do joelho
feminino em praticantes de atividade física e sedentárias. Além de verificar a existência de dor e lesão musculoesquelética devido ao padrão de movimento associado. Sessenta mulheres saudáveis na faixa etária entre 18 e 30 anos foram divididas em 2 grupos: praticantes de musculação e sedentárias. Foram utilizadas fichas de avaliação sociodemográfica, antropométrica e histórico de patologias anteriores de membros inferiores (MMII).


Os dados referentes à análise do movimento foram coletados e verificados por meio do Functional Movement Screen (FMS) que é uma avaliação que tem a capacidade de detectar possíveis déficits que estejam comprometendo a execução de movimentos funcionais. O FMS é composto por sete testes
funcionais com o objetivo de analisar a estabilidade de tronco, amplitude de movimento e simetria durante o exercício.


Os dados numéricos foram observados por meio de estatística descritiva e inferencial; para averiguar a influência das variáveis como idade, altura e dor,
foi utilizada a análise multivariada de variância e para a análise de comparação foi usado o Teste T para amostras independentes. Dentre os grupos analisados, 60% das mulheres sedentárias tiveram incidência do valgo dinâmico em comparação a 33,3% das mulheres praticantes de atividade física. Não houve associação entre quadro álgico e valgo dinâmico do joelho para os dois grupos.


Por meio da avaliação FMS observou-se que 50% das mulheres sedentárias apresentaram escore menor que 6 pontos, o que representa um alto risco para lesões em MMII em relação ao grupo de mulheres que praticam atividade física, no qual apenas 6,7% tiveram um escore menor que 6 pontos.
Dessa forma, o estudo conclui que foi observada uma maior incidência de valgo dinâmico em mulheres sedentárias e exalta a importância da prática constante de atividade física, como a musculação, para a preservação e manutenção da funcionalidade e da biomecânica do joelho.

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Efeitos do treinamento muscular inspiratório na estabilidade postural, função pulmonar e capacidade funcional em crianças com fibrose cística: um ensaio clínico randomizado

Melih Zeren et al.

A fibrose cística (FC) é uma doença genética que atinge diversos órgãos e sistemas, como por exemplo, pâncreas, fígado, pulmões, sistema gastrointestinal e sistema reprodutivo que dependem amplamente da secreção exócrina.

 

Foi realizado um estudo prospectivo, randomizado e controlado onde o objetivo foi investigar os efeitos do treinamento muscular inspiratório (TMI) em pacientes com FC, assim como analisar os fatores que podem estar relacionados à estabilidade postural. Foram incluídos 36 pacientes com idade entre 8 e 18 anos que tinham o diagnóstico de FC de acordo com o relatório do Cystic Fibrosis Foundation Consensus. Esses pacientes foram destinados de forma aleatória ao grupo “PT abrangente do tórax” (Abordagens Fisioterapêuticas - PT) ou no grupo “TMI ao lado do PT abrangente” (PT + TMI), sendo 18 em cada grupo. Ambos os grupos treinaram por 8 semanas. No início do estudo e após este período de oito semana foram avaliados força muscular respiratória, distância percorrida por 6 minutos (DTC6) e espirometria.

 

O programa abrangente de PT do tórax consistia em exercícios respiratórios diafragmáticos, exercícios de expansão torácica, dispositivo de pressão expiratória positiva oscilatória, espirômetro de incentivo, drenagem postural com percussões, técnicas de tosse e aconselhamento de atividade física. Já no grupo TMI foi realizado o Threshold Inspiratory Muscle Trainer com intensidade de 30% do valor da PImáx por 15 min, 2 vezes ao dia.

No estudo foi relatado que a pressão inspiratória máxima foi medida semanalmente na clínica no momento das sessões de exercícios supervisionados sendo a intensidade do treinamento ajustada para manter 30% do valor da PImáx. Quatorze dos 18 pacientes do grupo PT + IMT (78%) e 15 dos 18 pacientes do grupo PT (83%) completaram todas as sessões de treinamento conforme planejado. A adesão ao programa de treinamento foi em média 97,9% ± 4,2% no grupo PT +TMI e 97,5% ± 5,7% no grupo PT.

A análise estatística foi realizada através do programa SPSS 20.0 (SPSS Inc., EUA). A distribuição normal dos dados foi analisada por meio do Teste de Kolmogorov Smirnov. A análise de regressão linear desenvolveu-se em medidas basais de 36 indivíduos para apresentar os preditores independentes de estabilidade postural entre os parâmetros respiratórios. O teste T de amostra pareada ou Teste de Wilcoxon foi utilizado para comparações dentro do grupo e o teste T de amostras independentes ou Mann Whitney Uteste foi usado para comparações entre grupos, dependendo das propriedades de distribuição dos dados. As variáveis categóricas foram contrastadas entre os grupos por meio do teste qui-quadrado.

 

Os resultados foram considerados relevantes com valores de p <0,05. A análise de regressão linear revelou que o valor de pressão expiratória máxima (PEmáx) foi considerado um preditor independente para os limites gerais de estabilidade (LOS), explicando 26% de variância (R = 0,514, p = 0,003). A pontuação geral de LOS, capacidade vital forçada (CVF), fluxo expiratório forçado em 1s (VEF1), pico de fluxo expiratório, PEmáx e DTC6 melhoraram consideravelmente em ambos os grupos, sem diferenças significativas entre eles. O acréscimo de TMI ao PT do tórax não gerou melhorias adicionais, exceto para o valor de PImáx. Na literatura, não há evidências que sugiram que a TMI seja benéfica ou não em pacientes com FC, mas é considerada eficaz na melhora da força muscular inspiratória, tendo em vista que o acréscimo de TMI ao PT do tórax não gerou melhorias adicionais, exceto para o valor de PImáx no presente estudo. O estudo sugere que um programa abrangente de PT de tórax pode ser individualmente eficaz na melhora da pontuação geral de LOS, espirometria, força muscular respiratória e DTC6.

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A eficácia da fisioterapia individual ou de grupo no tratamento do impacto subacromical: um ensaio clínico randomizado e uma análise econômica da Saúde

Ian Ryans et al.

A dor no ombro é um problema muito comum na população, podendo causar incapacidade e morbidade. Há variadas categorias de diagnóstico clínico descritas para a dor no ombro. No entanto, o impacto subacromial (SAI) é a causa mais comum, englobando diversas doenças que diminuem o espaço subacromial.

 

Foi realizado um estudo de equivalência simples-cego, aberto, randomizado, no qual comparou a fisioterapia individual e em grupo. Cento e trinta e seis pacientes na faixa etária entre 28,5 e 84,1 anos foram convocados para o estudo. A maior parte era do sexo feminino, 83% tinham predominância do braço direito e 66% tinham dor no ombro direito. Anteriormente ao estudo, 28% já recebiam injeções de corticoesteroides e 31% já realizavam fisioterapia. Os sintomas estiveram presentes por uma média de 30 semanas no grupo de intervenção (fisioterapia em grupo) e 33,5 semanas no grupo controle (fisioterapia individual). Todos os pacientes receberam infiltração com corticoesteroides antes das sessões de fisioterapia.

 

Concluiu-se que há pouca diferença entre os grupos em 26 semanas e nenhuma diferença em 52 semanas de acordo com o questionário SPADI (Shoulder Pain and Disability Index) (Figura 1). A fisioterapia em grupo para SAI é econômica e não impacta de forma negativa na qualidade de vida. O exercício demonstrou ter efeito positivo sobre os fatores biopsicossociais associados às condições em que há dor. Portanto, o tratamento de fisioterapia em grupo para dor subacromial é uma abordagem que gera economia de custos com resultado clínico parecido ao da fisioterapia individual, porém, devido ao baixo recrutamento e a alta porcentagem de abandono, conclusões sobre o estudo ainda são difíceis, sendo necessário mais pesquisas para uma resposta definitiva.

Figura 1: Média para a pontuação total SPADI ao longo do tempo

 

 

 

 

 

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Severidade da disfunção temporomandibular e sua relação com a postura corporal.

Daniele Melita Wiest, Cláudia Tarragô Candotti, Juliana Adami Sedrez, Luiza Rampi Pivotto, Letícia Miranda Resende da Costa, Jefferson Fagundes Loss.

A articulação temporomandibular (ATM) é uma articulação que liga o osso temporal à mandíbula, sendo responsável por mover a mandíbula em protusão, retração, depressão e elevação.

 

A disfunção temporomandibular (DTM) é caracterizada por manifestações que podem afetar os músculos da mastigação e a articulação temporomandibular (ATM) de maneira a exercer uma tensão nessa musculatura ou um aumento de carga na articulação.

 

De acordo com WIEST et al (2019) “a DTM gera um conjunto de sinais e sintomas, como: ruídos articulares, déficits de amplitude de movimento, desvios na abertura bucal, dor pré-auricular, na articulação temporomandibular ou nos músculos mastigatórios e cefaleia.”

O estudo foi realizado de maneira observacional e correlacional com 71 mulheres (entre 18 e 35 anos) separadas por dois grupos: com DTM e sem DTM. A severidade postural das pacientes foi definida com base no questionário Mandibular Function Impairment Questionnaire e o software Digital Image-Based Postural Assessment de avaliação postural por fotogrametria e avaliação por meio da postura corporal em meio sagital e de maneira estática.

Os critérios de inclusão para o estudo foram testes de diagnóstico de DTM (RDC/TMD) para avaliar amplitude, dor e crepitações ao movimento e os de exclusão foram processo de cirurgia em face e dentes, na coluna vertebral, uso de próteses dentais, história pregressa de trauma em ATM ou face e luxações.

Os resultados obtidos no presente artigo apontam a diferença para o ângulo da lordose cervical, ângulo de inclinação pélvica e pulsão da pelve entre os dois grupos. No grupo com DTM foi observado que quanto maior a severidade da disfunção temporomandibular maior é grau da lordose cervical e da pulsão da pelve, enquanto o ângulo de inclinação pélvica apresenta diminuição, com tendência à retroversão. Desse modo, o estudo aponta que tal achado pode evidenciar alguma relação entre DTM e postura corporal.

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Ventilação não invasiva em pacientes em uma UTI Pediátrica: fatores associados à falha
Rosângela Aparecida et al.

A ventilação mecânica não invasiva é, por definição, um suporte ventilatório que não necessita de tubo orotraqueal ou traqueostomia. Nesse caso, uma interface é utilizada para oferecer ventilação adequada, reduzir o trabalho respiratório, aumentar a ventilação alveolar, prevenir a fadiga muscular
respiratória e otimizar as trocas gasosas, evitando a intubação e promovendo, em alguns casos, uma extubação precoce.

 

O presente artigo relata um estudo clínico, prospectivo não randomizado, cujo objetivo foi avaliar a eficácia da ventilação não invasiva (VNI) em prevenir o tubo orotraqueal (TOT) em uma população diversificada de pacientes pediátricos (pacientes de 0 a 10 anos de idade que possuíam indicação de ventilação não invasiva e apresentavam insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada) e identificar os fatores preditivos associados à sua falha em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Parâmetros clínicos, demográficos e cardiorrespiratórios foram avaliados. Os pacientes que
não progrediram para tubo orotraqueal por 48 horas após retirada da VNI foram categorizados como “grupo sucesso”. O “grupo falha” precisou de TOT.
Foram selecionados 52 pacientes, sendo 27 (51,9%) meninos, com idade mediana de 6 (1-120) meses.

 

Na análise da eficácia da VNI, 36 (69,2%) pacientes obtiveram sucesso. Após a análise da regressão logística multivariada, com a inclusão das variáveis preditoras (presença de desconforto respiratório (DR) e frequência respiratória (f) após 2 horas de utilização da VNI) e das variáveis de confundimento (história de VM prévia, tipo de IRpA, pH < 7,35, PaCO2 > 45 mmHg e SpO2 inicial), apenas a f permaneceu no modelo multivariado (odds ratio (OR): 4,80; IC95% 1,12-20,48; p = 0,034). Portanto, o paciente com presença de taquipneia após 2 horas de utilização da VNI apresenta 4,80 vezes mais chances de necessitar de TOT em um período de 48 horas.

 

 

 

 

Foram observados diminuição da frequência cardíaca (p < 0,001) e da frequência respiratória (p < 0,001) e aumento da saturação periférica de oxigênio (p < 0,001) 2 horas após a colocação da VNI. Concluiu -se que o uso da VNI foi eficaz na população estudada, com melhora significativa nos parâmetros cardiorrespiratórios 2 horas após a colocação da VNI, sendo a presença de taquipneia um fator preditivo para falha na prevenção de TOT.

 

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A fisioterapia torácica melhora a aeração pulmonar em pacientes críticos com hipersecretividade: um estudo fisiológico piloto randomizado

Federico Longhini et al.

O objetivo desse estudo foi analisar os resultados que a oscilação da parede torácica de alta frequência (HFCWO) traz para a aeração pulmonar e a disposição da aeração, em pacientes com normosecreção e hipersecreção, mantidos em ventilação mecânica. Também foi qualificada a associação de HFCWO juntamente com manobras de recrutamento (RM).

 

O estudo realizado no Hospital Sant’ Andrea de Vercelli foi do tipo randomizado de quatro braços. Foram incluídos pacientes submetidos a mais de 48 horas de VMI (ventilação mecânica invasiva). Os pacientes foram randomizados para receberem ou não RM.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após a realização da randomização, um cinto de silicone com 16 eletrodos foi colocado nos pacientes envolvendo o tórax entre o 4º e o 6º espaço intercostal e conectado ao aparelho de EIT (tomografia de impedância elétrica). Foi verificada a qualidade do sinal. A variação da impedância corrente (TIV) foi calculada como a diferença da impedância entre o fim da inspiração e a expiração; e as mudanças na TIV (∆TIV, mL) e na impedância pulmonar expiratória final, que é uma medida substantiva do volume pulmonar expiratório final. Devido a falta de estudos anteriores semelhantes a esse e dado o propósito descritivo e o tipo fisiológico do estudo, foi decidido aleatoriamente inscrever uma amostragem de 60 pacientes, sendo 30 para cada subgrupo.

Os parâmetros vitais e ABGs não foram diferentes em nenhum subgrupo. O ∆TIV (mudanças na variação da impedância da maré) não se alterou ao longo de todo o protocolo do estudo em ambos os subgrupos. Foi observado que a RM não adiciona nenhum benefício aos pacientes. HCFWO também não produziu nenhum efeito em pacientes normosecretivos. No entanto, a fisioterapia torácica por HCFWO melhorou significativamente a aeração da região dorsal do pulmão em pacientes hipersecretivos ventilados de forma mecânica sem prejudicar as trocas gasosas.

 

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Mudança na biomecânica da postura sentada afeta a função pulmonar

Adriana Maria Contesini1 , Thiago Henrique da Silva2 , Francis Meire Favero3 , Silvana Maria Blascovi-Assis4, Mariana Callil Voos5 , Fátima Aparecida Caromano6

A postura ideal é caracterizada pelo equilíbrio da estrutura de suporte que vai envolver uma mínima quantidade de sobrecarga e esforço juntamente com uma grande eficiência do corpo, o alinhamento do centro da massa corporal com as articulações é de fundamental importância para uma boa postura. A postura sentada por um longo período traz ricos significativos na mecânica ventilatória e sem um apoio efetivo na região dorsal acomete uma maior ativação dos músculos respiratórios caracterizando assim um volume corrente maior.

O presente artigo é um estudo transversal, descritivo, com o objetivo de analisar seus efeitos na função pulmonar em dois sistemas de cadeira-mesa. A análise estatística se baseou em duas variáveis de capacidade vital forçada e durante a postura sentada em ângulo de flexão da pelve. Participaram 15 voluntárias com o sistema para análise de estudo (A) convencional do sistema padrão de cadeira-mesa, caracterizando 90º do quadril e joelho e a mesa com tampo de vertical em 90º e (B) experimental (kneeling chair) preservando a curvatura da lombar, aumento da flexão do quadril e a mesa com tampo de 20º, oferecendo maior acuidade visual e menor flexão cervical.

 

Por meio de análise de imagem com mensuração dos ângulos das marcações dos pontos anatômicos e um diagrama. Os ângulos articulares apresentaram igualdade em relação entre o convencional e o experimental. Nos resultados de espirometria o sistema A e a posição ortostática, foi observado que obteve um aumento em VEF1, VEF1/CVF% e FEFmáx no ortostatismo comparado ao tradicional, e comparando o experimental ao ortostatismo, observou-se que em FEFmáx, foi superior na posição ortostática. Ao comparar o experimental com o convencional dos demais obteve um redução significativa na posição convencional.

 

O mobiliário experimental adquiriu uma função respiratória de melhoria na postura sentada em paralelo com o mobiliário tradicional, assim pode-se dizer que ocorre uma melhora na mecânica respiratória e postural em gestantes, obesos e pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias.

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Ventilação não invasiva em pacientes com insuficiência cardíaca: uma revisão sistemática e meta-análise.

Hugo Souza Bittencourt, Helena França Correia dos Reis, Melissa Santos Lima, e Mansueto Gomes Neto.

Esse estudo trata-se de uma revisão sistemática onde foram incluídos ensaios clínicos aleatórios (ECR) que testaram o uso de VNI em pacientes maiores de 18 anos, de ambos os sexos, com insuficiência cardíaca – IC (síndrome clínica em que o coração tem dificuldade em bombear sangue, gerando limitação funcional com importantes alterações cardiovasculares, hemodinâmicas e metabólicas) e sem doença pulmonar restritiva ou obstrutiva associada. As medidas de avaliação foram: tolerância ao esforço; duração do exercício; esforço percebido; espirometria; lactatemia.

Programas de reabilitação cardíaca estão sendo cada vez mais recomendados, visando reduzir as consequências da IC e melhorar a qualidade de vida (QV) do paciente. Atualmente, alguns recursos utilizados na fisioterapia estão complementando um programa de reabilitação cardíaca para pacientes que inicialmente não toleram a prática de exercícios. A VNI com administração de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) é uma das técnicas utilizadas para a melhora da eficiência ventilatória durante o exercício. Esse fato pode estar associado a fatores como melhora da oxigenação, atenuação do metaborreflexo, melhora da relação ventilação / perfusão (V / Q), patência das vias aéreas e consequente redução do trabalho ventilatório e fadiga.

 Foram selecionados para leitura 4 artigos que atenderam aos critérios de inclusão, todos avaliaram o impacto da VNI na tolerância ao exercício de pacientes com IC. Em três dos estudos, os participantes pertenciam à classe funcional II a III de acordo com a NYHA, e em um estudo a classe funcional variou de II a IV. Três dos estudos selecionados utilizaram o TC6 (um teste submáximo de execução simples e de baixo custo) como indicador da capacidade funcional de indivíduos com IC.  e somente um estudo fez uso do teste ergométrico em cicloergômetro como instrumento de avaliação.

Três dos estudos optaram pelo CPAP, e um deles utilizou CPAP e pressão de suporte (PS). Os quatro artigos utilizaram um grupo controle e avaliaram o uso de suporte ventilatório na CF. Dois deles usaram CPAP em uma única sessão antes dos exercícios, um artigo usou CPAP por 14 dias, e apenas um artigo utilizou os dois modelos de suporte ventilatório (CPAP e SP) durante o exercício. Todos avaliaram o impacto da VNI na capacidade funcional (CF) de pacientes com IC, e todos os estudos encontraram, após o uso da VNI, um aumento na tolerância ao exercício. O uso prévio do CPAP aumentou a distância percorrida pelos pacientes durante o TC6 e a duração prolongada do exercício no cicloergômetro quando usado simultaneamente com os exercícios.

A avaliação de pacientes com IC é extremamente relevante; assim, o teste cardiopulmonar (TCPE) é o padrão de referência e o teste mais específico para avaliação ventilatória durante o exercício físico - não mede apenas a FC, que está diretamente ligada à gravidade da IC, mas também avalia o consumo de oxigênio do paciente (VO2).

O aumento do trabalho respiratório na IC está associado à diminuição da perfusão do diafragma. Devido a esse evento, os pacientes descompensados ​​pela doença evoluem com fadiga muscular nos membros inferiores, ocasionada pelo aumento da resistência vascular periférica. Obtenção de menor resistência ao fluxo de ar nas vias aéreas com administração de pressão positiva, e redução do desconforto respiratório ou fadiga nos membros inferiores são fatores que também podem explicar a melhora da CF com a uso de VNI associado ao exercício.

Mesmo com resultados positivos, cuidados e monitoramento do paciente são necessários durante a aplicação da VNI. A diminuição do débito cardíaco e da hipoperfusão parecem desafiar o uso dessa técnica. Porém, a pressão positiva intratorácica oferecida pela VNI influencia a condição hemodinâmica do paciente, com diminuição da pré e pós-carga cardíaca devido à redução da pressão transmural.

Este estudo mostrou que a VNI trata-se de um método eficaz para melhorar a tolerância ao exercício em pacientes com IC. No entanto, existe uma lacuna na literatura sobre quais são os parâmetros mais adequados para a aplicação dessa técnica e que promovem os melhores resultados no desempenho da FC.

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O treinamento isocinético das costas é mais eficaz do que o treinamento de
estabilização do core na intensidade da dor e no desempenho esportivo em jogadores de futebol com dor lombar crônica: um ensaio clínico randomizado.

Gopal Nambi et al.

O treinamento isocinético (IKT) e o treinamento de estabilização do core (CST) são comumente usados para o treinamento de equilíbrio em condições músculoesqueléticas. O conhecimento sobre a implementação efetiva desses protocolos de treinamento no desempenho esportivo em jogadores universitários de futebol com dor lombar crônica (DL) é insuficiente.

O objetivo foi encontrar e comparar os efeitos do IKT e do CST no desempenho esportivo de jogadores universitários de futebol com lombalgia crônica.
Foi realizado em formato de estudo randomizado, duplo-cego controlado em um hospital universitário.


Participaram sessenta indivíduos divididos em grupo isocinético, grupo de estabilização do núcleo e o grupo de controle e receberam exercícios por 4
semanas. As pontuações clínicas e esportivas foram medidas no início, após 4 semanas, após 8 semanas, e 3 meses depois.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quatro semanas após o treinamento, o grupo IKT mostrou mudanças mais significativas na intensidade da dor e nas pontuações de bem-estar do jogador do que os grupos CST e controle. Variáveis de desempenho esportivo também mostraram melhora mais significativa no grupo IKT do que nos outros 2 grupos. Concluindo: Este estudo sugere que o treinamento por meio do IKT melhora a intensidade da dor e o desempenho esportivo do que o CST em jogadores universitários de futebol com lombalgia crônica.

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Efeito da equoterapia na coordenação motora global em indivíduos com Síndrome de Down

Valéria Sovat de Freitas Costa, Hudday Mendes da Silva, Monique de Azevêdo, André Ribeiro da Silva, Ludmila Lucena Pereira Cabral, Jonatas de França Barros.

A Síndrome de Down é uma condição genética ao qual dentro das células existem cromossomos que caracterizam condições físicas da pessoa, no momento da fecundação os cromossomos são recebidos por células embrionárias, 23 da mãe e 23 do pai, dando 46 cromossomos, pessoas com SD possuem 47 cromossomos em suas células em vez de 46.

COSTA et al (2017) menciona que “Disfunções no controle postural são frequentemente descritas em crianças com SD e relacionadas a dificuldades como coordenação motora, problemas de integração sensório-motora ou simplesmente como movimentos desajeitados.”

COSTA et al (2017) “A coordenação motora global é um componente fundamental para o desenvolvimento das crianças, há um interesse crescente em seu papel no controle motor durante o desenvolvimento humano, principalmente nos períodos de crescimento, e define a coordenação motora global as condutas motoras básicas.” A Hipoterapia utiliza recursos com cavalos com objetivo de aprimoramento biopsicossocial, integrativo, postural e terapêutico para o indivíduo que faz o uso, assim oferecendo um alinhamento corporal e proporcionando aumento no equilíbrio. A equoterapia também auxilia na força muscular e no desenvolvimento motor fino, garante melhor postura e ajuda na capacidade pulmonar.

O presente artigo trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, com indivíduos SD na faixa etária de 6 e 14 anos de ambos sexos, sendo praticando de equoterapia ou não, aplicado teste Koperkoordination Test furKinder (KTK), composto por uma bateria com quatro itens: BB- Balance Beam; LJ - salto lateral; MJ - Salto Monopedal e TP - Transferência em plataformas, realizados em circuitos e individualmente.

COSTA et al (2017) conclui que “Considerando a pesquisa desenvolvida, pode-se inferir que os efeitos de um programa de Hipoterapia influenciam positivamente a coordenação motora global em indivíduos com SD, em ambos os gêneros com idades entre sete e 13 anos, quando comparados a indivíduos com SD que não praticam Equoterapia.”

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A eficácia da imagem motora graduada para reduzir a dor fantasma em membros amputados: um ensaio clínico randomizado

Katleho Limakatso, Victoria J. Madden, Shamila Manie e Romy Parker

A dor do membro fantasma (PLP) trata-se de uma condição debilitante caracterizada por sensações dolorosas na parte ausente do membro amputado. Ocorre em até 85% dos amputados, tornando-se a condição de dor crônica mais comum em pessoas que foram submetidas a amputações de membro. Costuma ser de início imediato, embora, em alguns casos, possa ocorrer vários anos após a amputação, com sensações dolorosas variando entre agudas, pontadas, queimação, latejante e dor. Evidências neurofisiológicas recentes ligaram essa dor a alterações corticais nos córtices somatossensoriais e motores do cérebro contralateral ao membro amputado. Em indivíduos com esta algia, a representação cortical do membro amputado é 'invadida' por áreas corticais adjacentes, com uma correlação positiva entre a 'invasão' dessas áreas corticais e a gravidade da dor. Curiosamente, essas alterações corticais podem ser revertidas usando imagens motoras, e há uma forte associação entre a reversão dessas alterações e o alívio da dor em pessoas que foram submetidas a amputações de membros.


O programa Graded Motor Imagery (GMI) é uma intervenção que visa reduzir PLP usando uma sequência graduada de estratégias, incluindo julgamentos esquerda / direita (imagens motoras implícitas), movimentos imaginários (imagens motoras explícitas) e terapia de espelho. O ensaio clínico randomizado simples-cego (RCT) foi realizado em três hospitais de nível secundário na Cidade do Cabo, África do Sul. Foram excluídos pacientes que relatassem amputações duplas, distúrbios psicopatológicos, problemas motores (por exemplo, tremor e discinesia), ou doença sistêmica grave (por exemplo, câncer avançado e lúpus), deficiência visual de forma que eles não podem ler sem ajuda ou com seus óculos de leitura, ou tendo recebido tratamento GMI anteriormente.

 

O tamanho da amostra do estudo foi calculado para poder de 80% para detectar uma mudança clinicamente significativa entre os grupos de 3 (DP = 2,1) em uma escala de 0-10 para a intensidade da dor em 6 meses. Cada etapa do programa GMI foi realizada por duas semanas, durante as quais o participante recebeu tratamento por 30 minutos em dois dias separados da primeira semana (pelo menos um dia de intervalo) e continuou com um programa estruturado de exercícios em casa durante a primeira e segunda semana.


• As primeiras duas semanas do programa GMI foram focadas no treinamento de julgamentos esquerdo / direito.
• As duas últimas semanas do programa GMI focaram no treinamento de movimentos imaginários.
• As duas semanas finais do programa GMI usaram terapia de espelho. Durante a terapia do espelho, o membro amputado foi escondido atrás de um espelho (300 mm × 300 mm) com o membro intacto posicionado confortavelmente em frente ao espelho.


O estudo incluiu 21 participantes e os que foram alocados ao grupo de controle foram orientados a continuar a reabilitação em seus respectivos departamentos ambulatoriais de fisioterapia e a continuar com os programas domiciliares de sua preferência ou fornecidos por seus médicos, tão frequentemente quanto possível.
O estudo mostrou que o GMI foi superior à fisioterapia de rotina para produzir reduções clinicamente significativas da dor por até seis meses após a intervenção. No entanto, a melhora nesses resultados não se refletiu em uma melhora na qualidade de vida relacionada à saúde - talvez devido aos diversos contribuintes para a qualidade de vida relacionada à saúde que não estão relacionados à dor.

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Comparação dos efeitos de exercícios de estabilização lombar de arrastamento abdominal com e sem resistência respiratória em mulheres com dor lombar: um ensaio clínico randomizado.

Youn-Jung Oh et al

Este estudo examinou os efeitos de exercícios abdominais de estabilização lombar (ADIM) com resistência respiratória em mulheres com idades entre 40- 49 anos com dor lombar. Foram quarenta e quatro mulheres selecionadas para participação e aleatoriamente designadas para um grupo de exercícios respiratórios com resistência ou um grupo de controle. Exercícios de estabilização lombar de alongamento abdominal foram administrados a ambos os grupos, mas apenas o grupo de exercícios respiratórios com resistência recebeu o treinamento de resistência respiratória. O treinamento físico durou 50 minutos por sessão, 3 sessões por semana durante 4 semanas. Os métodos de avaliação utilizados foram a escala visual analógica quádrupla (QVAS), índice de deficiência de Oswestry-versão coreana (ODI-K), espessura do diafragma e taxa de contração e teste de capacidade pulmonar.

 

Ambos os grupos apresentaram diferenças significativas no QVAS, ODI-K, ventilação voluntária máxima (VVM) e espessura do diafragma e taxa de contração antes e após a intervenção. No grupo de exercícios de resistência respiratória, o ODI-K, capacidade vital forçada (FVC), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), VVM e espessura do diafragma e taxa de contração apresentaram melhora significativamente melhor do que o grupo controle. Este programa de exercícios de estabilização lombar consistindo de ADIM e resistência respiratória resultou em diminuição da dor, redução das disfunções e aumento da espessura muscular na contração, taxa de contração e função pulmonar. A forte contração do diafragma e dos músculos abdominais profundos, por meio da resistência respiratória, aumentou a pressão na cavidade abdominal.

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Efeito da cinesioterapia na qualidade de vida, função sexual e sintomas climatéricos em mulheres com fibromialgia.

Lilian Lira Lisboa, Elisa Sonehara, Katia Cristina Araújo Nogueira de Oliveira, Sandra Cristina de Andrad e George Dantas Azevedo.

O presente estudo tem como objetivo avaliar e comparar o efeito da cinesioterapia na qualidade de vida, função sexual e sintomas climatérios em mulheres com fibromialgia. De acordo com LISBOA et al “A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas mais frequentes, cuja característica principal é a dor musculoesquelética difusa e crônica.” LISBOA et al também menciona que os “Estudos têm relatado que cerca de 80% a 90% dos casos de fibromialgia ocorrem na população feminina e que as mulheres apresentam significativamente mais sintomas do que os homens.” Sendo sua maior prevalência em mulheres de 50 a 65 anos caracterizando seu período do climatério, alguns sinais e sintomas da fibromialgia podem passar como os sintomas do período climatério, o que leva os pacientes a procurar um ginecologista, sendo de fato ainda mais importante associar a diferença de ambos para melhor assistência.

Foi feito ensaio clínico de 90 mulheres entre 45 e 60 anos, sendo divididas em dois grupos: Fibromialgia e controle, sendo submetidas a avaliações pré e pós-intervenção através de questionários de forma individual e reservado, foram pautados questionários demográficos e qualidade de vida no climatério, sinais e sintomas e função sexual. A qualidade de vida foi avaliada com o questionário Utian Quality of Life (UQOL), ao qual caracteriza a avaliação da qualidade de vida e bem estar em mulheres na Peri e Pós-menopausa, a gravidade dos sinais e sintomas climatérios foi mensurada pelo Índice Menopausa de Blatt‐Kupperman (IMBK), usado para monitorar os efeitos dos diversos tratamentos na fase do climatério, a função sexual das participantes foi avaliada por meio do questionário do Quociente Sexual versão feminina (QS‐F) sendo usado para avaliar a atividade sexual da mulher, após o período de pré-intervenção o tratamento proposto foi introduzindo com cinesioterapia no assoalho pélvico durante 10 semanas o que caracterizou 20 sessões. De acordo com LISBOA et al os exercícios foram feitos na “sequência de percepção, dissociação abdominoperineal, contração voluntária e automatização do assoalho pélvico associado a posturas facilitadoras, mobilização de pelve e treino respiratório no momento das contrações do assoalho pélvico.”

LISBOA et al menciona que “Embora a fibromialgia esteja diretamente atrelada a transtornos emocionais e psíquicos, o climatério, por si só, é um período de transição difícil, que envolve um processo complexo de mudanças emocionais e corporais.” 83 mulheres completaram o estudo, divididas em 43 do grupo de fibromialgia e 40 do grupo controle. LISBOA et al resulta que “Nossos dados demonstram que a cinesioterapia do assoalho pélvico em mulheres na fase do climatério é capaz de melhorar a qualidade de vida, função sexual e sintomatologia climatérica.” Na qualidade de vida foi analisada uma melhora após a cinesioteriapia com disfunções no assoalho pélvico e o grupo fibromialgia apresentou limitações em alguns resultados onde pode ser atribuído a depressão acarretando uma influência na função sexual.

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Intervenções para melhorar o desempenho motor grosso em crianças com distúrbios do neurodesenvolvimento: uma meta-análise

Barbara R. Lucas et al.

O desenvolvimento da função motora é importante para a aquisição de habilidades, permitindo que as crianças participem integralmente das atividades escolares e de lazer. As habilidades motoras grossas utilizam grandes grupos musculares para movimentos corporais coordenados, como caminhar, correr, pular e manter o equilíbrio. O baixo desempenho motor grosso pode levar as crianças a evitar atividades e comportamentos sedentários ligados a um risco aumentado de doenças crônicas na idade adulta.

A função motora grossa deficiente pode ser causada por uma série de distúrbios do neurodesenvolvimento, como distúrbio da coordenação do desenvolvimento, paralisia cerebral, diplegia, atraso no desenvolvimento ou lesões cerebrais adquiridas mínimas que resultam em lesões cerebrais leves à moderadas e déficits motores grosseiros em crianças. A fisioterapia é frequentemente solicitada para avaliar essas crianças e aconselhar sobre seu tratamento.

A intervenção para crianças com distúrbios motores grosseiros precisam abordar déficits de habilidades específicas, assim como fornecer oportunidades para divertidas atividades físicas regulares. Essas intervenções podem ser descritas como tradicionais: combinação de uma variedade de atividades sensoriais integrativas, motoras grosseiras, motoras finas e perceptivo-motoras; orientado para o processo: tarefas cinestésicas especificamente projetadas; ou estratégias orientadas para tarefas: praticar atividades da vida real com a intenção de adquirir habilidades. 

 

O presente estudo categorizou as 11 intervenções relatadas em nove estudos incluídos nas seguintes abordagens terapêuticas: orientada por tarefas: tênis de mesa, treinamento em esteira, Wii Fit, equilíbrio, taekwondo; orientada para o processo: intervenção orientada para o processo; tradicional: tratamento tradicional, intervenção motora; terapia aquática; e outro: psicológico.

Os componentes das intervenções orientadas para a tarefa incluídas neste estudo podem explicar seu maior efeito na natureza competitiva da tarefa que garante que as crianças refinem naturalmente suas habilidades motoras grosseiras para vencer. Além disso, seu benefício superior pode ser explicado pelo uso de habilidades cognitivas para o planejamento da estratégia do jogo, e pelo fato de as tarefas serem atividades divertidas e funcionais capazes de serem integradas na vida diária como atividades de lazer ou recreação. Ademais, o treinamento foi fornecido por um longo período de tempo (12 semanas), e um HEP (Programa de Exercícios em Casa) com medidas de conformidade foi incluído. Essas estratégias podem garantir que a dosagem do tratamento seja otimizada para permitir que o aprendizado motor e a aquisição de habilidades ocorram. O Wii Fit pode não ter mostrado o mesmo sucesso porque o período de treinamento foi muito curto (10 minutos, 3 vezes por semana durante 4 semanas. Pontuação PEDro = 5) e tênis de mesa devido à metodologia inadequada (pontuação PEDro = 3). Esses componentes-chave podem ser importantes ao se considerar a eficácia das opções de intervenção para lidar com as dificuldades motoras grosseiras específicas de uma criança.

As abordagens orientadas para tarefas mostraram-se mais eficazes para melhorar os resultados motores grosseiros em comparação com outras abordagens de terapia, como tradicional, orientada para o processo ou psicológica. A evidência para abordagens orientadas a tarefas seria ainda mais reforçada pela replicação em outros ensaios de intervenção com forte design metódico.

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Resultados clínicos e custo-benefício da terapia da cadeira de massagem
versus fisioterapia básica em pacientes com dor lombar: um ensaio clínico
randomizado

Seung-Kook Kim et al.

A dor lombar é um sintoma crônico recorrente que pode comprometer a qualidade de vida do paciente. Com o desenvolvimento tecnológico dos sistemas automatizados de massagem domiciliar, é oferecido uma alternativa promissora à fisioterapia. No entanto, até agora, a eficácia de tais métodos não foi avaliada. O objetivo do estudo foi comparar a eficácia e custo-efetividade de uma cadeira de massagem com os da fisioterapia convencional para o tratamento.

Este foi um ensaio clínico randomizado com um desenho paralelo de dois grupos. Após a randomização e alocação, 56 participantes foram inscritos para receber fisioterapia ou massagem mecânica usando a cadeira de massagem. A intensidade da dor foi medida por meio de uma Escala Visual Analógica (EVA) e a satisfação avaliada com o Questionário de Dor McGill (MPQ). A modificação da qualidade de vida foi analisada usando o Índice de Avaliação Funcional (FRI). A relação custo-eficácia foi analisada comparando-se a soma das taxas de fisioterapia e as taxas mensais de aluguel da cadeira de massagem.

A fisioterapia e a cadeira de massagem foram eficazes para o controle da dor, conforme avaliado com a EVA, satisfação avaliada pelo MP e melhoria da
qualidade de vida avaliada pelo FRI em ambos os grupos. Ambas as pontuações EVA e FRI foram significativamente maiores para a fisioterapia do que para a cadeira de massagem. Não houve diferença significativa no MPQ entre os dois grupos. A terapia da cadeira de massagem foi mais custo-efetiva do que a fisioterapia, com apenas 60,17% do custo da fisioterapia. O sistema de cadeira de massagem em casa foi custo-efetivo, mas o controle da
dor e incapacidade melhoraram mais com a fisioterapia. No entanto, nossos resultados mostraram que a cadeira de massagem é um tratamento promissor para o controle da dor e modificação da qualidade de vida, mas a eficácia ainda é superior na fisioterapia e a cadeira não substitui o tratamento fisioterapêutico.

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Atuação da fisioterapia no tratamento de sequelas incapacitantes em pacientes com câncer de mama.

Thaís Pinheiro, Haylla Vitória Oliveira Barros, Kalléria Waleska Correia Borges.

O câncer de mama é causado por um aumento desordenado das células mamárias, multiplicando-se de forma anormal e formando o tumor. Existem vários tipos de câncer de mama ao quais uns se desenvolvem mais rápido e outros mais lentamente. O câncer de mama também é acometido em homens com uma prevalência menor do que em mulheres. Os fatores de riscos estão entre ambientais, comportamentais, reprodutiva, hormonal, genéticos e hereditários. PINHEIRO et al (2020) menciona que “muitas destas sequelas são causadas pelas lesões, sendo as mais comuns a lesão do intercostobraquial, lesão do nervo torácico longo, alterações posturais, síndrome da rede axilar e linfedema.”

PINHEIRO et al (2020) “A cirurgia para a retirada do câncer de mama pode promover alterações corporais e posturais nas pacientes, como escápula alada, linfedema, distúrbios de sensibilidade entre outros”. A escuta qualificada e abordagem da fisioterapia na reabilitação torna-se uma melhora na qualidade de vida dessas pessoas, atuando com uma equipe multidisciplinar para que o paciente não fique apenas submetido aos medicamentos farmacológicos. A atuação da fisioterapia é de grande importância, pois além do suporte funcional, auxilia no alivio da dor. PINHEIRO et al (2020) “Quando se inicia a fisioterapia de forma precoce obtém-se mais êxito na prevenção de sequelas derivadas ao tratamento do câncer de mama, melhorando a funcionalidade e, consequentemente, a qualidade de vida da paciente.”

Caracterizando assim o objetivo desse estudo em que consiste na prevenção de sequelas de pacientes com câncer de mama, visando uma melhor qualidade de vida, com o auxilio de recursos terapêuticos. A fisioterapia oncológica atua na preservação, restauração, desenvolvimento e conservação da funcionalidade de todos os sistemas do corpo humano, assim de modo na prevenção dos distúrbios e sequelas que são causadas pelo câncer de mama e com os cuidados nos pré e pós-operatório atuando sobre as avaliações funcionais e as disfunções.

PINHEIRO et al (2020) “As terapias como a cinesioterapia, termo terapia, crioterápica dentre outras podem contribuir no tratamento oncológico juntamente com o envolvimento de outros profissionais, visando o bem estar do paciente.”

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Síndrome cervical - a eficácia das intervenções de fisioterapia.

Mersija Kasumovic, Emir Gorcevic, Semir Gorcevic e Jasna Osmanovic

A síndrome cervical é um problema médico comum hoje, afetando mais mulheres do que homens da mesma idade. Trata-se de um conjunto de distúrbios causados pelas alterações na coluna cervical e nos tecidos moles ao seu redor, sendo a dor o sintoma predominante. As causas mais comuns da dor no pescoço são as alterações degenerativas na coluna cervical, ocorrendo em até 90% dos casos. As alterações degenerativas se desenvolvem nas articulações intervertebrais, articulações costovertebrais, articulações descobertas e discos intervertebrais, a hérnia de disco. Além dos processos degenerativos, a dor pode resultar de uma variedade de causas, incluindo traumas, processos inflamatórios, além de alterações metabólicas e tumores.

Como dito anteriormente, o principal sintoma é a dor, que pode irradiar para o ombro, descendo por um ou ambos os braços e nas costas. A sensação de dor compreende ao aumento da tensão muscular na nuca, rigidez palpável do pescoço, redução do movimento do pescoço e distúrbios vegetativos na região da cabeça e membros superiores (zumbido nos ouvidos, visão turva, dor de cabeça, tontura, fadiga).

O número de pessoas que se mantêm sentadas por muito tempo em casa (assistindo TV) ou no trabalho (sentadas na mesa do computador) aumentou drasticamente. O carregamento excessivo e incorreto da coluna vertebral leva à má postura. Devido à postura corporal relacionada ao trabalho forçado, a coluna cervical (assim como os músculos do pescoço e dos ombros) sofre grande estresse. Muitos estudos vem confirmando a relação entre dor no pescoço / braço e postura corporal inadequada relacionada ao trabalho.

O presente estudo avaliou 25 pacientes com diagnóstico estabelecido de síndrome cervical, sendo 9 (36%) homens e 16 (64%) mulheres. Os dados descritivos demonstram a prevalência de pacientes do sexo feminino, apresentando razão de frequência masculino: feminino de 1: 1,77. A maioria dos pacientes incluídos no estudo realizava trabalhos de escritório - 19 (76%), enquanto 6 (24%) dos pacientes realizavam trabalho físico.

A condição impõe uma considerável carga socioeconômica sobre os aflitos. A intensidade da dor cervical varia muito - de moderada a insuportável, levando a altos níveis de afastamento do trabalho e também a uma diminuição na qualidade de vida. A combinação de eletroterapia, cinesioterapia e massagem manual mostrou-se mais eficaz para melhora do estado funcional destes pacientes.

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Efeitos dos cuidados paliativos integrados precoces em pacientes com câncer de pulmão e gastrointestinal: um ensaio clínico randomizado.

Jennifer S. Temel, Joseph A. Greer, Areej El-Jawahri, William F. Pirl, Elyse R. Park, Vicki A. Jackson, Anthony L. Back, MihirKamdar, Juliet Jacobsen, Eva H. Chittenden, Simone P. Rinaldi, Emily R. Gallagher, Justin R. Eusebio, Zhigang Li, Alona Muzikansky, and David P. Ryan

Foi avaliado o impacto dos cuidados paliativos (CP) integrados precocemente em pacientes com câncer de pulmão e gastrointestinal (GI) recém-diagnosticados.

Pacientes que foram designados a intervenção, se reuniram com um clínico de CP pelo menos uma vez por mês até a morte, enquanto aqueles que receberam os cuidados habituais consultaram um clínico de CP mediante solicitação. O desfecho primário foi a mudança na qualidade de vida (QV) desde o início até a semana 12, de acordo com a pontuação da escala Functional Assessment do Câncer Therapy-General. Os desfechos secundários incluíram mudança na QV desde o início até a semana 24, mudança na depressão de acordo com o Patient Health Questionnaire-9, e diferenças na comunicação do fim da vida.

Pacientes com intervenção relataram maior melhora na QV desde o início até a semana 24, mas não na semana 12. Eles também relataram depressão mais baixa na semana 24, controlando os escore basais. Os efeitos da intervenção variaram de acordo com o tipo de câncer, de modo que os pacientes com câncer de pulmão relataram deterioração. Pacientes com câncer gastrointestinal em ambos os grupos de estudo relataram melhorias na QV e no humor na semana 12. Pacientes de intervenção versus pacientes de tratamento usual eram mais propensos a discutir seus desejos com seu oncologista se estivessem morrendo.

 

 

Figura: Trajetórias de qualidade de vida (QV) e sintomas de depressão ao longo do tempo de câncer.

Para pacientes com câncer incurável recém-diagnosticado, o CP integrado precoce melhorou a QV e outros resultados salientes, com efeitos diferenciados por tipo de câncer. O CP integrado antecipadamente pode ser mais eficaz se direcionado às necessidades específicas de cada população de pacientes.

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Comparação de dois protocolos de alongamento para amplitude de movimento de movimento e força dinâmica.

Eurico Peixoto César, Tamara Karina da Silva, Yara Mônica Rezende, Felipe Costa Alvim.

Os exercícios de alongamento auxiliam para a amplitude de movimento muscular. Uma boa amplitude de movimento muscular surge efeitos para melhoria das articulações, deixando-as mais móveis e ajudando a evitar possíveis lesões, redução de dores musculares tardias e aumento da eficácia nas atividades físicas, atuando na melhoria da circulação sanguínea, postura, independência funcional e flexibilidade.

CÉSAR et al (2018) menciona que o alongamento “Tem-se sugerido que em função dessa característica, o alongamento pode ser um fator profilático na prevenção e reabilitação de lesões, além de ser frequentemente postulado seu benefício na melhoria do desempenho e alivio nas dores muscular”.

O presente artigo tem como estudo de quatorze pessoas do sexo masculino, ativos e com experiência em treinos, na faixa etária de 18 e 35 anos, que não fizesse uso de qualquer suplemento ou substância farmacológica e sem história recente de lesão osteomuscular ou ligamentar nos MMII, submetidos a condições de controle e experimentais, realizando assim, uma rotina de alongamento estático passivo no ponto maior de desconforto por 2 minutos. E na outra foram feitas quatro séries de 30 segundos de alongamento. Os indivíduos foram orientados a manter o repouso de 10 minutos e realizado marcações em regiões trocantérico, tibial lateral e maleolar nos membros inferiores.

CESAR et al (2018) complementa que “uma vez que esse procedimento é essencial para garantir a precisão da medição de ADM” Para determinar o ADM foi usado o método fotogrametria. CESAR et al (2018) “O indivíduo foi posicionado na maca em decúbito ventral com ambos os joelhos estendidos e o quadril fortemente envolto por uma fita inextensível para assegurar a estabilização dessa região durante os procedimentos de testagem”. E junto com o método descrito também foi usado o teste de 10-RM no leg-press, unilateral com 90 graus de flexão do joelho.

O presente estudo entre ambas as rotinas de alongamento promoveram aumento significativo nos níveis de ADM e sem prejuízo na força ou ativação muscular, são de modo iguais e eficientes para um aumento em ADM sem que isso ocorra efeitos deletérios sobre o ganho de força. CESAR et al (2018) dessa forma concluiu que “alongamento estático com volumes menores e semelhantes ao utilizado no presente estudo são capazes de promover ganhos agudos na ADM sem interferir na produção de força ou na ativação muscular.”

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Efeitos analgésicos da estimulação elétrica nervosa transcutânea em pacientes com fibromialgia: uma revisão sistemática.

Álvaro megia García , Diego Serrano-Muñoz, Elisabeth Bravo-Esteban, Ando Lafuente, Juan Avendaño-Coy e Julio Gómez-Soriano.

A fibromialgia é caracterizada por dor muscular generalizada com dor à pressão reduzida, fadiga, rigidez, sono não reparador e presença de síndromes concomitantes. Embora sua origem seja desconhecida, existem evidências suficientes para considerá-la como uma síndrome de sensibilização central, onde uma amplificação central da nocicepção e uma disfunção na modulação da dor são encontradas. Entre as características fisiopatológicas mais proeminentes está uma amplificação excitatória das vias e áreas relacionadas ao processamento da dor, gerada por mecanismos de "wind up" ou "somação temporal" e alterações neuroplásticas. Por outro lado, indivíduos com fibromialgia apresentam diminuição dos limiares mecânico, térmico e químico e redução dos mecanismos inibitórios descendentes.

O manejo consiste em um tratamento multidisciplinar que se baseia principalmente em educação, tratamento farmacológico, exercícios e terapia cognitivo-comportamental. Um potencial tratamento para o controle da dor em pacientes com fibromialgia é a "estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS)", que consiste na aplicação transcutânea de uma corrente elétrica de baixa frequência para estimular as fibras nervosas sensoriais a fim de gerar uma modulação do nervo.

Com base nos estudos coletados, foi comprovada a eficácia do tratamento com TENS para a redução da dor em pessoas com fibromialgia. Além disso, a inclusão da TENS em programas de exercícios terapêuticos parece ter um efeito maior do que a realização de exercícios terapêuticos de forma isolada. No entanto, outras variáveis analisadas como fadiga, qualidade de vida ou impacto da doença apresentam resultados inconclusivos. Nenhum dos artigos analisados relatou efeitos adversos notáveis após a aplicação da TENS, confirmando a segurança da técnica.

A intensidade da corrente é considerada por diversos autores como o parâmetro mais importante para se obter um efeito analgésico ideal, sendo ineficaz com intensidades inadequadas. Assim, a maioria dos estudos que obtiveram efeito analgésico utilizou estimulação de alta intensidade. Este achado pode ser explicado por um «mecanismo inibitório difuso, um tipo de mecanismo modulador da dor que ocorre após a aplicação de um estímulo irritante.

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A fisioterapia hospitalar melhora o nível de atividade física após a cirurgia de câncer de pulmão: um ensaio clínico randomizado.

Marcus Jonsson; Anita Hurting-Wennlöf; Anders Ahlsson; Mårten Vidlund; Yang Cao; Elisabeth Westerdahl

A ressecação cirúrgica, com ou sem quimioterapia adjuvante, é a abordagem primária para o tratamento curativo do câncer de pulmão de células não pequenas e é comum ocorrerem complicações cirúrgicas. Em diversos centros no Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, mais de 90% dos fisioterapeutas tratam rotineiramente pacientes que foram submetidos à cirurgia torácica.

Todos os pacientes foram submetidos à cirurgia torácica eletiva devido à suspeita ou confirmação de câncer de pulmão no Departamento de Cirurgia Cardiotorácica e Vascular, Hospital Universitário de Örebro, Suécia, durante o período de dezembro de 2013 a janeiro de 2017 foram elegíveis para o estudo. Foi conduzido um ensaio clínico cego, 1:1 de grupo paralelo e randomizado. Uma lista de randomização gerada por computador foi criada por um estatístico é administrada por uma secretária independente em envelopes opacos, numerados sequencialmente e lacrados. As cirurgias torácicas realizadas nos pacientes ocorreram por meio de videotoracoscopia ou toracotomia anterolateral aberta com preservação do músculo, de acordo com a preferência do cirurgião.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura com fluxograma do estudo dos pacientes no estudo.

 

Para os pacientes disponíveis para o teste de acompanhamento no quarto dia de pós-operatório, não houve diferenças significativas entre os grupos em relação ao TC6, valores espirometrias, dor ou dispneia.

O principal achado deste estudo foi que os pacientes que receberam fisioterapia durante os primeiros dias de pós-operatório foram significativamente mais ativos fisicamente durante a internação do que os pacientes que não receberam fisioterapia. Neste estudo, não houve diferenças significativas entre os grupos no TC6, valores espirometrias ou dor, medidos no quarto dia de pós-operatório. O grupo que recebeu fisioterapia teve um maior tempo de internação. Para as medidas pós-operatórias do TC6, função pulmonar e dor, alguns dados internos foram perdidos devido à alta precoce ou incapacidade de realizar os testes.

Os pacientes que receberam fisioterapia hospitalar apresentaram um aumento do nível de atividade física durante os primeiros dias após a cirurgia de câncer de pulmão, em comparação com um grupo de controle não tratado.

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De uma forma normal no nosso organismo as células crescem, dividem-se e morrem para que sejam substituídas ordenadamente, caracterizando esse momento por divisão celular. Porém, por algum fator essas células acabam crescendo de forma não ordenada, dando alguma alteração no DNA.

 

O câncer pode ser dividido em hematológico ou sólido, segundo RAZI et al (2019) menciona em seu artigo, o câncer é uma doença que acometerá em torno de 80% dos indivíduos com a estimativa em 2025. (OMS, 2019) RAZI et al (2019) diz que “A fisioterapia em oncologia atua de forma integral e interdisciplinar na promoção da saúde em todos os níveis de atenção, resgatando a funcionalidade do indivíduo.” Sendo dessa forma, atua em preservar, manter e restaurar de maneira integral a funcionalidade e prevenir possíveis distúrbios causados pela doença.

 

A fisioterapia atua de forma multidisciplinar no contexto das alterações ao longo do tratamento, além das dores causadas existem outras que podem acometer esse paciente como dificuldade na amplitude de movimento, perda da sensibilidade, enfraquecimento da musculatura. RAZI et al (2019) aborda os cuidados e atenções que a fisioterapia dever ter nessa conduta ao paciente, como por exemplo “contribuir com técnicas específicas, permitindo o alívio da dor e a melhora na qualidade de vida.” Dessa forma a fisioterapia promove maior qualidade de vida dos pacientes em cuidados paliativos.

 

O método usado foi quase-experimental sendo de avaliação pré e pós intervenção, maiores de 18 anos com diagnóstico de câncer, em atendimento a fisioterapia hospitalar no meses de março a julho de 2018, onde foi realizado um questionário com a informações sobre a história do paciente, desenvolvimento e tratamento, juntamente com a escala de dor (EVN), atividade física (IPAQ), teste de sentar e levantar (TSL), avaliando a força e resistência de MMII durante 30 segundos e o Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG) usado para medir o desempenho funcional global e elaborado os métodos terapêuticos individual para cada paciente.

 

Realizando exercícios de fortalecimento, alongamento, aeróbicos com duração, de 20 a 30 minutos em cada sessão, uma vez ao dia. Os resultados foram: Um grupo apresentou redução na avaliação de EVN e McGill total, não encontrando diferença no sentar e levantar e no ECOG. Portanto, de acordo com RAZI et al (2019) “Os resultados encontrados demonstraram que a fisioterapia com ênfase na cinesioterapia reduziu a dor oncológica de pacientes hospitalizados.” RAZI et al (2019) ao final do presente estudo concluiu que “O programa de fisioterapia com mínimo de seis sessões e ênfase na cinesioterapia promoveram redução da dor oncológica em pacientes hospitalizados.”

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Efeitos dos exercícios sobre a dor e a capacidade funcional em pacientes oncológicos hospitalizados.

Cláudia Ranzi, Bibiana Ferrari Barroso, Douglas Roberto Pegoraro, Amanda Sachetti, Carla Wouters Franco Rockenbach, Leonardo Calegari.

Mobilização precoce: por quê, para quê e como?

AR Miranda Rocha, BP Martinez, VZ Maldaner da Silva, LA Forgiarini Junior

As intervenções na mobilização precoce são benéficas para pacientes com doença crítica, pois reduzem a fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva (UTI). Os dois principais riscos evidentes são a ventilação mecânica por longos períodos e a imobilidade. Com isto, nota-se a necessidade da equipe de fisioterapia avaliar os possíveis riscos de efeitos deletérios relacionados à ventilação mecânica e à imobilidade de pacientes críticos em UTI, como perda de força (força muscular é definida como a força máxima que pode ser gerada por determinado grupo muscular, sendo medida por meios isométricos ou dinâmicos e expressa em quilogramas ou newtons) e massa muscular.

Na literatura podemos encontrar vários protocolos de mobilização precoce apresentando variações relacionadas à progressão dos exercícios e até mesmo ao seu horário de início. Em relação aos efeitos benéficos das diferentes estratégias de mobilização precoce estão associados à prevenção e redução da polineuropatia e miopatia do paciente crítico, melhora da qualidade de vida dos pacientes, redução da permanência e hospitalização na UTI e mortalidade durante a hospitalização. Outros desfechos associados são a redução do tempo de ventilação mecânica e do desmame e a preservação da força muscular periférica e respiratória. Até mesmo as estratégias de mobilização passiva demonstram efeitos benéficos significativos em nível celular.

Um fator importante a ser observado é que quando avaliamos a eficácia das estratégias de mobilização precoce, deve ficar claro que os resultados observados podem estar relacionados ao protocolo usado, população incluída nos estudos, tempo de início da estratégia, gravidade dos pacientes e possíveis barreiras enfrentadas ao longo do processo.

Embora a mobilidade precoce em UTI médicas e cirúrgicas tenha se mostrado segura e viável, alguns estudos mostraram resultados divergentes do esperado. Moss et al. Em seu estudo comparou dois grupos de pacientes, fisioterapia intensiva e programa de fisioterapia padrão. A fisioterapia intensiva consistia em 7 dias por semana com continuidade do protocolo no domicílio, sendo o programa padrão oferecido 3 vezes por semana. As medidas de função física foram realizadas 1, 3 e 6 meses após a alta da UTI. Não houve diferenças entre os dois grupos nos intervalos prédeterminados. Este ensaio teve tamanho de amostra limitado, o que pode influenciar no intervalo de confiança do efeito medido das intervenções de PT. O outro estudo foi realizado em pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral. Foram recrutados 2.083 pacientes em dois grupos: tratamento padrão ou usual e mobilização precoce nos primeiros 24h de admissão hospitalar. A mobilização muito precoce foi associada a uma chance reduzida de sucesso após 3 meses do AVC.

Mesmo sendo considerada segura e benéfica, a mobilização precoce ainda não é uma rotina em muitas UTIs em todo o mundo. Muitas são as barreiras que impedem a consolidação dessa prática e a utilização na prática clínica dos dados obtidos em pesquisas. Em uma revisão, Dubb et al. descreve essas barreiras como: (1) barreiras relacionadas ao paciente, incluindo sintomas e condições como instabilidade hemodinâmica; (2) barreiras estruturais, como recursos humanos e técnicos; (3) barreiras relacionadas à cultura da UTI, incluindo hábitos e atitudes próprias de cada instituição; e por fim (4) barreiras relacionadas ao processo, desde a falta de coordenação até a ausência de regras que determinem a distribuição de tarefas e responsabilidades. Essas barreiras são multifacetadas, e as relacionadas ao paciente são as mais comumente citadas.

Nos Estados Unidos e em outros países, o terapeuta respiratório faz parte da equipe e é responsável pelo gerenciamento da ventilação mecânica durante o processo. No Brasil não existe a profissão de terapeuta respiratório. Assim, os fisioterapeutas brasileiros são responsáveis tanto pelo gerenciamento dos protocolos de reabilitação quanto pela interação com os médicos nos ajustes da ventilação mecânica e fisioterapia respiratória. O acúmulo de funções pelos fisioterapeutas brasileiros pode colocar em risco a implantação de protocolos de mobilização precoce.

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Doença renal crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável

Marcus Gomes Bastos1* , Rachel Bregman2 , Gianna Mastroianni Kirsztajn3

A doença renal crônica (DRC) é caracterizada por presença de lesão por um período igual ou superior a três meses, definida por anormalidades estruturais ou funcionais do rim, com ou sem diminuição da FG, evidenciada por anormalidades histopatológicas ou de marcadores de lesão renal, incluindo alterações sanguíneas ou urinárias, ou ainda de exames de imagem. Também pode ser definida por FG <60 mL/min/1,73 m2 por um período igual ou superior a três meses com ou sem lesão renal. Sendo FG a filtração glomerular. A DRC pode causar complicações como anemia, acidose metabólica, alteração do metabolismo mineral e desnutrição, até mesmo podendo levar a óbito.

 

A DRC possui 5 estágios, são eles:

1: Lesão renal com FG normal ou aumentada

2: Lesão renal com FG levemente diminuída

3: Lesão renal com FG moderadamente diminuída

4: Lesão renal com FG severamente diminuída

5: FFR* estando ou não em terapia renal substitutiva

*FFR: Falência Funcional Renal

Os grupos de risco para DRC incluem: Hipertensos, diabéticos, idosos, pacientes com doença cardiovascular, familiares de pacientes portadores de DRC e pacientes em uso de medicações nefrotóxicas.

 

O diagnóstico da DRC é feito pela avaliação da filtração glomerular por ser a melhor medida do funcionamento renal em indivíduos normais ou pacientes com doença renal. Já a avaliação da lesão do parênquima renal é confirmado por marcadores de lesão em vez da biópsia renal. Indivíduos normais excretam pequena quantidade de proteína na urina diariamente, numa faixa considerada como fisiológica. No entanto, a excreção de quantidade aumentada de proteína na urina é um marcador sensível para DRC secundária a diabetes (doença renal diabética), glomerulopatias primárias e secundárias e hipertensão arterial.

 

O tratamento dos pacientes com DRC requer o reconhecimento de aspectos distintos, porém relacionados, que englobam a doença de base, o estágio da doença, a velocidade da diminuição da FG, identificação de complicações e comorbidades, particularmente as cardiovasculares.

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UM OLHAR DA FISIOTERAPIA PARA AS SOBREVIVENTES DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

Regielly Candido da Silva; Alessandra de Asá Earp Siqueira; Juliana Garcia Gonçalves.

O câncer de colo de útero trata-se de um importante problema de saúde pública, principalmente nos países menos desenvolvidos, sendo a quarta neoplasia mais frequente entre as mulheres e está associado a mulheres de condições sociais desfavoráveis, com baixa escolaridade, ocupações vinculadas ao ambiente doméstico e salários mais baixos, o que dificulta o cuidado adequado com a própria saúde.

 

Para Mullan, sobreviver ao câncer envolve a luta psicológica e física contra a doença, os impactos de seu tratamento e todos os transtornos que ela traz ao cotidiano. No âmbito da sobrevivência ao câncer, a fisioterapia pode realizar um importante trabalho com a equipe de saúde, no restabelecimento da capacidade funcional dos usuários, colaborando para o seu retorno às atividades cotidianas.

O fisioterapeuta atua na prevenção e tratamento de complicações em todas as fases da linha de cuidado do câncer e nos três níveis de prevenção. A especialidade em oncologia visa preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade funcional e prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico.

Neste estudo foram entrevistadas mulheres em acompanhamento no ambulatório de fisioterapia e fisioterapeutas. Todas as pacientes foram submetidas à quimioterapia e radioterapia. Cada modalidade tem potenciais reações adversas, além de sequelas físicas e psicológicas tardias. No grupo estudado, destacaram-se os efeitos tardios da radioterapia, como fibrose e estenose do canal vaginal, falta de lubrificação, dor, e necessidade de ostomia. Todas estas sequelas afetam de forma direta a autoimagem, feminilidade, relações íntimas e qualidade de vida.

Em relação aos impactos do tratamento oncológico no cotidiano, a fadiga é a principal queixa. Entre os efeitos nos relacionamentos amorosos e sexuais, destaca-se a fibrose tecidual que pode levar à estenose vaginal, provocando disfunções sexuais, tais como dor e sangramento, e consequente diminuição do desejo e excitação.

A fisioterapia colabora para o retorno às atividades cotidianas. A abordagem engloba orientações, acompanhamento e reavaliações periódicas, e tratamento das disfunções que não puderam ser prevenidas. Uma das fisioterapeutas relatou durante a entrevista que “a gente tem um papel que é o controle de possíveis sequelas que virão, ou o controle de sequelas que já estão instaladas. E eu acho que o maior objetivo é a inclusão social e melhorar a qualidade de vida... A falta de renda, a falta de suporte de serviços pra tratar essas sequelas, pra ela poder melhorar. Então as demandas vão desde o acolhimento pra escuta até a demanda de produção socioeconômica”.

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ATRIBUIÇÕES DO FISIOTERAPEUTA FORENSE TRABALHISTA: UM NOVO CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL

Crislaine dos Santos Duarte; Luiz Faustino dos Santos Maia.

O trabalho era conhecido na antiguidade como o aprendizado dos que tinham perdido a liberdade, ou para pagar uma falha com o desgosto. A tradição judaico-cristã acrescentava o trabalho como sofrimento e maldição citados também em contexto bíblico. Os gregos usavam duas definições, “pomos” que se referia a penalidade, e “pônei” à criação de obra de arte, ou seja, em cada definição há sofrimento e recriação.

 

É legítimo assegurar que os processos de cunho judiciais pertinentes ao trabalho são crescentes a cada ano. Carrara, Magalhães e Lima afirmam segundo a Lei 11.430, de dezembro de 2006, prevista no decreto 6.042, de fevereiro de 2007, que é obrigação do empregador comprovar que a origem das doenças osteomusculares (DORT) e Lesões por Esforços Repetitivos (LER), não foram ocasionadas pelo trabalho do funcionário. Logo, o profissional fisioterapeuta está habilitado para averiguar as interações do indivíduo com o meio em que o mesmo vive, habilitando o profissional a traçar diagnóstico cinético funcional e emitir laudos periciais, com os pareceres e suas conclusões, há cerca de uma específica perícia judicial.

 

O fisioterapeuta se torna um extraordinário contribuinte na justiça do trabalho, amparando na origem e interpretação de provas, já que as contendas atuais pertinentes às doenças do trabalho, especialmente estão relacionadas às LER/DORT. Ressaltando que a perícia judicial é um admirável instrumento da justiça no suprimento à decisão judicial mais justa. Diversos são as conjunturas nas quais será imprescindível a atuação de um fisioterapeuta especializado na área, sendo indispensável que ele se adapte ao posto, adotando os rigores éticos e científicos estabelecidos pela profissão, para impedir procedimentos impróprios apenas adotando para si, aquilo que verdadeiramente está habilitado a conseguir com o máximo de perfeição. Para que se realize uma perícia judicial especifica, o Fisioterapeuta necessita saber se a doença de que o trabalhador é portador tem nexo com as atividades desempenhadas por ela na reclamada e se essa patologia da qual é carregador acarreta ou vai ocasionar alguma determinada incapacidade nas suas esferas funcionais. Evidencia-se que o fisioterapeuta forense apresenta em seu trabalho uma avaliação completa do trabalhador, desde seus componentes físicos, bem como a função desempenhada durante a lida e fatores ergonômicos. Possibilitando uma interpretação ampla e coerente acerca do nexo causal entre patologia e atividades profissionais, reabilitação do trabalhador, adequação do posto de trabalho e prevenção de acometimentos funcionais.

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Atenção Fisioterapêutica no trabalho de parto e parto.

Silvia Nathalia de Souza Abreu, Marinéa Vicentina da Cruz, Zaqueline Fernandes Guerra, Flávia Ribeiro Porto.

O presente artigo traz um estudo transversal, com grávidas de 19 á 35 anos, antes do parto, sendo realizadas estratégias terapêuticas e após o trabalho de parto com intervenções para coleta de informações elaborada para o recurso fisioterapêutico presente no momento. De acordo com ABREU et al (2013 p. 7) “A assistência fisioterapêutica não se restringe, porém, ao período gestacional. Ela é igualmente importante no processo do trabalho de parto e parto e também no puerpério.”

ABREU et al (2013 p. 7) traz o contexto de que, “As estratégias terapêuticas incluem prioritariamente postura, mobilidade, alternância de posições e respiração fisiológica, todas com objetivo de transmitir maior segurança e conforto de modo que a mulher sinta-se segura e acolhida.” E ainda acrescenta que os recursos de analgesia, como a massoterapia, bases de respiração, mudança de posição, incluindo mudanças de lugares indo para uma cadeira, bolas de diferentes tamanhos, geraram grande importância nesse momento. Foram elaborados recursos que auxiliavam as mulheres de formar a oferecer técnicas e procedimentos para uma melhor posição, uma postura mais confortável, incluindo ações da fisioterapia para amenizar questões dolorosas perante aquele momento. Após os recursos foi adicionado entrevista com perguntas sobre a abordagem da fisioterapia e de modo teve respostas positivas das mesmas.

De acordo com o presente estudo concluiu-se que, ABREU et al (2013 p.11 ) expressa no artigo que, “A atuação fisioterapêutica durante o trabalho de parto e parto foi importante para diminuição da percepção dolorosa, bem como para o incremento da sensação de segurança e conforto, segundo o olhar das mulheres assistidas.”

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Avaliação da mecânica respiratória em gestantes.

Anaelisa Venâncio Antunes Pinto, Juliana Carvalho Schleder, Christoffer Penteado, Rubneide Barreto Silva Gallo.

A gravidez trata-se de uma condição especial de saúde que traz diversas adaptações no organismo materno, gerando modificações tanto emocionais como físicas. Essas mudanças devem-se, principalmente, ao resultado da interação entre alguns hormônios, que objetivam promover reajustes do corpo da mulher.

 

Os ajustes fazem com que o corpo e a mente da mulher sofram profundas transformações, as quais podem causar alguns desconfortos, como dificuldade respiratória, fadiga, tontura, entre outro.

 

A função respiratória é notavelmente afetada durante a gestação. O crescimento do útero gera uma elevação na posição de repouso do diafragma e uma mudança na configuração do tórax, que se amplia no diâmetro ântero-posterior. O ângulo subcostal aumenta e, consequentemente, a circunferência torácica também. Além disso, os músculos abdominais vão sendo submetidos a um extremo alongamento. Durante o primeiro trimestre gestacional ocorre o aumento do volume minuto decorrente do aumento do volume corrente. Essa hiperventilação pode, portanto, explicar o número de queixas subjetivas de dispneia durante a gestação.

Existem diversas formas de se avaliar as alterações respiratórias, dentre elas, pela cirtometria, que podemos avaliar a mobilidade toracoabdominal e manovacuometria, que nos permite mensurar a força dos músculos inspiratórios e expiratórios.

 

O conhecimento das alterações fisiológicas da função pulmonar da gestante de acordo com o período gestacional permite ao fisioterapeuta planejar e aplicar, de forma precisa e eficaz, um plano de prevenção e tratamento para mulheres grávidas.

 

Este estudo foi uma pesquisa prospectiva, descritiva e analítica, onde foram selecionadas 98 gestantes com idade entre 18 a 35 anos, que fazem o pré-natal na rede pública, mas cinco mulheres foram descartadas, três pela falta de entendimento dos procedimentos realizados e duas por relatarem histórico crônico de asma (que poderia alterar a mecânica ventilatória, além da gestação). Aplicados os critérios de inclusão e exclusão, o total de gestantes incluídas no estudo foi de n=93, e foram separadas em 3 grupos. O objetivo foi verificar as alterações na expansibilidade torácica e nas pressões respiratórias geradas ao longo do período gestacional.

Os resultados da cirtometria, apontaram para uma diminuição da mobilidade torácica com a progressão da gestação. Esse fato ocorreu ao se comparar cada grupos nos três pontos anatômicos considerados. A avaliação das pressões respiratórias por meio da manovacuometria apontou para uma diminuição tanto da pressão inspiratória máxima quanto da pressão expiratória máxima com a progressão da gestação.

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Fisioterapia no paciente transplantado cardíaco com histoplasmose recente.

Iana Verena Santana ALBUQUERQUE; Natália de Azevedo Faccio SIMIONATO; Luiz Aparecido BORTOLOTTO; Maria Ignez Zanetti FELTRIM.

A realização do transplante cardíaco na área pediátrica tem tornado possível a sobrevida e melhora da qualidade de vida em pacientes com cardiopatias complexas e cardiomiopatias refratárias. Embora os resultados sejam promissores, ainda existem fatores que limitam o sucesso dessa terapêutica. Quadros de infecção ainda são causas recorrentes de morbimortalidade após um transplante cardíaco. Em neonatos e crianças, a experiência do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo tem mostrado que, principalmente, os processos infecciosos pulmonares são os que ocorrem com mais frequência e são ocasionados por agentes como o citomegalovírus, toxoplasmose e tuberculose. Na literatura, infecções causadas por fungos são relatadas em transplantes cardíacos de pacientes adultos, nos primeiros meses após a realização, com taxas aproximadamente em 10% e redução após o sexto mês. Essas infecções em pacientes imunossuprimidos podem ser difíceis de serem diagnosticadas e com alto risco de possíveis complicações. Entre essas infecções sistêmicas, a histoplasmose, causada pelo fungo dimórfico, Histoplasma capsulatum é encontrado em forma filamentosa em solos com fezes de morcego ou de aves de áreas endêmicas. A gravidade da histoplasmose está na dependência da intensidade de exposição e de esporos inalados, da imunidade do hospedeiro e do atraso em seu diagnóstico. O contágio se dá justamente pela inalação dos esporos do fungo.

Esse relato de caso de histoplasmose pulmonar após transplante cardíaco pediátrico tardio se destaca por apresentar quadro clínico de sepse, insuficiência renal e respiratória, com tempo prolongado de imobilismo e consequente redução da capacidade funcional. A prescrição de programas de exercícios físicos com progressão em intensidade, carga e duração, reverteu os efeitos deletérios do imobilismo, possibilitando a alta hospitalar e uma melhora e recuperação da capacidade funcional do paciente em questão.

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Fatores associados ao equilíbrio postural de idosos longevos.

Caroline Gomes Ferreira, Juliana Maria Gazzola, Maysa Seabra Cendoroglo, Vanessa da Nóbrega Dias, Fernando Freitas Ganança

Trata-se de um estudo observacional transversal, sendo feito com idosos de ambos os sexos e 80 anos ou mais. Foram excluídos idosos com limitações de características físicas e sensoriais ao qual impedia a realização dos testes de equilíbrio corporal.

 

O presente artigo traz como embasamento uma grande parcela de que os idosos vivem sozinhos e nos maiores casos são mulheres, por aspectos de ser viúva ou pelo casamento dos filhos. De acordo com FERREIRA et al as variáveis a serem analisadas foram, equilíbrio postural de tarefas funcionais tais como: Sentar-se, ficar de pé sem apoio, ficar em pé com os olhos fechados, com os pés juntos, virar para olhar pra trás, entre outros.

Realizado teste de TUG que consiste em medir o tempo que leva para caminhar de uma ponta a outra, juntamente também foi realizado o teste de DGI elaborado por oito tarefas de caminhada tais como, velocidade, aceleração, estabilidade, equilíbrio, movimentos de rotação, flexão e extensão etc. FERREIRA et al (2019 p. 7) “No presente estudo foi encontrada associação com o medo de cair. A relação entre o uso de apoio para andar e o risco de cair não é muito bem compreendida.”

 

O estudo relata que os exercícios físicos são fortes aliados para os idosos com risco de queda, auxiliam na intervenção tanto isoladas como combinadas garantindo uma capacidade na prevenção de quedas. FERREIRA et al (2019 p. 7) menciona que, “Apesar de o equilíbrio de compromisso ser apenas um dos fatores de risco, as evidências sugerem claramente que o risco pode ser reduzido por meio da identificação e tratamento precoces, prevenindo ou revertendo as consequências adversas.” Portanto, o presente artigo conclui que, o equilíbrio corporal nos idosos está de forma mais acometida com o avanço da idade, doenças e o maior número de quedas por parte dos mesmos, alterando assim a marcha, a diminuição da força e mobilidade de MMII, juntamente com dispositivos de apoio que geram maiores queixas de quedas, medo de cair e não fazer atividade física também são consequências dos mesmos.

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Efeitos de técnicas corretivas de exercícios terapêuticos na escoliose idiopática do adolescente. Uma revisão sistemática

Luis Ceballos Laita, Kinesiologista, Cristina Tejedor Cubillo, Kinesiologistb, Teresa Mingo Gómez, Ph.D.a and Sandra Jiménez del Barrio, Ph.D.a

Uma deformidade da coluna vertebral é chamada de "escoliose" quando a coluna mostra um desvio frontal com uma curvatura espinhal (ângulo de Cobb) de 10 ° ou mais, e está associada à rotação dos corpos vertebrais.

 

A escoliose idiopática do adolescente é a deformidade espinhal mais comum e tem alta relevância diagnóstica na população pediátrica, principalmente durante a adolescência. Os sinais característicos são deformidades torácicas, protuberâncias e assimetrias. O paciente pode ter dor, embora não seja o principal fator clínico.

 

A Scoliosis Research Society (SRS) sugere órteses para pacientes com um ângulo de Cobb maior que 25º, sendo a cirurgia indicada para indivíduos com ângulo de Cobb maior que 45º-50º.

 

Sobre o manejo conservador, várias intervenções de exercícios terapêuticos se apresentam para sua população; sua implementação tem sido recomendada não apenas para aqueles no qual a cirurgia não é indicada, mas também em combinação com outras medidas. O objetivo do exercício é reduzir os sintomas e melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida.

 

Os resultados descritos nos artigos selecionados nessa revisão sistemática mostraram que o exercício terapêutico foi eficaz para reduzir os sintomas, ângulo de Cobb, ângulo craniovertebral, rotação do tronco e assimetrias corporais, e para melhorar resistência, função pulmonar e capacidade funcional dos pacientes.

 

Através deste estudo não foi possível descrever o momento ideal para a intervenção ou o número de sessões semanais e a duração de cada sessão. Portanto, são necessários mais estudos com melhor qualidade metodológica sobre o exercício terapêutico que mensurem medidas de desfecho clínico e de imagem para obter resultados conclusivos.

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Efeito dos exercícios de fortalecimento, de marcha e de equilíbrio no tratamento de osteoartrite de joelho

Eloá Ferreira Yamada; Felipe Alves Müller1; Lilian Pinto Teixeira1; Morgana Duarte da Silva1

A osteoartrite (OA) é uma doença reumática e degenerativa progressiva que atinge as articulações sinoviais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pacientes com OA geralmente apresentam os sintomas:

• Dor

• Rigidez articular matinal

• Sinais inflamatórios

• Crepitações

• Hipertrofia Muscular

• Limitações nas amplitudes de movimento

 

Nesses casos, a fisioterapia faz uso de recursos terapêuticos como exercícios, com o objetivo de diminuir a sintomatologia e ampliar a qualidade de vida dos pacientes com OA.

 

Após o tratamento com exercícios de fortalecimento, marcha e equilíbrio, obtiveram diminuição da dor, aumento da qualidade de vida (de acordo com o questionário SF-36, que avalia dor, funcionalidade, o estado geral de saúde e também aspectos emocionais), aumento na amplitude de movimento na flexão, melhora no equilíbrio (avaliado pelo teste de Romberg, com os olhos fechados) e aspectos funcionais, como a rigidez (de acordo com o questionário de qualidade de vida tridimensional – WOMAC).

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Efeito da mobilização das raízes nervosas lombares sobre a força e flexibilidade dos músculos do membro inferior.

Fernando Zanela da Silva Arêas1 ; Elisa Bizetti Pelai2 ; Paulo Fernandes Pires3 ; Gustavo Luiz Bortolazzo4 ; Bruno Mascella Rodrigues5 ; Delaine Rodrigues Bigaton6.

O presente artigo aborda o efeito da mobilização neural na região da raiz nervosa em L4 e L5, verificando assim, a força e flexibilidade. Foram selecionados homens sedentários saudáveis entre 20 e 30 anos sem outras disfunções, sendo avaliados por três critérios de força dos músculos extensores e flexores do joelho direito e esquerdo.

Para a coleta da força de ambos os músculos, foram realizado três contrações isométricas voluntárias com uma duração de cinco segundos em intervalo de dois minutos dentre as repetições. No quesito da flexibilidade da cadeia posterior foi utilizado o banco de Wells, juntamente com o último critério de intervenção, ao qual foi realizado a mobilização neural das raízes nervosas de L4 e L5.

A mobilização neural provém da técnica da terapia manual tendo sua característica por meio ativo e passivo com a finalidade de restaurar movimentos e a elasticidade. De acordo com ZANELA et al (2017 p. 434) a técnica visa “diminuição da tensão neural, diminuição da dor, aumento da força muscular e melhora da flexibilidade”. ZANELA et al (2017 p. 434) menciona que “Shacklock e Greenig e Leary descreveram que a mobilização neural pode ser aplicada tanto na parte proximal dos nervos quanto na parte distal.” Foi escolhida a técnica de mobilização neural proximal onde ocorra aumento da força e flexibilidade dos músculos flexores e extensores dos joelhos.

De acordo com o presente estudo conclui-se que, não foi observado aumento da força muscular no grupo extensor do joelho, porém foi notório o aumento da mesma nos músculos flexores do joelho esquerdo, na flexibilidade trouxe o aumento considerável de extensão do quadril direito e esquerdo e flexão do joelho esquerdo, também obteve aumento da flexibilidade, e o teste de Banco de Wells teve aumento e uma mínima redução em relação a avaliação pós imediata e pós tardia após aplicação da técnica.

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A Fisioterapia no Alívio da Dor: Uma Visão Reabilitadora em Cuidados Paliativos

Danielle de M. Florentino; Flavia R. A. de Sousa; Adalgisa Ieda Maiworn; Ana Carolina de Azevedo Carvalho; Kenia Maynard Silva.

A Fisioterapia em Cuidados Paliativos objetiva a qualidade de vida em pacientes com doença avançada ou em progressão desta, através de condutas que reabilitem funcionalmente o paciente.

 

A abordagem mais utilizada para o controle da dor é a medicamentosa. Porém, o uso de recursos fisioterapêuticos como a cinesioterapia, a eletroterapia, a massagem, oferecem meios para a melhora da dor, que nesses pacientes pode relacionar-se direta ou indiretamente ao tumor primário bem como a suas metástases, a intervenções terapêuticas e/ou procedimentos de investigação.

 

A dor pode ocorrer desde a infiltração (invasão) neoplásica dos tecidos, de procedimentos terapêuticos, bem como de síndromes paraneoplásicas.

 

É necessário uma avaliação detalhista da dor para que haja um tratamento adequado. Pode-se usar instrumentos de avaliação (escalas de avaliação da dor) e seus domínios como forma de mensuração, e complementarmente as escalas de funcionalidade.

A fisioterapia deve atuar em todas as etapas da neoplasia: pré-tratamento, durante o tratamento, após o tratamento, na recidiva da doença e nos cuidados paliativos.

 

A fisioterapia objetiva a prevenção de complicações, sejam osteomioarticular, respiratória, e por desuso, que causem danos físicos e funcionais ao individuo através de orientações domiciliares, diagnóstico e intervenção precoce, por meio de condutas que favorecem a melhoria da qualidade de vida e a redução dos custos. Visam sempre que possível, a construção e manutenção da independência funcional do paciente através da preservação da vida e alívio dos sintomas por recursos fisioterapêuticos como: terapia para dor, alívio dos sintomas psicofísicos, atuação nas complicações osteomioarticulares, reabilitação das complicações linfáticas, cardiopulmonar, atuação na fadiga, alterações neurofuncionais, úlceras de pressão. É importante frisar que a fisioterapia não busca somente a funcionalidade, mas a manutenção de uma comunicação, visando estreitar a relação profissional-paciente, gerando mais confiança do paciente em relação ao terapeuta e conforto.

Um fator importante nestes pacientes é a questão da morte. Saber lidar com esta situação é um dos fatores mais angustiantes para os profissionais e exige extrema delicadeza, pois muitos encaram esta dificuldade experimentando um desconforto com a situação, seguido de inevitáveis frustrações profissionais.

De acordo com o CREFITO e a resolução do COFFITO nº10 de 03/07/78, que aprova o Código de Ética Profissional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no capítulo II art.7º está explícito como dever do fisioterapeuta no exercício profissional: o zelo, o respeito à vida humana desde a concepção até a morte, a prestação de assistência, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, a utilização de todos os conhecimentos técnicos e científicos, respeito ao natural pudor e intimidade, bem como o respeito do direito de decisão da pessoa de seu bem-estar e a informação sobre seu diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico.

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Efeitos da Kinesio Taping no desempenho muscular de mulheres com dor lombar crônica

José Roberto de Souza Júnior*; Thiago Vilela Lemos**; Tânia Cristina Dias da Silva Hamu**; Amanda Marques Faria**; Amanda Terra Silva**; Frederico Igor Ribeiro Calaça*; João Paulo Chieregato Matheus*.

A dor lombar crônica inespecífica tem sido muito estudada ao longo dos anos. É caracterizada por dor lombar com duração maior que 12 semanas e que não está relacionada a patologias específicas.
De acordo com a CIF (Classificação internacional de Funcionalidade e Incapacidade) os principais aspectos que devem ser observados nesses pacientes são:
•Dor
• Incapacidade
• Mobilidade
• Força
• Resistência
• Fatores psicológicos
• Limitações nas atividades
• Restrição à participação

Não foram observados efeitos imediatos da bandagem elástica sobre a força, atividade e fadiga muscular dos eretores da espinha em sujeitos que possuem dor lombar crônica inespecífica, estes avaliados por dinamometria isocinética e eletromiografia de superfície. Tais resultados vão contra a hipótese de que a Kinesio Taping (KT) poderia promover ganhos de força muscular, por isso faz-se necessário à realização de mais estudos para avaliar os possíveis efeitos da bandagem terapêutica juntamente a outras intervenções referentes ao desempenho muscular de diferentes subgrupos de pacientes com dor lombar crônica inespecífica.

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Idade óssea na paralisia cerebral

Eduardo Régis de Alencar Bona Miranda; Maurício D'arc Palmieri; Rodrigo Montezuma César de Assumpção; Helder Henzo Yamada, Daniela Regina Rancan; Patrícia Maria de Moraes Barros Fucs.

O presente artigo traz como base determinar a idade óssea em pacientes com paralisia cerebral de diferentes aspectos como, hemiparético, diparético, tetraparético e correlacionar com a idade cronológica, verificando assim, a existência em relação ao atraso entre sexo e função motora. Foram analisados 401 pacientes com paralisia espática, na faixa etária entre três meses e 20 anos em radiografia de punho e mão esquerdo e direito.

 

De acordo com MIRANDA et al (2011 p. 336) “Paralisia cerebral (PC) é definida como sendo um grupo de alterações motoras não progressivas do movimento e da postura resultado de uma lesão no cérebro imaturo.” A paralisia cerebral tem decorrência muitas vezes antes do nascimento sendo gerada por um dano cerebral, ocasionando distúrbios nos movimentos reflexos exagerados, rigidez ao tônus muscular e na função motora de acordo com o grau da doença. MIRANDA et al (2011 p. 337) menciona que, “A criança com PC frequentemente apresenta um déficit no crescimento pondero-estatural e as principais variáveis responsáveis podem ser divididas em fatores nutricionais e não nutricionais (ou neurológico)”.

Na metodologia foram avaliadas crianças com PC espática que ainda não completaram a idade da maturidade óssea, submetendo a avaliação de radiografia de punho e mão dos lados direito e esquerdo anteroposterior. Através da média aritmética de dois observadores independentes foi utilizada como base a comparação cronológica dos mesmos para o presente estudo. Analisados os dois lados dos membros conforme o lado acometido para o lado não acometido, avaliando também a determinação na influência do sexo na idade óssea.

 

MIRANDA et al (2011 p. 339) relata que, “Podemos inferir a influência dos fatores nutricionais e não nutricionais no atraso do desenvolvimento da idade óssea nos pacientes com paralisia cerebral espástica.” Conclui que, os pacientes com PC espática possuem um atraso na idade óssea comparando com a idade cronológica avaliando socioeconômico e fatores nutricionais. Pacientes tetraparéticos comparado com hemiparéticos e diparéticos possuíram um atraso maior na idade óssea e juntamente relacionado ao sexo masculino foram maior que o sexo feminino.

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Efeito do treinamento físico na mecânica do ventrículo esquerdo após
infarto agudo do miocárdio - um estudo exploratório

Gordon McGregor ; Rob Shave; Eric J. Stöhr; David Oxborough; Peter Kimani.

Trata-se de um estudo observacional prospectivo e não randomizado.


A remodelação patológica do ventrículo esquerdo (VE) é um problema significativo após o infarto do miocárdio (IM). Embora a contribuição da adaptação periférica para essa melhora seja relativamente bem compreendida, pouco se sabe sobre a remodelação do VE, principalmente em relação à função.

A mecânica do ventrículo esquerdo é comprometida por cardiopatia isquêmica e sabe-se que prediz remodelação patológica após IM. Especificamente, a tensão longitudinal e torção do VE (torção é uma normalização do twist do VE para o comprimento do eixo longo do VE e o twist ventricular esquerdo é o movimento de torção do coração em torno de seu eixo longo) são agudamente prejudicadas imediatamente após o IM, e diminuem progressivamente com a remodelação patológica crônica.

Dada a associação entre a mecânica do VE e o remodelamento, a avaliação da tensão longitudinal e torção do VE pode ajudar a determinar o efeito do treinamento com CR (reabilitação cardíaca) no remodelamento funcional do VE após o IM.


A principal descoberta deste estudo exploratório foi que pacientes com IM recente realizando um programa de treinamento com CR demonstraram uma redução na torção e na velocidade de torção do VE em comparação com o controle não-exercício.

A remodelação pós-IM patológica é caracterizada por volumes aumentados de VE. Como tal, a remodelação reversa do VE é um objetivo da terapia farmacológica e do exercício . Porém, estudos anteriores, demonstraram remodelamento volumétrico reverso em pacientes com IM que realizam treinamento com CR.


Nesse estudo foi observado que com 10 semanas de treinamento com CR alteraram a mecânica do VE. A medição da torção do VE pode, portanto, oferecer informações valiosas sobre a remodelação reversa induzida pelo exercício e ajudar a caracterizar o benefício terapêutico do treinamento com CR.

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Interpretação gráfica e monitorização ventilatória: o conhecimento do fisioterapeuta

Mikaelle Kelly Alves dos Santos, Cristine Mayara Cavalcante Camerino, Andrea Stopiglia Guedes Braide, Marcus César Silva de Morais, Márcia Maria Pinheiro Dantas, Artur Paiva dos Santos, Márcia Cardinalle Correia Viana.

Em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é caracterizado como paciente crítico todas as pessoas que estão propensas a manifestar instabilidade hemodinâmica, que apresentem distúrbios em um ou mais órgãos e com repercussões clínicas de importância. São pacientes que necessitam de um cuidado intensivo, por meio de uma equipe multiprofissional bem treinada, além do uso de recursos tecnológicos avançados, com o intuito de minimizar e prevenir possíveis complicações. A ventilação mecânica é um desses recursos intensivos à beira leito. Os intensivistas devem realizar a monitorização de todos os sistemas fisiológicos ao atender um paciente. Um dos sistemas mais importantes a ser verificado é o respiratório, tendo como parâmetros mais avaliados a frequência respiratória, o volume corrente, a fração inspirada de oxigênio, a pressão positiva expiratória final, entre outros. O fisioterapeuta atua na ventilação mecânica invasiva (VMI) e também é responsável pelo desmame e monitorização dos parâmetros ventilatórios dos pacientes que fazem uso de formas artificiais de respiração.

 

Os fisioterapeutas intensivistas demonstraram bom entendimento da interpretação gráfica e da monitorização ventilatória de parâmetros importantes como o IOx e o drive pressure. Já em relação às estratégias ventilatórias a partir da interpretação gráfica, os fisioterapeutas demonstraram menor técnica no assunto. Constatou-se então que os profissionais possuem conhecimento sobre a temática, mas ao se depararem com situações específicas como a interpretação de gráficos, tiveram dificuldades para identificar da forma correta. Torna-se evidente a importância de serem feitos programas de treinamento para capacitar da melhor forma os fisioterapeutas que atuam em VM na terapia intensiva, a fim de se ter melhores resultados na assistência ao paciente que é ventilado de forma mecânica.

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Apresentações psiquiátricas e neuropsiquiátricas associadas a infecções graves por coronavírus: uma revisão sistemática e metanálise com comparação à pandemia de COVID-19

Jonathan P Rogers, MRCPsych; Edward Chesney, MRCPsych; Dominic Oliver, MSc; Thomas A Pollak, PhD; Prof Philip McGuire, FMedSci; Paolo Fusar-Poli, PhD, et al.

As infecções virais são comuns e algumas são conhecidas por infectar o SNC, causando síndromes neuropsiquiátricas que afetam os domínios cognitivo, afetivo, comportamental e perceptivo. Os coronavírus são vírus de RNA de fita simples e vários subtipos que afetam seres humanos foram identificados, a maioria dos quais causa infecções leves do trato respiratório superior em indivíduos imunocompetentes (principalmente as cepas HCoV-229E, HCoV-OC43, HCoV-NL63 e HCoV-HKU1) .

 

Em 31 de dezembro de 2019, a OMS tomou conhecimento de vários casos de pneumonia atípica em Wuhan, China, que foram subsequentemente identificados como causados por um novo coronavírus denominado síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2).

As consequências neuropsiquiátricas - ou seja, distúrbios mentais que são sequelas de danos ou doenças cerebrais - podem surgir por efeitos diretos da infecção do SNC ou indiretamente por uma resposta imune ou terapia médica. Uma série de casos de Wuhan constatou que, entre os pacientes internados no hospital por infecção por SARS-CoV-2, 36% apresentavam características neurológicas, consistindo principalmente em sintomas leves como tontura e dor de cabeça, embora esses sintomas possam ser manifestações mais de doença sistêmica do que uma síndrome neurológica específica. Há evidências preliminares in vitro de que, possivelmente ao contrário do coronavírus SARS (SARS-CoV), o SARS-CoV-2 pode se replicar em células neuronais, mas a tradução dessa descoberta para ambientes in vivo permanece incerta.

 

As principais descobertas são que sinais sugestivos de delirium são comuns no estágio agudo da SARS, MERS e COVID-19. Os diagnósticos de mania e psicose ocorreram em uma pequena minoria (0,7%), mas em uma amostra pequena, esse diagnóstico parecia estar quase inteiramente relacionado ao uso de corticosteróides exógenos, que raramente são prescritos para tratar a infecção por SARS-CoV-2. Notavelmente, insônia, instabilidade emocional, irritabilidade, fala sob pressão e euforia eram relativamente comuns, sugerindo que, embora uma síndrome completa da mania fosse incomum, sintomas sublimiares podem estar presentes.

Em SARS e MERS, após a recuperação da infecção, distúrbios do sono, recordação frequente de memórias traumáticas, labilidade emocional, concentração prejudicada, fadiga e memória prejudicada foram relatados em mais de 15% dos pacientes em um período de acompanhamento entre 6 semanas e 39 meses.

 

A labilidade emocional, a fala pressionada e a euforia foram relatadas apenas por pacientes e parentes após um breve acompanhamento (média de 42 dias [intervalo 26-86]) em um estudo em que corticosteróides haviam sido prescritos com frequência em altas doses e sintomas.

Em termos de aplicabilidade ao COVID-19, as conclusões devem ser cautelosas porque os dados sobre os efeitos agudos da doença são limitados e não existem dados na fase pós-doença, e a maior mortalidade por SARS e MERS pode estar correlacionada com piores resultados psiquiátricos .

 

As informações disponíveis sugerem que, no estágio agudo - como no SARS e no MERS - a confusão é uma característica comum, portanto o delirium é provavelmente um problema clínico significativo. A longo prazo, os dados de SARS e MERS sugerem que a prevalência de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e fadiga pode ser alta, mas ainda os dados sobre esses diagnósticos em pacientes com COVID-19 são preliminares ou não publicados.

A etiologia das consequências psiquiátricas da infecção pelo coronavírus provavelmente é multifatorial e pode incluir os efeitos diretos da infecção viral (incluindo infecção cerebral), doença cerebrovascular (inclusive no contexto de um estado procoagulante), o grau de comprometimento fisiológico (por exemplo, resposta imunológica, intervenções médicas, isolamento social, impacto psicológico de uma nova doença grave e potencialmente fatal, preocupações com a infecção de outras pessoas e estigma).

 

A resposta imune na infecção por SARS-CoV-2 é interessante e pode haver um estado hiperinflamatório semelhante ao observado na linfoisticisticose hemofagocítica, na qual há concentrações aumentadas de proteína C-reativa, ferritina e interleucina-6, embora esse estado seja provável que tenha vida curta.

A maioria dos pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo grave, uma característica importante da doença COVID-19 grave, mostra comprometimentos da memória, atenção, concentração ou velocidade de processamento mental em 1 ano.

 

Em conclusão, embora existam muitas maneiras pelas quais a saúde mental possa ser afetada adversamente por uma pandemia, esta revisão sugere, primeiro, que a maioria das pessoas não sofre de um distúrbio psiquiátrico após a infecção por coronavírus e, segundo, que até agora há pouco sugerem que complicações neuropsiquiátricas comuns além do delirium a curto prazo são uma característica. Os médicos devem estar cientes da possibilidade de depressão, ansiedade, fadiga, transtorno de estresse pós-traumático e síndromes neuropsiquiátricas mais raras depois disso. A qualidade dos estudos até o momento tem sido variável e a vigilância contínua é essencial.

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Influência da altura da câmera em fotogrametria computadorizada: amplitude articular

Rodrigo Silva de Freitas; Cassius C. D. Xabregas; Ian Vinícios Q. Rocha; Welligton C. da Silva; Rodrigo Luis F. da Silva.

Universidade do Estado do Pará

Centro Universitário da Amazônia

O principal objeto de estudo da fisioterapia é o movimento humano e suas disfunções. Devido a isso, se torna muito importante o desenvolvimento de ferramentas que possam tornar possíveis um diagnóstico funcional e mais preciso para uma melhor compreensão e análise dos gestos motores humanos.

 

A fotogrametria computadorizada é um recurso de avaliação não invasivo, muito eficiente, de baixo custo e alta precisão, desenvolvido para acabar com problemas relacionados à análise biomecânica do corpo humano, além de ser usado em outras áreas de atuação. Algumas aplicações da fotogrametria são:

• Avaliar a flexibilidade de indivíduos

• Realizar avaliações posturais

• Quantificar os ângulos articulares ou amplitudes de movimento

 

Foi observada uma falta de padronização quanto à distância e altura da câmera em relação ao paciente avaliado e ao solo. Diante disso, o estudo para essa padronização se torna essencial para avaliar se a altura da câmera traz mudanças significativas aos resultados.

 

A altura de 50 cm demonstrou relativo risco em gerar valores heterogêneos de análises fotogramétricas, sendo assim foi considerado que essa altura deveria ser evitada nas análises angulares. Uma altura de 50 cm é considerada baixa para os padrões de fotogrametria em avaliações e pesquisas fisioterapêuticas. Alturas a partir de 75 até 200 cm podem apresentar resultados consistentes, evitando assim que ocorram erros nas análises das imagens fotogramétricas. A altura ideal da câmera para a análise por fotogrametria computadorizada deve variar de acordo com a altura do paciente avaliado para um melhor enquadramento, já que os indivíduos possuem alturas variadas.

 

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CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS DESTINADAS À ARTROSE DE JOELHO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Caio Erick Vieira de Souza; Emanuela Rocha dos Santos; Marcos Rogério Madeiro de Almeida

Osteoartrite é definida basicamente como sendo uma doença articular inflamatória de caráter degenerativo decorrente de respostas mediadas por condrócitos e sinoviócitos.

      

Os acometimentos resultantes desse processo de acordo com KNOB, et al, 2018, são:

  • O aumento do volume articular,

  • Dor ao repouso,

  • Rigidez matinal,

  • Fraqueza muscular,

  • Incapacidade,

  • Impacto na funcionalidade, dentre outros agravos nasarticulações decorrentes da osteoartrite (KNOB, et al, 2018).

 

Se manifesta de forma bastante comum diante à população adulta e idosa brasileira. Se desevolve de maneira lenta e gradual, resultando na baixa qualidade de vida, prejudicando então as condições saudáveis dos hábitos de vida diários principalmente de idosos (PACCA, et al, 2018).

           

Trata-se de uma patologia onde o seu principal acometimento está contido nas articulações do joelho, sendo assim, é perceptível a degradação focal da cartilagem, alterações de origem bioquímica no líquido sinovial, remodelação do osso subcondral com formação de osteófitos nas margens da articulação, dentre outros fatores envolvendo a região articular do joelho (OLIVEIRA, et al, 2018).

           

A gonartrose está inteiramente relacionada ao estilo de vida intenso e comprometedor físico dos indivíduos, como exemplo pode-se citar as atividades diárias domésticas e as longas jornadas de trabalho, na qual impõe pressão nas articulações do joelho por consequência da alta flexão dos membros inferiores. Ademais, a repetição dessas tarefas que utilizam a capacidade vital do joelho poder vir a resultar em osteoartrite no joelho (BAKIRHAN; BOZAN; UNVER; KARATOSUN, 2017).

           

A fisioterapia possui importante papel nos diversos fatores relacionados à

osteoartrite de joelho. O profissional irá buscar promover a melhora da qualidade de vida, por intermédio da prevenção e tratamento dos indivíduos acometidos de gonartrose (LAVERDE; VALÊNCIA; RUIZ, 2019).

           

Como a osteoartrite é desencadeada do ponto de vista fisiopatológico? É desencadeada por meio de uma cascata, na qual o colágeno e outras proteínas associadas ao suporte da cartilagem, como por exemplo, proteoglicanos e o agrecan começam a passar por um processo de degradação por consequência de enzimas proteolíticas, principalmente metaloproteinases. Diante desse processo, há intensa inflamação na articulação afetada ocorrendo a liberação de citocinas. Dessa forma, os condrócitos começam a expressar receptores de reconhecimento padrão e passam a reconhecer sinais de dano tecidual o que proporciona a amplificação do processo inflamatório (CRID, 2017).

           

É caracterizada pela presença da dor intensa, inchaço e rigidez na articulação local, sendo que em alguns casos extremos, pode ocorrer a deformidade da articulação, prejudicando a relação de vida e trabalho dos indivíduos acometidos. Esses sintomas apresentados permitem um possívelvdiagnóstico. Porém, para ter mais clareza, é necessária principalmente a realização de exames radiográficos, que permite observarmos o estreitamento do espaço intra-articular, formação de osteófitos, esclerose do osso subcondral e formações císticas, em que tudo isso são condições existentes e indispensáveis diante do diagnóstico de gonartrose (MATTOS, et al, 2015). Os fatores de são: obesidade, tabagismo, idade, diabetes, sedentarismo, entre outros.

           

O tratamento fisioterapêutico vem sendo realizado na perspectiva da melhoria da qualidade de vida, reeducação física e fortalecimento muscular que desaceleram o processo patológico, diminuindo as dores, melhorando a função articular e do membro afetado, melhora da amplitude de movimento, do equilíbrio e qualidade de vida.

           

Segundo evidências, observou-se que mulheres possuem exposição acentuada à osteoartrite de joelho por apresentarem menor cartilagem articular no joelho. Sendo assim, como propósito de tratamento, a hidroterapia promove efeitos positivos na melhora da dor; função do joelho; força muscular, aumentando a capacidade do quadríceps e resistência aeróbica, além de propor facilidade nos exercícios por consequência da água. Dessa forma, a prática é feita em uma piscina terapêutica com rampa de acesso e água na temperatura de aproximadamente 34ºC.

           

Algumas técnicas e terapias que trazem benefícios ao tratamento da gonartrose são:

  • Medicina Tradicional Chinesa

  • Terapia extracorpórea por ondas de choque

  • Estimulação Magnética Transcraniana (EMT)

           

De acordo com os estudos selecionados nessa revisão bibiográfica, notou-se uma rasa variação entre as terapias selecionadas, tendo como principal método utilizado a cinesioterapia e um breve estudo utilizando a hidrocinesioterapia. Segundo esses estudos, a utilização de exercícios de fortalecimento, marcha e equilíbrio foram capazes de reduzir a dor, melhorar a amplitude de movimento, equilíbrio, funcionalidade e também melhorar a qualidade de vida de pacientes com osteoartrite de joelho; já intervenção com a hidroterapia foi eficaz em relação à melhora da dor, função do joelho, força muscular e resistência aeróbica.

 

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EQUILIBRIO E CONTROLE POSTURAL

C.L. Teixeira
Faculdade Ingá - Maringá, PR

Entre os componentes do comportamento motor que são mais estudados está o controle postural, possui pesquisas que abrangem da infância até a velhice. O controle postural faz parte do sistema de controle do corpo humano, produz estabilidade e cria condições para o movimento. Bankoff observa que a postura corporal envolve equilíbrio, coordenação neuromuscular e adaptação que representa um determinado movimento corporal, e as respostas posturais automáticas são dependentes do contexto, ou seja, são ajustadas para ir ao encontro das necessidades de interação entre os sistemas. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As pesquisas sobre controle postural detectaram os períodos de mudança no desenvolvimento e do comportamento da postura ereta. Identificaram-se sistemas que atuam no controle postural e as condições que influenciam o equilíbrio quase estático. As pesquisas têm investigado as variáveis de controle postural e equilíbrio em situação do cotidiano como no caso do estudo sobre o efeito da permanência em superfície inclinada e do movimento de alcançar um objeto, indicando uma tendência em análises do controle postural e equilíbrio dinâmico. Os estudos atuais incrementam em associar e relacionar variáveis e condições diversas buscando entender como se dá a influência destas sobre o equilíbrio e as respostas dos

sistemas de controle buscando manter a postura, indicando o entendimento da importância em se considerar o máximo de possíveis fatores de intervenção. 
 

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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA SÍNDROME DE  OSGOOD SCHLATTER  

Keliane Guerra Chaves Fernandes; Larissa Bastos Tavares.

A Síndrome de Osgood Schlatter (S.O.S) é descrita como uma avulsão  do  tubérculo  tibial  durante  a  adolescência,  considerada  uma  área  frágil  nessa  idade. É  caracterizada  por  dor,  edema  e  fragilidade  na porção  ântero-proximal  da  tíbia.  Foi  estabelecida  como  causa  mais  comum  de  morbidade nos joelhos de jovens praticantes de atividade física (VISURI ET AL, 2007).    

 

Os meninos são afetados 2 a 3 vezes a mais do que as meninas, possivelmente pela maior massa e força muscular, além do envolvimento  em  atividades  esportivas.      

 

Os  sintomas  aparecem  em  torno  de  13  anos (variação 10-15) nos meninos e 11 (variação 11-13) nas meninas, provavelmente pela precoce maturidade biológica do sistema músculoesquelético alcançada pelas meninas quando comparadas aos meninos.     

 

A pessoa com  S.O.S. queixa-se de dor na região anterior do joelho, mais precisamente na tuberosidade tibial podendo ser acompanhada por edema e proeminência sobre o tubérculo. A dor pode ser agravada nos  atos  de  correr,  saltar  e  ao  subir  degraus,  como  também  pode  ser  reproduzida quando se coloca resistência para a extensão do joelho. A posição ajoelhada também tende a ser dolorosa. Vale dizer, que o quadro álgico na maioria das vezes diminui com o repouso (GREENSPAN, 2006; SARCEVIC, 2008).    

 

A S.O.S pode ser classificada de acordo com a duração da dor, sendo: 

• grau I: dor após atividade física, desaparecendo em 24h; 

• grau II: dor durante e após a atividade física, desaparecendo em 24h;  

• grau III: dor constante com prática de atividades físicas limitada (DEBERARDINO, BRANSTETTER & OWENS, 2007).    

 

O tratamento fisioterapêutico objetiva diminuir o stress sobre o tubérculo tibial e reduzir a tensão no músculo quadríceps (BEUZADEOGLU, 2008).    

 

Peter (2006), refere a necessidade da prevenção dos saltos e corridas além do repouso até o alívio da dor. De  acordo com os autores, o tratamento baseia-se no uso de  alongamento e fortalecimento do quadríceps e ísquios-tibiais, que impedem recidivas dos sintomas,  junto  com  a  utilização  de  imobilizadores  no  caso  de  indivíduos  muito ativos. O uso de protetor infra-patelar é sugerido, eventualmente, com  o objetivo de redirecionar as forças de tensão sobre a tuberosidade tibial e, contudo,  trazer  o  alívio  de  dor.  Essas  modalidades  terapêuticas  também  foram sugeridas pela American Academy of orthopaedics Surgeons e a American Academy of Family, acrescido da aplicação de gelo para controle do processo inflamatório e melhora do quadro álgico (BLOOM & MACKLER, 2004).
 

Outros estudos acrescentam os exercícios de fortalecimento do tipo isométrico com o joelho em extensão, por diminuírem a tensão provocada pelo tendão quadricipital na tuberosidade tibial e preservar o volume muscular (SARCEVIC, 2008; TORRES, 2002; RATLIFE, 2000).    

 

Além disso, os exercícios de flexibilidade com ênfase nos músculos: quadríceps, ísquiostibiais, tracto ílio-tibial e gastrocnêmio devem ser administrados como forma de melhorar o equilíbrio articular, o alinhamento postural, aliviar a tensão muscular e aumentar a performance durante a prática de atividade física assim como atividades ocupacionais e recreativas, pois entende-se que para executar a maioria das atividades  cotidianas  funcionais  seja  necessário  uma  amplitude  de  movimento sem restrições e sem dor (TACHDJIAN,1972; STARRING ET AL, 1988; BANDY & IRION, 1994).

 

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ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES QUEIMADOS:

UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

MARÍLIA ISADORA SILVA FERNANDES.

Você sabe o que é queimadura? Borges, (2006) conceituou como sendo um trauma de origem térmica capaz de causar lesões diversas nos tecidos orgânicos. Esses danos seguem desde hiperemia limitada a área queimada, alterações celulares e imunológicas, abrangendo as vias aéreas e ocorrências de traumatismo associados, podendo progredir para o óbito.
 

A especialidade da fisioterapia dermatofuncional, reconhecida pela (Resolução COFFITO no 362, 2009) atua na promoção, prevenção e recuperação do sistema tegumentar no que se refere às repercussões resultantes de distúrbios endócrino-metabólico, dermatológico, circulatório, osteomioarticular e neurológico, tendo como consequência a recuperação estética e/ ou funcional. Este profissional está habilitado a tratar lesões por queimadura (Acordão COFFITO no 924, 2018), consequentemente, a especialidade tem como competência o tratamento de disfunções que afetam direta ou indiretamente o tegumento, agindo em todos os níveis de atenção á saúde, englobando-se a programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação (MELLO, 2014). 
 

Qual o principal recurso utilizado para tratamento pelo fisioterapeuta? Segundo Rocha (2012) , o principal recurso para tratar os pacientes acometidos por essas lesões é a eletroterapia.
 

Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica que procurou saber a atuação da fisioterapia dermatofuncional no paciente queimado. 
 

Segundo Souza (2019) em seu estudo com um paciente do sexo masculino, que teve mais de 30% do corpo queimado, submetido a um programa de atividades fisioterapêuticas, sendo utilizadas laserterapia, verificou-se um ganho significativo na lesão. Azzi (2014), em seu estudo de revisão reafirma que independente do grau da lesão, o Laser acelera o processo cicatricial, trazendo com isso benefícios relacionados à barreira mecânica e a homeostase. Albuquerque (2010) descreveu que o laser terapêutico acelera a proliferação das células reparativas e aumenta a organização do colágeno, sendo assim corroboram com autores citados acima.
 

Lamberti (2018) destacou a  importância do laser de baixa intensidade, cinesioterapia e massoterapia na cicatrização de ferida causada por  queimadura.  Carreiro (2015) evidenciou que a atuação da fisioterapia foi eficiente na melhora da amplitude de movimento e força muscular de forma
global. Moraes (2012) no seu estudo abordou a utilização de exercícios físicos aeróbicos e de resistência que se mostrou efetivo na diminuição de contraturas de cicatrizes, evitando ou, pelo menos, minimizando a restrição na amplitude de movimento. Skopinski (2012) no seu estudo analisou o uso massagem e drenagem linfática manual, laserterapia (HeNe 40 mJ) exercícios ativos, resistidos e isométricos em um paciente que teve 40% do seu corpo queimado em um acidente no trabalho que teve resultados consideráveis, preveniu retrações da pele e cicatrizes hipertróficas, reduziu a dor, além de ter mantido a ADM, proporcionando independência funcional ao paciente. Em concordância com estudo citado anteriormente, Prestes (2013) reafirmou que a fisioterapia dermatofuncional é de suma importância no tratamento de queimaduras melhorando a qualidade de vida do paciente


Este estudo nos mostra que tem aumentado progressivamente a atuação do fisioterapeuta dermatofuncional no tratamento de vítimas de queimadura, ampliando as aplicações práticas de novos recursos e técnicas, porém, essas abordagens envolvem uma equipe multiprofissional.
 

Nota-se que o laser é uma alternativa valiosa no tratamento de queimados, pela capacidade de acelerar o processo de cicatrização rápida e organizada, potencializando a proliferação de células reparativas.

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Efeito dos exercícios de fortalecimento, de marcha e de equilíbrio no tratamento de osteoartrite de joelho

Eff ect of strength, gait and balance exercises, in the treatment of knee osteoarthritis

Eloá Ferreira Yamada1, Felipe Alves Müller1, Lilian Pinto Teixeira1, Morgana Duarte da Silva1 -  1 Universidade Federal do Pampa

A osteoartrite (OA) é uma doença reumática degenerativa e progressiva, que atinge as articulações sinoviais, causando diversas alterações na cartilagem articular, estreitamento do espaço intra-articular, aparecimento de osteófitos, esclerose do osso subcondral e formações císticas.

As principais manifestações são:

• Sinais inflamatórios que aparecem progressivamente

• Rigidez matinal • Crepitações ósseas

• Atrofia ou hipotrofia da musculatura

• Dificuldades para subir e descer escadas

 

A redução da força muscular da articulação com OA parece estar relacionada com a perda de função progressiva do membro afetado, incapacitando gravemente os indivíduos com a doença. Isso ocorre principalmente nas articulações que tem papel de sustentação do peso do corpo, como por exemplo, o joelho. A OA tem pouca prevalência na população com menos de 40 anos de idade e maior prevalência na população acima de 60 anos de idade. Possui alguns fatores de risco além do avanço da idade, como ser do gênero feminino, predisposição genética, inatividade e estresse mecânico excessivo sofrido pela articulação. O tratamento conservador conta com o uso de medicamentos, programas educativos, redução de peso e fisioterapia. A fisioterapia na AO têm por objetivo diminuir o ritmo de progressão da doença, diminuição da dor e melhorar a mobilidade desses pacientes. Os exercícios que trazem mais benefícios nesse caso são os aeróbicos e os de fortalecimento.

 

Verificou-se que a associação de exercícios de fortalecimento muscular, marcha e de equilíbrio, foi eficaz no alívio da dor, melhora da amplitude de movimento, do equilíbrio, da funcionalidade e da qualidade de vida de pacientes com OA de joelho. Dessa forma, a inclusão desses exercícios pode potencializar os ganhos dos indivíduos com OA e também reduzir potencialmente os sintomas. Também é sugerido que se busque maior variabilidade de recursos terapêuticos, que tenham evidências comprovadas de sua eficiência, para assim serem usados pelos fisioterapeutas que reabilitarão esses pacientes.

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Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2 (SARS-CoV-2) e Sistema Nervoso Central

Fernanda G. De Felice, Fernanda Tovar-Moll, Jorge Moll, Douglas P. Munoz e Sergio Ferreira.

Você sabia que os coronavírus são o maior grupo de vírus que causam infecções respiratórias e gastrointestinais? E que foram responsáveis por três pandemias nos últimos 18 anos? Não? Então, as pandemias foram:

➢ Em 2002/2003 - síndrome respiratória aguda grave ( SARS);

➢ Em 2012 - síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS);

➢ Atualmente, doença de coronavírus 2019 (COVID-19).

 

O agente etiológico do COVID-19, SARS-COV-2 é um novo membro da família CoV humana que surgiu na China no final de 2019. Os sintomas do COVID-19 podem incluir febre, tosse, perda de olfato e paladar, dor de garganta, dor nas pernas, dor de cabeça, diarreia e fadiga. Porém a maioria dos pacientes infectados com SARS-CoV-2 são assintomáticos ou desenvolvem sintomas leves a moderados, e um conjunto de pacientes desenvolvem pneumonia e dispnéia grave e necessitam de tratamento intensivo.

 

Devido a síndrome respiratória aguda ser a característica marcante da COVID 19, a maioria dos estudos iniciais sobre o COVID-19 concentraram-se no seu impacto no sistema respiratório, mas evidências emergentes indicam que o coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), pode causar complicações neurológicas.

 

As doenças cerebrovasculares estão entre as comorbidades de pacientes com confirmação COVID-19 que desenvolvem complicações respiratórias graves. Um estudo relatou encefalopatia hipóxica / isquêmica em ~ 20% dos 113 pacientes falecidos com COVID-19. Um estudo recente avaliou 214 pacientes diagnosticados com COVID-19 na China e descobriu que 36% tinham manifestações neurológicas, incluindo doença cerebrovascular aguda e consciência prejudicada, e também foi relatado um caso de encefalopatia necrosante hemorrágica aguda.

 

Os estudos ainda são escassos e é necessário um trabalho adicional para determinar se ocorrem manifestações neurológicas na população de pacientes com COVID-19. Será importante também determinar se o SARS-CoV-2 é detectado no líquido cefalorraquidiano (LCR) de pacientes que desenvolvem alterações neurológicas e / ou se outras alterações no LCR estão presentes. Os estudos do LCR são necessários para entendermos melhor o neurotropismo da SARS-CoV-2 e avaliar se o seu impacto no SNC é causado por infecção direta ou por efeitos secundários relacionados à sinalização inflamatória / próinflamatória aprimorada.

 

O CoV-OC43 humano tem sido associado a encefalite fatal em crianças. Foi relatada a detecção de RNA da SARS-CoV no LCR de um paciente com SARS. Estudos pré-clínicos demonstraram ainda que CoVs humanos (por exemplo, HCoV-OC43), atingem o SNC e causam encefalite. Além disso, o RNA e o antígeno CoV foram encontrados no tecido cerebral humano e no LCR em pacientes com esclerose múltipla (EM), e os CoVs foram apontados como supostos agentes etiológicos da autoimunidade do SNC, incluindo EM. Existem indicações de possível relevância para doenças neurodegenerativas. Por exemplo, CoV-OC43 e CoV-229E foram encontrados no LCR dos pacientes com doença de Parkinson. É importante notar que estudos pré-clínicos iniciais mostraram que a inoculação intranasal / intra-ocular em primatas não humanos levou à detecção de RNA ou antígeno CoV no cérebro, e análises depois da morte indicaram a presença de patologia cerebral, incluindo inflamação e edema de substância branca.

 

Há um grande número de jovens adultos em todo o mundo que está infectado ou que será infectado em breve pelo SARS-CoV-2. Em alguns a gravidade da doença precisará de hospitalização, abrindo assim a possibilidade de exame médico detalhado, que poderia ser alavancado para estudos longitudinais. A Literatura sobre os vírus estudados levantam a possibilidade de que o SARSCoV-2 possa afetar o SNC.

 

Existe uma necessidade urgente de estudos longitudinais para determinar se a pandemia de COVID-19 levará a maior incidência de doenças neurodegenerativas em indivíduos infectados. As evidências emergentes sugerem que o SARS-CoV-2 está associado a alterações neurológicas em pacientes com COVID-19 apresentando manifestações clínicas graves. Três cenários gerais são viáveis. Especificamente, o impacto do SARS-CoV-2 no SNC que pode:

i. Levar a alterações neurológicas diretamente,

ii. Piorar condições neurológicas pré-existentes e / ou i

ii. Aumentar a suscetibilidade ou agravar os danos causados por outros insultos

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Relação Terapeuta Paciente e Dimensões da Humanização em Reabilitação Ortopédica

Eloisa Cereda Oliveira Antuani; Rafael Baptistella; Marcelo Taglietti

Humanizar é agir com ética e respeito ao outro, de acolher o desconhecido, entendo-o como cidadão e não apenas como um consumidor dos serviços de saúde. A partir da segunda metade do século XX, a qualidade dos serviços de saúde passou a ser referida e interrogada com mais ênfase, com destaque na qualidade do atendimento. Com isso, foram lançados programas de assistência no quesito terapeuta paciente, bem como na humanização da assistência. Medidas clínicas são geralmente utilizadas como forma avaliação de sucesso de tratamento nos pacientes, como questionários e outros meios. A satisfação do paciente é primordial no cuidado de pessoas.

 

Tiveram resultados positivos comprovando que existe essa relação humanizada entre fisioterapeutas e pacientes. Houve 100% de positividade nos seguintes âmbitos:

● Dignidade

● Comunicação

● Autonomia

● Confiabilidade

● Garantia

● Aspectos interpessoais

● Empatia

● Eficácia

● Receptividade

 

Foi considerada assim humanizada a assistência em fisioterapia musculoesquelética.

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Evidências científicas sobre Fisioterapia e funcionalidade em pacientes com COVID-19 Adulto e Pediátrico.

Cássio Magalhães da Silva e Silva1, Aline do Nascimento Andrade2, Balbino Nepomuceno3, Daniel Salgado Xavier4, Eugênia Lima5, Iura Gonzalez6, Juliana Costa Santos1, Mateus Souza Esquivel7, Michelli Christina Magalhães Novais8, Paulo Magalhães9, Robson da Silva Almeida10, Vinícius Afonso Gomes11, Vitor Oliveira Carvalho12, Wiron Correia Lima Filho13, Oséas Florêncio de Moura Filho13, Mansueto Gomes Neto1.  

A epidemia de pneumonia por infecção pelo novo coronavírus eclodiu no final de dezembro de 2019 na cidade de Wuhan na China, espalhando-se por diversos países. Foi descoberta pelo sequenciamento de genoma inteiro, o patógeno foi classificado como um novo tipo de beta coronavírus. Patologias clínicas como hipertensão e deficiências no sistema respiratório, cardiovascular e/ou metabólico podem ser possíveis fatores de risco. Possui taxa de mortalidade de 3 a 5%. Além de acometer principalmente o sistema respiratório, estão em estudo possíveis comprometimentos em outros sistemas corporais, como por exemplo, o sistema cardiovascular. A COVID-19 causa deficiência de estruturas do aparelho respiratório, como os músculos respiratórios. Podem causar limitações na realização de atividades básicas diárias que envolvem capacidades em relação à mobilidade, afetando até mesmo tarefas rotineiras como andar. A maioria das crianças desenvolvem doenças leves ou sem sintomas, são geralmente casos menos graves e apresentando na maioria febre, tosse, diarreia, fadiga, vômito e congestão nasal. Levando ao mau funcionamento das funções respiratórias, 41% dos pacientes hospitalizados com COVID-19 precisaram de oxigenoterapia em seu tratamento e esse número sobe para 70% em casos com evolução muito severa. É preciso sempre estar atento aos sinais fisiológicos dos pacientes, pois podem estar desenvolvendo uma hipoxemia silenciosa, que se for severa pode favorecer a disfunção de órgãos e sistemas.

 

O profissional Fisioterapeuta está à frente no combate a doença destacando-se não por tratá-la, mas por prevenir e reabilitar os pacientes acometidos. A fisioterapia se faz muito necessária em casos que precisam de desobstrução das vias aéreas, visto que 14% dos pacientes desenvolvem dispneia e taquipneia. A intubação e a ventilação mecânica “atrasadas” podem influir em um maior risco de mortalidade, precisando de uma maior atenção do fisioterapeuta em reconhecer o momento certo para utilizá-las.

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Efeitos de exercícios físicos aquáticos na flexibilidade e alcance funcional de indivíduos com Doença de Parkinson

Letícia de Paula Tonial1 Thalyssa Karine Mocelin1 Adriano Zanardi Silva1 Bruna Yamaguchi1 Vera Lúcia Israel1 

1Universidade Federal do Paraná

A doença de Parkinson (DP) é o segundo acometimento neurodegenerativo progressivo mais comum depois do Alzheimer. Possui maior incidência na população idosa acima de 65 anos, de 1% a 2% no mundo e de 3% no Brasil.

 

A condição motora é caracterizada principalmente por quatro sinais cardinais que são:

● Rigidez muscular

● Tremor de repouso

● Bradicinesia

● Instabilidade postural

 

Podendo envolver também acinesias, alterações posturais, diminuição da expressão facial, e sintomas não motores. A rigidez muscular e a redução de atividades físicas têm relação com outro achado comum na DP: Redução na flexibilidade articular e alcance funcional. A flexibilidade é a qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos existentes, sem provocar algum tipo de lesão. Um dos fatores a ser considerado é que esse comprometimento na flexibilidade pode ser influenciado pela idade, sendo difícil determinar exatamente quando é uma redução fisiológica ou uma limitação patológica. Afeta diretamente o equilíbrio, postura e desempenho funcional, aumentando a incidência de quedas e dificuldade na realização das tarefas diárias. Sendo assim, os comprometimentos motores e a limitação funcional progressiva fazem dos aspectos físicos um dos grandes responsáveis pela piora na qualidade de vida de portadores de DP. O estudo mostrou que as praticantes de hidroterapia tinham níveis significativamente maiores de alongamento, pois o ambiente aquático proporciona melhora das capacidades físicas e aumento de movimento nas atividades propostas. Dentro de um tratamento multidisciplinar, os exercícios físicos aquáticos entram como um recurso terapêutico complementar que utiliza as propriedades físicas da água. Analisando os efeitos do programa de exercícios físicos aquáticos proposto, constatou-se que houve melhora significativa nas médias de alcance funcional, flexibilidade, estabilidade postural e capacidade funcional. Isto pode ser explicado pelo fato de que a imersão em água aquecida é capaz de promover o relaxamento e aumentar a temperatura tecidual, facilitando a extensibilidade dos tecidos musculotendinosos e dos tecidos moles que circundam a articulação, possibilitando que o alongamento seja mais eficiente. Indicam-se os exercícios aquáticos não só como meio de reabilitação, mas também como uma alternativa para ganho ou manutenção das variáveis do processo de envelhecimento.

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Atuação da Fisioterapia no Controle da Dor no Câncer Infantil: Uma Revisão de Literatura

Jaqueline Augusto Ferreira de Souza; Jaqueline Teixeira Alves; Bruna Melo Chamma; Laila Moussa; Márcia Regina Pinez Mendes4

As neoplasias pediátricas acometem crianças com idade entre 1 e 19 anos. Os tipos mais comuns são: leucemias, câncer do sistema nervoso central (SNC), linfomas, sarcomas de partes moles e tumores renais.

 

Cada tipo de câncer (CA) tem sua manifestação clínica diferente, os sintomas mais comuns são: febre, adenomegalias, hemorragias, palidez, hepatomegalia, esplenomegalia, fadiga, dor óssea, petéquias, sangramento na gengiva, equimoses, dor ou edema no abdômen, edemas que geralmente acometem face e pescoço, aparecimento de nódulos, vômitos, hipertensão e perda de peso.

 

A dor relacionada às neoplasias podem ocorrer devido a quais fatores?

➢ invasão tumoral nos ossos, vísceras e sistema nervoso,

➢ por espasmos musculares,

➢ linfedema,

➢ úlceras de decúbito ou

➢ pode ser provocada pelo próprio tratamento e complicações no período pósoperatórias, pós-quimioterapia e pós-radioterapia.

 

Quais os tratamentos usados para controle e/ou combate do CA?

➢ quimioterapia (QT),

➢ radioterapia (RT),

➢ transplante de medula óssea (TMO) ou

➢ transplantes de células tronco hematopoiéticas.

 

E quando não há mais chance de cura? Iniciam-se os cuidados paliativos, que tem o objetivo de promover alívio do sofrimento, tratamento de dor e outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.

 

Para o fisioterapeuta traçar suas condutas é preciso realizar a avaliação fisioterapêutica nos pacientes oncológicos, a partir dessa avaliação serão traçados os objetivos da terapia visando à melhora no quadro do paciente. Mas que forma essa avaliação deve ser feita? De forma diária e humanizada, deverá ser feita uma avaliação neurológica, quanto ao tônus muscular e os sistemas sensoriais, avaliação cardiopneumológica, avaliação da marcha, da mobilidade, e da funcionalidade, com objetivo de minimizar as sequelas advindas do tratamento, elaborando uma conduta fisioterápica eficaz para um prognóstico positivo.

 

A fisioterapia irá atuar no controle da exacerbação dos sintomas por meio de vários recursos onde são realizadas mudanças posturais, deambulação precoce, alongamento, treinamento físico e o exercício aeróbico, caminhada, corrida, ciclismo e natação, drenagem linfática manual, mobilização articular, higiene brônquica, o treino de equilíbrio, adequação tônica, dessensibilização, adequação de órteses e treinos de marcha.

 

Esse artigo trata-se de uma revisão de literatura, e de acordo com os dados coletados a fisioterapia vem se mostrando benéfica pois dispõe de técnicas que auxiliam no alívio/controle da dor da criança com câncer. Os principais recursos utilizados durante a terapia são os brinquedos, desenhos, pinturas, massagens e cinesioterapia, promovendo bem estar para esse indivíduo, aliviando a ansiedade, estresse e consequentemente a dor, é importante que o fisioterapeuta associe o lúdico para proporcionar a criança um ambiente menos traumatizante e facilitar sua relação com a crianças fazendo com que a adesão ao tratamento seja maior.

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Atuação da fisioterapia na Síndrome do Túnel do Carpo – Estudo de caso

Débora Rodrigues David, Deise A. A. Pires Oliveira, Rodrigo Franco de Oliveira.

Você sabe qual é a neuropatia compressiva mais comum em humanos? É a Síndrome do Túnel do Carpo (STC) e ela pode estar relacionada a atividades ocupacionais, devido a compressão do nervo mediano, quando passa pelo túnel carpal, na região do punho.

 

A STC tem a etiologia desconhecida e geralmente ocorre em trabalhadores que desempenham tarefas que envolvem movimentos repetitivos das mãos.

 

Como essa neuropatia compressiva é caracterizada? Pela presença de dor, parestesia nos quatros primeiros dedos e nos punhos, dor no braço, fraqueza para realizar movimentos finos, hipoestesia (diminuição da sensibilidade) território do nervo mediano, preservando ou não a sensação palmar e dormência na distribuição sensorial mediana, principalmente à noite.

 

Como é feito o diagnóstico? Aplicando os teste de Phalen e o de Tinel positivo, e geralmente é confirmado pelo estudo da condução nervosa.

 

Existem várias possibilidades de tratamento, dentre essas possibilidades temos: cirurgia aberta ou endoscopia e o tratamento conservador. As modalidades de tratamento conservador são talas para as mãos, fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais, fisioterapia, eletroterapia, injeções esteroidais, ultrassom, iontoforese e terapia com laser de baixa potência.

 

Mas quando é indicado o tratamento cirúrgico? Após um período mínimo de seis meses de tratamento fisioterápico, sem apresentação de melhora do quadro clínico.

 

Esse estudo trata-se de um estudo de caso e participou uma paciente, do sexo feminino, 43 anos, com diagnóstico clínico de STC, que realizava tratamento fisioterapêutico convencional. Apresentava sintomatologia leve intermitente, dor, dormência e formigamento na área de representação do nervo mediano, predominantemente noturno, acordando várias vezes, além de sintomas diurnos posicionais, tais como segurar e pegar objetos, dirigir autos e realizar trabalhos manuais.

 

Esse estudo mostrou que a aplicação do laser associado ao ultrassom, apresentou significantes melhoras clínicas nos sintomas relacionados ao padrão de dor e ao processo inflamatório, identificado na primeira semana de tratamento. A partir da quinta sessão de fisioterapia, a cinesioterapia objetivou aprimorar a atividade mecânica gerada pelos músculos comprometidos, auxiliando na analgesia, na recuperação da expansibilidade, força, resistência à fadiga e no restabelecimento da cinestesia pela inibição dos fatores irritantes e fisiolimitantes.

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Diagnóstico de discinesia ciliar primária

Diagnosis of primary ciliary dyskinesia

Mary Anne Kowal Olm1, Elia Garcia Caldini2, Thais Mauad3

A discinesia ciliar primária (DCP) é uma doença que se caracteriza por uma alteração da frequência e/ou do padrão de batimento ciliar e que possui uma base genética heterogênea, tipicamente autossômica recessiva.

Cílios são estruturas especializadas filiformes, recobertas por membrana plasmática, que se estendem a partir das superfícies celulares. A principal função das células ciliadas da via aérea é mediar a propulsão da camada gel de muco em direção cefálica, através de movimentos coordenados. A presença de indicadores clínicos aplicáveis para todas as idades e de indicadores específicos para cada idade deve levantar a suspeita clínica de DCP.

 

É orientado que sejam realizados testes diagnósticos nos seguintes grupos: pacientes com situs inversus ou heterotaxia, crianças com tosse produtiva crônica ou bronquiectasia de causa desconhecida ou morbidade grave da via aérea superior, crianças com ventriculomegalia cerebral, irmãos de pacientes, recém-nascidos com desconforto respiratório inexplicado, homens com imobilidade espermática e mulheres com gravidez ectópica. Os testes de triagem são importantes para a seleção dos pacientes que devem ser submetidos ao estudo da função e ultraestrutura ciliar, sendo a medida do NO nasal, o mais recomendado. O teste da sacarina é um bom teste para avaliar o transporte mucociliar nasal, geralmente prolongado na DCP. No relatório diagnóstico da DCP, devem ser descritos os resultados das investigações que propiciaram o diagnóstico da doença.

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Fisioterapia na incontinência urinária: olhares sobre a qualidade de vida de mulheres idosas.

Luzia Wilma Santana da Silva; Taís Queiroz Campos Lucas; Sara de Santana Oliveira dos Santos; Vilmary Silva Novaes; Eulina Patrícia Oliveira Ramos Pires; Flamínia Manzano Moreira Lodovici.

O idoso passa por um declínio do sistema de eliminação vesical, causada via de regra por atrofia, perda da elasticidade da uretra e fragilidade da musculatura pélvica, provocando o aumento da frequência de perda de urina (Souza, 2002), com consequentes efeitos subjetivo-sociais. Estudiosos (Danforth, 2006; Guccione, 2002) concordam que a idade provoca a diminuição da competência do assoalho pélvico e do comprimento funcional da uretra, causando alterações na capacidade de contração da musculatura. A problemática também é associada a outros agentes como medicamentos, patologias e a falta de suporte assistencial necessário à identificação precoce da IU. No que tange a fatores contributivos ao risco da IU, o parto normal se apresentou como o fator mais manifestado. Apesar de o maior dano neuromuscular ser causado durante o parto, também pode acontecer durante a gravidez, principalmente em mulheres que vão parir pela primeira vez. A diminuição da função do assoalho pélvico se mostra maior ainda em mulheres que passaram por diversos partos. A maioria das mulheres relatou como sintomas da IUE, a perda de urina ao tossir e espirar e acreditam ser algo normal, pela falta de informação; Isso potencializa a importância da disseminação de informações em saúde, sobre as diversas disfunções que enlaçam a IU, a fim de possibilitar a realização de diagnóstico precoce e a adequada intervenção, de modo a reforçar o melhor entendimento das causas, do tratamento e da prevenção.

 

 

Após os exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico as mulheres relataram os seguintes impactos nas suas vidas: Controle da micção, satisfação sexual com o parceiro, redução de dores articulares, nas pernas, e na coluna vertebral. O efeito da fisioterapia para o fortalecimento do assoalho pélvico é discutido como um excelente recurso para melhor sensação de controle e bem-estar das pessoas em enfrentamento a IU, sendo uma terapia efetiva, segura, de baixo custo e capaz de diminuir os sintomas da perda de urina em mulheres, e de forma significativa, impactando positivamente a qualidade de vida.

 

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Importância da fisioterapia no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica.

Simone CAVENAGHI, Silvia Cristina Garcia de MOURA, Thalis Henrique da SILVA, Talita Daniela VENTURINELLI, Lais Helena Carvalho MARINO, Neuseli Marino LAMARI.

Você sabe quais são as cardiopatias congênitas mais frequentes? Segundo o estudo de Miyague et al. são as anomalias acianóticas e cianóticas, sendo as acianóticas:

• Comunicação interventricular

• Comunicação interatrial

• A persistência do canal arterial

• Estenose pulmonar valvar

• Coarctação da aorta

 

E as anomalias cianóticas são:

• Tetralogia de Fallot

• Transposição dos grandes vasos da base

• Atresia tricúspide

• Drenagem anômala total de veias pulmonares

 

Geralmente as crianças com cardiopatia congênita desenvolvem alterações da mecânica respiratória e a cirurgia cardíaca associada à circulação extracorpórea (CEC) leva também a uma série de complicações respiratórias.

 

Mas quais são essas complicações pulmonares pós-cirurgia cardíaca pediátrica? De acordo com o estudo de Felcar et al. foi observado: atelectasia, pneumonia, derrame pleural, pneumotórax, quilotórax, hipertensão pulmonar, hemorragia pulmonar e paralisia diafragmática, sendo que as duas primeiras alterações foram mais frequentes.

 

A fisioterapia é indicada no pré e pós-operatório com o objetivo de reduzir o risco de complicações pulmonares, assim como tratá-las, pois contribui para a ventilação adequada e o sucesso da extubação.

 

No pré-operatório, a fisioterapia utiliza técnicas desobstrutivas, reexpansivas, apoio abdominal e orientação da importância e os objetivos da intervenção fisioterapêutica aos pais ou acompanhantes, ou aos pacientes capazes de compreendê-las. As técnicas usadas pela fisioterapia no pós-operatório incluem vibração na parede torácica, percussão, compressão, hiperinsuflação manual, manobra de reexpansão, posicionamento, drenagem postural, estimulação da tosse, aspiração, exercícios respiratório,, mobilização e AFE (aceleração do fluxo expiratório)

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A fisioterapia nas unidades de terapia intensiva neonatal

The physiotherapy in the neonatal intensive care units

Francisco Eudison da Silva Maia

Os recém-nascidos (RN) prematuros apresentam diversas situações de risco por possuírem instabilidade fisiológica e/ou hemodinâmica. O ambiente extrauterino condiciona o neonato a uma série de adaptações à vida, que incluem:

• maturação morfofisiológica

• maturação bioquímica do parênquima pulmonar e suas estruturas correlacionadas.

 

Pensando nisso, pode-se dizer que os prematuros apresentam uma maior vulnerabilidade por não possuírem uma função pulmonar adequada, precisando frequentemente do uso da oxigenoterapia, para garantir as trocas gasosas necessárias à vida.

 

Você sabe qual a principal função da fisioterapia nas unidades de terapia intensiva neonatal? trata-se de promover o desenvolvimento neuropsicomotor favorável aos prematuros, prevenir e reduzir possíveis complicações respiratórias, melhorar a função pulmonar, sempre buscando uma evolução constante do paciente.

 

Sabe quais os objetivos da intervenção fisioterapêutica? Alguns dos objetivos é evitar agravamento de síndromes aspirativas, na síndrome do desconforto respiratório, pneumonias, atelectasias, diminuir as incidências de complicações pulmonares, impactar positivamente o prognóstico, entre outros.

 

Importante destacar que de acordo com a portaria 3.432 do Ministério da Saúde, as Unidades de Terapia Intensiva, se estendendo às voltadas aos cuidados em neonatos, devem contar com assistência fisioterapêutica durante um mínimo de 12 horas por dia.

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O Fisioterapeuta e sua Relação com o Novo Betacoronavirus 2019 (2019-nCoV)

Darlan Laurício Matte, Flávio Maciel Dias de Andrade, Jocimar Avelar Martins, Bruno Prata Martinez, Marlus Karsten.

No final de 2019 surgiu em Wuhan, Hubei, China, uma série de casos de pneumonia de causa desconhecida com apresentações clínicas muito semelhantes a uma pneumonia viral e que são consistentes com a transmissão de pessoa para pessoa. Os coronavírus são vírus pertencentes à família Coronaviridae e a ordem Nidoviralis e são amplamente distribuídos em humanos e outros mamíferos. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus.

Basicamente os sintomas incluem (com certas variações):

● Coriza

● Dor de cabeça

● Tosse

● Febre

 

Nos casos graves, o tratamento inclui medicação, suporte ventilatório, suplementação de oxigênio e hemodiálise em casos de insuficiência renal. A atuação do fisioterapeuta é de extrema importância no tratamento e recuperação desses pacientes, especialmente nos casos graves e que podem levar ao óbito. Auxiliando nos casos com necessidade de suporte ventilatório (ventilação não-invasiva e invasiva), oxigenoterapia suplementar, manobras de reexpansão pulmonar e de higiene brônquica e também atuar sobre os efeitos da imobilidade dos pacientes em leitos. Todos os procedimentos devem ser feitos seguindo todos os cuidados e se possível, utilizando todos os equipamentos de proteção, tanto para a proteção do paciente, quanto do profissional. Os fisioterapeutas especializados em terapia intensiva e fisioterapia respiratória são de extrema importância nesses casos.

 

O fisioterapeuta deve ficar sempre atento na monitorização, atendimento e apoio ao paciente e preparado para qualquer agravo da doença.

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Fisioterapia Motora em Pacientes Adultos em Terapia Intensiva

Vanessa Marcos BorgesI ; Luiz Rogério Carvalho de OliveiraII ; Elzo PeixotoIII ; Nilza Aparecida Almeida de CarvalhoII.

Em muitos hospitais de países desenvolvidos, a fisioterapia é vista como parte integrante com grande importância nesse tipo de tratamento. O papel do fisioterapeuta em pacientes adultos em terapia intensiva se destaca por promover diretamente a evolução dessas pessoas na manutenção das funções vitais do sistema corporal, bem como na prevenção de possíveis agravos clínicos.

O acompanhamento correto na UTI auxilia na prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas. Em geral, cabe ao fisioterapeuta aplicar conhecimentos adquiridos em sua função como trabalhar com exercícios respiratórios, executar métodos de ventilação não invasiva, além de técnicas para remoção de secreções pulmonares, expansão pulmonar e treinamento muscular. A mobilização precoce é uma área nova e com poucas evidências até o momento. As funções do fisioterapeuta em terapia intensiva em adultos têm função primordial para ajudar na diminuição dos riscos de complicação do quadro do paciente, principalmente, tratando-se da respiração.

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Esclerose Múltipla: Considerações Gerais e Abordagem Fisioterapêutica

MULTIPLE SCLEROSIS: GENERAL CONSIDERATION AND PHISITERAPEUTIC APPROACH

Danielle Marques Barreto1, Fayanny Mayara Ferreira Rodrigues2, Patrícia Monteiro Souza3, Rafael Leite Denadai4, Geane Alves Dutra5

Você já conhece a Esclerose Múltipla? Não? Então venha saber mais um pouquinho sobre ela.

 

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica e progressiva, desmielinizante, que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC) levando a múltiplos sinais e sinto mas neurológicos de forma complexa e muitas vezes incapacitante, acometendo principalmente adultos jovens, na faixa etária dos 20 aos 40 anos.

 

O comprometimento funcional presente nos pacientes com EM é traduzido pela:

• dificuldade para a marcha,

• alteração de equilíbrio,

fraqueza muscular e fadiga.

 

A intervenção fisioterapêutica precoce é fundamental, ainda que nem sempre seja possível. A prevenção da incapacidade é um dos princípios a seguir (JIMÉNEZ e CUERDA, 2007), sendo relevante a participação dos indivíduos portadores da doença em atividades que envolvam a prática de exercícios regulares, levando a um estilo de vida ativo e melhorando a capacidade funcional, de forma a minimizar as perdas da capacidade física decorrentes da doença. (FURTADO e TAVARES, 2007).

 

A natureza estrutural das lesões na EM resulta em grande variedade de danos neurológicos, sendo a patologia complexa e seus efeitos invariáveis e imprevisíveis, ambos relacionados com os surtos e com o desenvolvimento das incapacidades.

 

Como a desmielinização (comprometimento da bainha de mielina) pode acontecer em qualquer região do SNC, as manifestações clínicas da EM são variadas e determinadas pela localização das lesões, incluindo paresia; distúrbios sensitivos como a parestesia; espasticidade; fadiga; dor músculoesquelética; distúrbios da marcha; ataxia; tremor; distúrbios visuais, disartria, déficits cognitivos, distúrbios vesicais e intestinais, além da instabilidade emocional. (NEVES et al, 2007; TEJEDA e PÉREZ, 2004).

 

O tratamento deverá ser individualizado e integrado por uma equipe multidisciplinar, com objetivos diferenciados dada a evolução de cada paciente. (TERRÉ-BOLIART e ORIENT-LÓPEZ, 2007).

 

Alguns objetivos fundamentais da Fisioterapia no tratamento dos indivíduos com EM são: preservar a integridade músculoesquelética, manter e/ou ganhar mobilidade articular; melhorar a estabilidade postural; minimizar alterações do tônus muscular; melhorar a fadiga e prevenir déficits secundários, como as contraturas articulares causadas pela espasticidade.

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Efeito da Fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré

Mateus Dias Antunes1, Siméia Gaspar Palácio2, Sônia Maia Marques Gomes Bertolini3

Esse estudo consiste em uma revisão da literatura cujo objetivo é verificar a efetividade da fisioterapia na Síndrome de Guillain-Barré.

 

Você já ouviu falar sobre a Síndrome de Guillain-barré (SGB)? Sabe o que é? Então, trata-se de uma polineuropatia inflamatória desmielinizante aguda que acomete os nervos periféricos e ocasiona diferentes graus de fraqueza motora de predomínio distal, sendo esta de caráter progressivo e ascendente, podendo comprometer os membros inferiores, superiores, a face e os músculos respiratórios, sendo também acompanhada de disfunções autonômicas e alterações sensoriais, decorrentes da perda dos reflexos tendinosos profundos (FERRARINI et. al., 2011).

 

O prognóstico tem relação com a idade e a gravidade da degeneração axonal que excede a desmielinização. De forma geral, o mesmo é favorável em boa parte das situações (RAJABALLY; UNCINI, 2012), no entanto, pode haver sequelas residuais em algumas circunstâncias, como nos casos de acometimento de pacientes com idade superior a 60 anos, doença cardiorrespiratória preexistente, tratamento tardio, além de progressão rápida da doença em menos de sete dias (ACOSTA et al., 2007)

 

Existem poucos estudos relacionados à atuação da fisioterapia na SGB pelo fato da pequena incidência e pelas progressões severas mais acentuadas no qual os enfoques são da parte clínica médica.

 

Com base nos estudos revisados, a fisioterapia auxilia a diminuir ou eliminar a limitação funcional ou incapacidade do indivíduo, melhorar a força muscular, aumentar a amplitude de movimento, além de revelarem que a fadiga muscular causada pela patologia pode ser amenizada com programa de fortalecimento e exercícios funcionais propostos pela fisioterapia.

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Insuficiência Respiratória Aguda

Departamento Científico de Terapia Intensiva Presidente: Werther Brunow de Carvalho Secretário: Ricardo Maria Nobre Othon Sidou Conselho Científico: Helena Müller, Lara de Araújo Torreão, Marcelo Barciela Brandão, Michelle Luiza Cortez Gonin, Norma Suely de Oliveira.

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Pode ser classificada quanto sua gasometria arterial, pela sua localização anatômica, pelo tipo de hipóxia e pelo tempo.

 

Suas causas principais são: Afecções neurológicas, pulmonares, e que alteram a mecânica ventilatória, alterações no transporte dos gases aos tecidos e distúrbios metabólicos.

 

O sinal clínico mais precoce em qualquer idade é a taquipneia. Os baixos níveis de oxigênio no sangue podem causar a falta de ar e resultar em uma coloração azulada da pele. A oximetria de pulso é um bom parâmetro para a monitorização contínua e para avaliação da resposta imediata da oxigenoterapia. Na maior parte dos casos, esse diagnóstico pode ser feito apenas com a avaliação dos sintomas, do histórico clínico da pessoa e monitorização dos seus sinais vitais.

 

O tratamento pode ser feito por oxigenoterapia, cânula nasal de alto fluxo, ventilação não invasiva e/ou ventilação mecânica

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Bases Fundamentais da Espirometria

Costa, D. 1 e Jarnarni, M. 2 1 Programa de Pós-graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de São Carlos 2

Programa de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de São Carlos.

O termo espirometria é proveniente do latim (spiro = respirar e metrum = medida) e consiste em medir a entrada e a saída de ar nos pulmões. A espirometria permite o registro de variados volumes e fluxos de ar.

A espirometria, que também é entendida como prova de função pulmonar, tem como principais objetivos diagnosticar ou acompanhar a evolução de doenças pulmonares e para avaliar a capacidade pulmonar em pré-operatórios ou mesmo em pessoas saudáveis que queiram aferir sua capacidade respiratória. Sendo assim, muito importante, além de ser um teste rápido e indolor. O paciente deve ser bem instruído quanto aos procedimentos que se realizarão anteriormente ao início do teste. A espirometria não deve ser realizada se o paciente estiver gripado ou resfriado. Os espirômetros de circuito fechado o indivíduo respira totalmente dentro de um circuito onde são adicionadas concentrações de O2, por intermédio de um fluxômetro, enquanto o CO2 é removido por um absorvedor e nos de circuito aberto, o indivíduo inspira fora do sistema e expira dentro dele, ou inspira e expira por entre o equipamento. É possível classificá-la em: Simples ou convencional, que pode ser estática ou dinâmica e por análise de gases, também denominada completa. Podemos ter 5 possibilidades de resultados na interpretação de um laudo de espirometria, são eles: Exame normal; Distúrbio ventilatório obstrutivo; Distúrbio ventilatório restritivo; Distúrbio ventilatório misto; Exame inespecífico, quando há anormalidade ventilatória sem elementos que permitam distinguir claramente obstrução ou restrição.

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Escalada terapêutica: uma possibilidade de intervenção para crianças com paralisia cerebral

Therapeutic climbing: a possibility of intervention for children with cerebral palsy

Huayna Gabriel Barrios Koch1 ; Gabriela de Oliveira Peixoto2 ; Rita Helena Duarte Dias Labronici3 ; Natália Cristina de Oliveira Vargas e Silva4 ; Fabio Marcon Alfieri5 ; Leslie Andrews Portes6

A paralisia cerebral é um grupo de distúrbios motores e de postura que limitam os movimentos e ocorrem no cérebro fetal ou infantil, é atribuído a perturbações não progressivas. São frequentemente acompanhados de problemas sensitivos, musculoesqueléticos secundários, epilepsia, cognitivos, entre outros. Nos países desenvolvidos a PC têm estimativa de 1 criança a cada 1.000 nascidos vivos e em países subdesenvolvidos acredita-se que esse número seja maior.

Possui diversas variações clínicas. A reabilitação é de extrema importância devido aos problemas cinéticos e motores. Existem vários direcionamentos para essas crianças, como a escalada terapêutica que é uma adaptação da escalada esportiva. Em países como Alemanha, Áustria e Suíça, essa terapia foi realizada com sucesso em crianças, adultos e também idosos em reabilitação ortopédica e neurológica. Essa atividade pode melhorar o equilíbrio e força muscular do tronco. Resulta em níveis mais altos de aderência por ser uma atividade mais interessante e contribui para a saúde psicológica, por devolver parte da autonomia e confiança do paciente. Em pacientes com dor nas costas, foi relatado aumento da força muscular do tronco, porém em pacientes com PC ainda não há evidências na literatura.

 

O estudo teve como objetivo avaliar como pacientes com paralisia cerebral podem ser beneficiados pela escalada postural. Foram avaliados oito pacientes com PC de idade que varia entre 4 a 14 anos e foram excluídos da pesquisa pacientes que apresentavam problemas cognitivos graves e epilepsia. O tratamento foi feito duas vezes na semana, uma hora por sessão durante três meses. A avaliação do pico de força manual foi medida por um dinamômetro e o equilíbrio estático foi avaliado de três posições diferentes. Foi avaliada a marcha de cada paciente e para avaliar a espasticidade foi usada a escala de Ashworth. Todos os pacientes desse estudo passaram pela escalada terapêutica. Diferente da escalada de pedras, essa só é feita até uma altura de 3 metros, onde os pés só ficam a uma altura de até 2 metros do chão. Foram usados 77 apoios, todos coloridos para facilitar a percepção e sendo antiderrapantes. Além disso, durante as sessões, um fisioterapeuta sempre ficava próximo do paciente. Os primeiros 10 minutos eram reservados para alongamento e exercícios respiratórios. A primeira fase do treinamento tinha duração de 20 minutos e era intercalada com intervalos de 10 minutos para equilibrar a frequência cardíaca, além de também terminar sempre com os 10 minutos de relaxamento. Eram sempre respeitadas as limitações de cada paciente avaliado.

 

Depois dessa intervenção terapêutica, foi avaliado que houve melhoria no pico de força de preensão manual e aumento de 22.3% de força na mão direita com a escalada terapêutica. Também foi comprovada a melhoria da postura e mobilidade funcional. Já na mão e esquerda e na espasticidade, houve melhora, porém sem significância estática.

Ganhar força para esses pacientes é de extrema importância, pois os permite realizar atividades diárias como segurar um talher ou copo, abrir uma porta, etc. Na medida em que iam ganhando força de apreensão, ganhavam mais independência e conseguiam realizar exercícios mais complexos, tornando o corpo menos rígido. Outra função também aprimorada foi a de melhor controle postural, que ajuda no posicionamento do corpo. Portanto, o resultado é de um bom impacto na vida desses pacientes e é uma boa forma de crianças cooperarem nas atividades por ser uma terapia não convencional, tornando-se assim uma terapia promissora.

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Perfil de crianças com Mielomeningocele em hospital de referência - Rio de Janeiro.

Profile of children with Myelomeningocele in a Reference Hospital – Rio de Janeiro - Brazil

Miriam Ribeiro Calheiros de Sá 1, Marco Orsini 2, Lilia Abelheira 3, Marzia Puccioni Sohler 4.

Os defeitos do tubo neural são responsáveis pela maioria das anomalias congênitas do Sistema Nervoso Central. A mielomeningocele ocorre entre a terceira e quarta semanas de desenvolvimento embrionário e estima-se que uma em cada 800 crianças brasileiras nascidas vivas a tenha. A Espinha Bífida (Mielomeningocele) é responsável por causar importantes comprometimentos neurológicos. Sua etiologia é multifatorial, envolvendo genética e fatores ambientais. Uma real dimensão do problema ainda é difícil, visto que ainda existem poucos estudos e pesquisas nacionais e resultados divergentes dos estudos de prevalência. O Brasil situa-se em quarto lugar em casos de Espinha Bífida de acordo com o ECLAMC.

As sequelas motoras e sensitivas variam conforme o grau da lesão. É importante sempre analisar a magnitude dessas lesões em crianças. Essas crianças têm dificuldade em permanecer na posição ortostática, podem apresentar incontinência urinária e fecal e dificuldade em apresentar padrões normais de deambulação.

Muitas vezes para compensar as alterações nos músculos inferiores, é utilizado em excesso ou da forma errada os músculos superiores, podendo trazer disfunções musculoesqueléticas. A partir dos seis anos de idade, com o aumento de tecido adiposo, a densidade óssea também pode sofrer alteração. Esse estudo teve como finalidade traçar o perfil epidemiológico em crianças com Mielomeningocele recebendo o tratamento de fisioterapia motora. Os avaliados foram escolhidos pelo critério de terem passado por intervenção neurocirúrgica nas primeiras 24 horas após o nascimento. Foram analisados os prontuários médicos de 16 pacientes, dois com lesões em região torácica, onze com lesões em região lombar e três com lesões em região sacral. Quanto à idade gestacional, variou entre 36 e 39 semanas, sendo que duas crianças nasceram com 36 semanas de gestação, sete com 37 semanas, três com 38 semanas, três com 39 semanas e uma criança nasceu com 40 semanas. A idade das mães variou entre 18 e 39 anos, com aproximadamente 81% das mulheres com idade menor que 35 anos. Apenas duas das crianças que participaram não apresentaram hidrocefalia. Em relação às anomalias ortopédicas, pacientes apresentaram-nas, sendo as mais frequentes o pé torto congênito. Já em relação às malformações cardíacas, uma criança apresentava ao nascer Forame Oval Patente, uma apresentou Comunicação Interarterial. No que diz respeito à origem do encaminhamento para o serviço de Fisioterapia, oito pacientes foram encaminhados para acompanhamento no primeiro trimestre de vida, três no segundo e quatro no terceiro, sendo este oriundo das unidades de internação e ambulatório de pediatria na maioria dos casos.

 

Diferenças podem ser vistas devido a fatores geográficos, sociais, econômicos, estacionais e raciais, o que sugere complexa interação de fatores ambientais e genéticos. Deve ser considerado o fato do IFF-FIOCRUZ ser um hospital de referência para nascimentos de bebês que correm algum tipo de risco. Anteriormente ao ano de 1975, a taxa de mortalidade de crianças com sequelas de MMC era significativa, entretanto após esse período a sobrevivência elevou-se. Estudos referentes a taxas de incidências de doenças em crianças de algumas cidades da América Latina indicam que as doenças genéticas e as malformações congênitas representam de 10 a 25% das hospitalizações, em hospitais que prestam atendimentos de alta complexidade.

 

Foi constatada que a abordagem ortopédica se propõe a ser precoce nestas crianças, entre seis e 18 meses. Evidenciou-se também a necessidade de atendimento interdisciplinar, se possível em centros de referência, pois foi visto com clareza que as diversas formas de apresentação das co-morbidades associadas a MMC demandam de ações coordenadas dessa equipe, com habilidade para lidar com os diferentes aspectos apresentados nesta patologia. Sendo a fisioterapia motora, de extrema importância para devolver autonomia, confiança e melhor desenvolvimento dessas crianças.

Imagens:

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Incidência de lesões em atletas de MMA

Osimere Rose Crecci Nunes*

O MMA é um esporte de combate que possui bastante contato físico, onde ocorrem diversos tipos de lesões que são pouco descritas ou estudadas. Por seu contato físico direto, possui um grande risco de seus atletas sofrerem entorses, quedas, fraturas e outros tipos de lesões. Por esse motivo, atualmente vêm ganhando força programas de prevenção. Esses programas não só previnem essas possíveis lesões como também podem ajudar a minimizar a gravidade quando ocorrem. O estudo busca relacionar o perfil do atleta, incidência das lesões e os problemas acarretados por elas.

Procedimento: A ficha de avaliação foi preenchida com idade, graduações e tempo de prática dos atletas. Sobre prevenções, os atletas foram questionados se recebiam orientação e por quem recebiam. Também foi perguntado se existiam lesões pregressas, se usavam protetores e imobilizadores e se sentiam dores decorrentes da prática do esporte. Além disso, foram também questionados se recebiam acompanhamento médico e de um fisioterapeuta. Foram analisados 44 atletas, sendo a maioria destros, competidores de nível internacional e não praticantes de outros esportes.

 

Resultado: A maior parte dos atletas relatou usar protetores genital, bucal e de orelha, munhequeiras, tornozeleiras e imobilizações. Porém, poucos relataram usar kinesio taping e cotoveleiras. 25% desses atletas sofriam de algum tipo de dor ou lesão e mais de 70% procuraram atendimento especializado. A maioria das lesões foram identificadas em topografia da cabeça em lutadores do sexo masculino que sofreram nocaute em alguma luta. Além disso, foi demonstrado que a idade e o tempo de prática do esporte, não têm grande relevância em relação às lesões.

 

Conclusão: A pesquisa apresentou um baixo índice de lesões, pois teve uma média de quase 90% dos atletas que se precaviam, buscavam atendimento e recebiam orientações de profissionais qualificados. Ficou evidente que tomar essas medidas preventivas são de extrema importância para redução do número de lesões e/ou para minimização das gravidades.

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Fisioterapia no paciente com asma: intervenção baseada em evidências

Physiotherapy in asthma patients: evidence-based intervention

Fernanda de Cordoba Lanza1, Simone Dal Corso1

Você sabe o que é asma? Trata-se de uma doença pulmonar crônica, com episódios recorrentes de sibilância, tosse e dispneia, ocorre aumento do trabalho respiratório e da percepção do esforço, podendo levar a alterações da mecânica respiratória, função muscular respiratória e do descondicionamento físico.

 

Para asma só existe tratamento farmacológico? Não, e é recomendado além do tratamento farmacológico o não farmacológico também.

 

O tratamento fisioterapêutico é considerado uma intervenção não farmacológica. A fisioterapia aplicada aos pacientes com pneumopatias (doenças que afetam os pulmões) visa reduzir o desconforto respiratório e a dispneia, melhorar a mecânica respiratória, melhorar a força muscular respiratória nos casos de fraqueza desta musculatura, melhorar o condicionamento cardiorrespiratório, promover a higiene brônquica, quando necessária, e melhorar a qualidade vida.

 

A intervenção fisioterapêutica nos pacientes com doença pulmonar obstrutiva, depende da fisiopatologia da doença e do quadro clínico do paciente. Sendo assim existe a possibilidade de receber as seguintes intervenções:

• exercícios respiratórios;

• treinamento muscular respiratório;

• reabilitação pulmonar;

• técnicas de higiene brônquica.

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Fisioterapia na Prevenção de Quedas em Idosos: Revisão de Literatura

Physical therapy in the falls prevention in elderly: Literature Review

Hévelyn Moreira Lourenço de Oliveira*, Leiliane Ferreira Rodrigues*, Maritza Fabiany Breder Caruso**, Nathalia de Souza Abreu Freire***

Esse estudo trata-se de uma revisão sistemática da literatura, onde grande parte dos artigos revisados mostraram que a prática regular de exercícios físicos promove melhoras significativas nos aspectos equilíbrio, flexibilidade, funcionalidade e aumento da resistência muscular, o que reduz o risco de quedas.

O processo de envelhecimento é caracterizado por um conjunto de alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas. E essas alterações provocam nos indivíduos perda progressiva da capacidade de adaptação ao meio ambiente, surgem doenças ou estas se acentuam, alterando suas faculdades motoras e cognitiva.

 

Mas qual a definição de queda? Trata-se de um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, sem correção em tempo hábil, tendo como causa circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade.

 

O fisioterapeuta apresenta um papel de grande importância na prevenção de quedas em idosos através da orientação para a realização de atividades físicas, alongamentos, fortalecimento muscular, treino de marcha e equilíbrio, buscando a manutenção ou melhoria da capacidade funcional, redução das incapacidades e limitações e proporcionando maior independência (AVEIRO et al., 2008).

Mas o fisioterapeuta vai atuar somente na reabilitação? Não, ele atua também na prevenção de doenças e promoção de saúde, em nível individual e coletivo (BRASIL, 2002).

A fisioterapia na atenção primária, irá desenvolver atividades com intuito de estimular hábitos saudáveis de vida, como a prática de atividades físicas, incentivar uma alimentação saudável, dar orientações domiciliares e intervir na organização do ambiente com objetivo de reduzir riscos de quedas (LEIVA-CARO et al., 2015; SANTOS et al., 2015).

 

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Efeito da Drenagem Linfática no Tratamentodo Fibro Edema Gelóide em Mulheres

Flávia Ferraz Gusmão 1; Marcia Meira Guimarães2; Natália Cristina Lima Silva3; Juliana Barros Ferreira4l

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Você já ouviu falar sobre fibro edema gelóide (FEG)? Não? Então, nada mais é do que a famosíssima celulite. O FEG é classificado como um distúrbio no metabolismo do tecido subcutâneo.

Como ocorre o surgimento do FEG? por vários fatores. Entre eles estão: o sedentarismo, estresse, obesidade e estilo de vida (BRANDAO et al, 2010). Por se tratar de uma disfunção multifatorial, para que o tratamento resulte em bons resultados é preciso uma avaliação bem descrita, anamnese e exame físico (NOOTHETI, 2006; PETERSON e GOLDMAN, 2011).

 

O FEG apresenta diferentes classificações que diferem de acordo as alterações histológicas (VOLPI, 2010). Sendo eles:

  • grau I – para visualização, pressiona o tecido com os dedos o tecido, ou solicita uma contração muscular voluntária;

  • grau II - a alteração tecidual é visível mesmo sem a compressão dos tecidos;

  • grau III - o acometimento tecidual é visualizado com o indivíduo em qualquer posição;

  • grau IV - apresenta as mesmas características do grau III, associadas aos nódulos palpáveis, visíveis e dolorosos (PETERSON e GOLDMAN, 2011).

Pode ser ainda classificado em compacta ou dura, flácida, mista e edematosa quanto a sua forma clínica (GALVÃO, 2005).

Na literatura existem diversos recursos estéticos na terapêutica do FEG como: aplicação de dermocosméticos, recursos da eletroterapia e a drenagem linfática manual (DLM) (ALMEIDA et al, 2011).

Mas qual o objetivo da DLM? É drenar o excesso de fluído acumulado nos meios intersticiais, e é executada de maneira suave, de forma lenta e no sentido dos vasos linfáticos (RHEUMATOL, 2009; DE MELO CORTEZ, 2013). O tratamento facilita as trocas gasosas e nutricionais no organismo, ajuda a remoção de líquidos ricos em proteínas e toxinas, assim normaliza o potencial hidrogeniônico (Ph) intersticial, favorece a nutrição e a oxigenação tissular (BRANDAO et al, 2010; ABE e FERREIRA, 2014).

Esse trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica e com base nos artigos revisados foi comprovado a eficácia da DLM no tratamento do FEG em mulheres.

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